POV MARYA:
Assim que Benjamin desligou a ligação do delegado e garantindo que iríamos lá, nos olhamos e a esperança de ter nossa família unida novamente voltou, Benjamin estava me dando o mais lindo sorriso que já vi em seu rosto, era nítido o amor que ele tinha por nossa filha e eu agradeço muito ao destino por ter colocado ele em nossas vidas, Benj pode achar que ele não é pai de nossa menina, mas além de pai, ele é muito mais que isso e eu vou fazer ele entender de algum jeito, mas irei.Nem notamos, mas quem nesse momento pareciam duas crianças éramos nós dois, Benjamin me abraçou pela cintura me erguendo do chão, me fazendo gargalhar enquanto ele dava voltas comigo, quando se deu por cansado, me colocou novamente no chão e segurou meu rosto com as duas mãos me lançando um beijo o qual retribui sem pensar. Era o melhor beijo da minha vida, que me deixava sem ar, mas isso não importava, não quando eu me sentia leve, me sentia suave ao sentir seus lábios juntos cPOV BENJAMIN:No dia seguinte, após termos levado a nossa furacãozinha para o hotel e avisado aos nossos familiares que a achamos e que ela estava segura, apesar de cansada, resolvi com Marya que era hora de contar a verdade para Emma, ela era muito pequena ainda, mas merecia saber que tinha uma mãe e creio que ela irá reagir bem ao saber que Marya é sua mãe, afinal, ela sempre a adorou.- Benjamin, estou com medo, mais medo do que filme de terror. – Mary disse ao meu lado e eu sorri com isso.Ela parecia uma criança quando queria e isso me divertia muito. Mas sei o quanto ela está nervosa, afinal, será seu encontro oficial com a filha.- Calma, vai ficar tudo bem. Emma irá entender, quer dizer... Luna irá entender. Ela te adora, veja isso como ponto positivo.Nós dois estávamos na varanda abraçadinhos enquanto nossa pequena estava em nossa cama dormindo, eu ainda não tive coragem de acordá-la, ela deveria estar assustada ainda com tudo o
- Posso conversar com ela a sós, Benj? Vai ser melhor assim.Concordo com a cabeça saindo do quarto, eu precisava mesmo respirar um pouco de ar, minha baixinha não poderia agir assim comigo. Não iria conseguir ficar longe. Ela era uma parte de mim, mesmo não sendo de sangue, era como se fosse. E eu a amava muito. Espero que Marya consiga fazê-la entender o que está acontecendo e que consiga fazê-la entender que tudo que fiz foi para seu bem.POV MARYA:Vi o jeito que Benjamin saiu daqui, ele parecia decepcionado demais e não esperava essa atitude de minha pequena. Suspirei, pensando no que eu poderia fazer. Eu não queria afastar os dois, minha intenção era construir uma família ao lado das duas pessoas mais importantes para mim. Luna precisava entender que Benjamin é seu pai tanto como Theodore.– Furacãozinha, por que fez isso com seu pai? – Luna olhou para mim, ainda brava, em meu colo. – Viu como ele ficou triste, você quer ver seu papai assim?
POV MARYA:Eu estava tão feliz que não dava para acreditar. Finalmente estava em casa novamente e, agora, com minha filha e meu amor! O que mais eu poderia querer? Luna era uma gracinha, e Sanchez a criou muito bem.Enquanto Marcos, Vic e Ella estavam conversando, noto na varanda Benjamin e minha menina com Jacob, eles pareciam tão felizes, mas pena que felicidade dura pouco.– Mary, eu... – volto a atenção a meu irmão, notando Vic segurar sua mão. Estremeci. – Tenho uma coisa para lhe falar.– Ih, já vi que é assunto sério, então vou procurar a dona Emma por aqui.Ella saiu da sala, ficando somente nós três, e eu congelei. Quando meu irmão vem com algo mansinho, a coisa não seria boa, não mesmo.– O que é, Marcos?Ajeitei-me no sofá, cruzando as pernas e preparando-me para a bomba.– Sabe, nossa família era apegada ao natal, lembra? – Concordei com a cabeça, relutante. – Sabe como essa data é especial e, bom...
POV BENJAMIN:– Emma! – chamei minha filha enquanto pegava as malas no aeroporto. – Não saia de perto de mim e da sua mãe, pequena.– Mas, papai, eu quero aquele cãozinho. – Emma fez bico, olhando para o cachorro de pelúcia na loja a nossa frente.Marya, eu e nossa pequena estávamos de volta a nossa cidade, pois eu teria que voltar a trabalhar, e Marya, concluir seus estudos. Era seu último ano, e logo estaria formada. Após colocar as malas no carrinho, olhei para frente, notando Marya ir correndo atrás de Emma, fazendo-me rir. Nossa pequena era mesmo um furacão. Fui atrás delas no mesmo momento que Marya consegue finalmente pegar nossa pequena no colo.– Eu lhe avisei que essa aí só corre e faz e bagunça. – dei de ombros, abraçando-a e dando um beijo em Mary.– Tia Mary, fala para o papai comprar aquele cãozinho. – fez bico manhoso, fazendo-me olhar sério para Marya.– Benjamin... – interrompo-a.– Não, nem vem. Marcos
POV BENJAMIN:Natal. Para mim a melhor época do ano, e que agora fazia o meu coração se encher de alegria ao sair da joalheria e ir até uma loja de presente. Faz algumas semanas que Marya e eu estamos morando literalmente juntos, com nossa filha, e esse tempo todo me fez refletir. Eu nunca tinha me sentido com vontade de comemorá-lo, mas depois que minha pequena veio para mim e ganhamos Marya de presente, era como se um espírito natalino se apossasse dentro de mim, trazendo-me uma paz enorme.Eu tinha conseguido duas semanas de férias na empresa onde trabalho, então estava em casa desde ontem com minhas meninas.– Como vão minhas meninas?Cheguei em casa alguns minutos depois de ter comprado todos os presentes necessários e deixá-los no carro, em um lugar onde eu sabia que essas duas não iriam mexer e estragar com a surpresa.– Papááá. – Luna veio correndo até mim, que imediatamente a peguei no colo, enchendo-a de beijos e fazendo-a rir.<
POV MARYA:– Filha, perdoe-nos, por favor. – meu pai disse após eu contar toda a história que vive ao longo desses cinco anos. – A gente nunca iria largar você para trás. Arrependemo-nos no mesmo dia. Ficamos preocupados, porque seria nossa primeira neta, e você era tão novinha, tinha acabado de terminar o seu colegial, e eu estava juntando para dinheiro para pagar sua faculdade, e...– E sabemos do meu câncer. Sei que isso não justifica abandonar uma filha, como a gente fez com você. Arrependemo-nos muito por você ter tido que fazer a mesma coisa com nossa netinha. Mas seu pai ficou preocupado com o dinheiro, que já não era muito naquela época.– Mas eu poderia trabalhar, como fiz, e pagar minhas coisas. Ou iria morar em outro lugar, só não queria dar trabalho para vocês.– Você nunca deu trabalho, meu anjo, perdoe-nos por favor. – meu pai disse, sentando em meu lado esquerdo, e me abraçou. – Por favor.– Tudo bem, papai. – abracei-o. –
POV BENJAMIN:Sabe aquela sensação em que você acorda e o dia vai ser diferente? Bom, eu estava me sentindo exatamente assim hoje, o sol amanheceu radiante lá fora. Mas o que realmente me fez ficar feliz foi sentir um ser pular em cima do meu colo e beijar meu rosto, segurando o mesmo com seus braços pequenos.– Papai, acorda.– Já de pé, furacãozinha? – Abri os olhos, rindo. – Cadê sua mãe?– Lá em baixo. Ela está terminando de fazer o bolo, papai. Estou muito ansiosa.– Bolo? – fiz-me de desentendido.– Papai. – Luna cruzou os braços, emburrada. – Não vai me dizer que esqueceu.– Que hoje é aniversário de uma menina linda? Que se chama Luna Leonez Sanchez?Sim, tínhamos decidido e foi o escolhido da pequena que seu nome seria Luna. Ela adorou. Era até melhor assim, para não confundirmos ainda mais a cabecinha dela.– O papai não esqueceu. – ela me abraçou de novo e eu retribui, fazendo ela deitar em m
Whit’s For Ye Will No’ Go By Ye é uma expressão escocesa que significa o que tiver que acontecer vai acontecer. Durante minha primeira semana na IDEM já ouvira ela sendo entoada diversas vezes pelos corredores. Mas a cada vez que presenciei tal coisa pode ter certeza de que meus olhos se reviravam diante de um ponto de vista tão absurdo.Nunca fui tão adepta do fatalismo, na verdade, para mim as ações e as escolhas tem um poder enorme. As ideias de destino, sina, sorte e azar eram todas uma grande invenção de quem não percebe um fato muito curioso: a dimensão das consequências causadas por suas atitudes. Isso tudo não passava de um Efeito Borboleta, em que uma decisão mínima em princípio vista como insignificante tomada de forma plenamente espontânea, pode gerar uma transformação inesperada num futuro incerto. Podia não entender ao certo todas as implicações físicas desse fenômeno ligado à Teoria Caos, mas acreditava piamente que ela podia quebrar de vez o mito do Destino e