Murilo:Depois do incidente com July, uma onda de constrangimento me invadiu. Eu me sentia culpado por ter me aproximado dela daquela forma, considerando especialmente o estado vulnerável em que ela se encontrava após a discussão com Túlio. A sensação de que eu poderia estar me aproveitando de sua fragilidade me atormentava. Era errado se aproveitar de alguém, principalmente de uma mulher em um momento de vulnerabilidade.Assim que Marcelo e Túlio deixaram o local, eu soube que precisava agir. Não queria que July tivesse uma impressão errada a meu respeito. Por isso, chamei-a para uma conversa privada. — Entre, prometo que serei breve — falei, tentando transmitir calma, embora meu coração batesse acelerado. Ela adentrou o quarto e eu fechei a porta, trancando-a suavemente. — Desculpe te chamar até aqui, July, mas achei que assim seria melhor — expliquei, aproximando-me dela com passos hesitantes.July me olhou, tentando manter a serenidade, mas percebi uma leve tensão em seu olha
July:Após falar com Murilo, corri para fora, em busca de Cristine, que me esperava ansiosamente. Ao vê-la, me aproximei rapidamente, ainda sentindo uma mistura de alívio e confusão.— O Túlio entrou, não te viu, fica tranquila — Cristine me assegurou, e eu suspirei aliviada. Mesmo sem ter feito nada de errado, a sensação de culpa era estranhamente forte.— E aí, rolou alguma coisa? Aproveitaram que eu não estava lá para atrapalhar? Ele beija bem? — Cristine indagou, seus olhos brilhando de curiosidade e um sorriso travesso nos lábios.— Claro que não, Cristine! — Respondi, incrédula com sua insinuação, mas não pude evitar um sorriso. — Ele só queria pedir desculpas pelo que aconteceu aqui fora. Agora está tudo resolvido entre a gente.— Car@lho, July! Fiquei aqui de vigia pra você me dizer isso? Pensei que estivessem lá dentro se pegando, e você me vem com essa desilusão. Que decepção, amiga! — Cristine falou, fingindo desapontamento, e eu não pude conter o riso.— Você é hilár
Mia estava fazendo marcação cerrada em cima do Murilo. Ela parecia disposta a ficar com ele, mas Murilo não parecia estar com a mesma empolgação. Finalmente alguém estava negando ficar com essa garota, o que com certeza não a agradava nem um pouco, já que Mia se achava irresistível.Ponto para o Murilo. Isso só provava que ele tinha seu valor, e não era um valor qualquer. Não era apenas uma bunda grande e sei0s que iriam fazer ele ficar excitado e correr para o abraço. Ele realmente não ficava com todas que se jogavam para ele, isso mostrava o quanto ele era um homem incrível e especial. Ele era, de fato, o sonho de toda garota romântica em busca de um amor verdadeiro. Com certeza, a pessoa que ficasse com esse homem seria muito feliz.Esperava que ele encontrasse alguém tão especial quanto ele era, porque Murilo realmente merecia. Ele era lindo, cauteloso, atencioso e carinhoso, tudo que um homem deveria ser.Cristine conversava com Marcelo e parecia bem empolgada. Para sorte de M
— Não me faça perder a paciência — ele rosnou, me intimidando. Sua ameaça me assustou profundamente.— Está me machucando, Túlio — disse, minha voz quase um sussurro. Ele me empurrou, e senti meu corpo colidir contra a parede.— Vou machucar muito mais se você continuar sendo tão teimosa — ele ameaçou, sua voz gelada. Tentei me manter firme, mas era difícil. — Vamos transar hoje, cansei dessa palhaçada — ele deu um passo em minha direção.— Eu já disse não! — Ele me agarrou pelo cabelo, puxando com raiva. — Me solta, Túlio! Você está me machucando! — Minha voz era um misto de dor e decepção.— Eu quero você agora, July — ele insistiu, sem qualquer traço de compaixão. Seus olhos estavam furiosos, fixos em mim.— Se encostar em mim, vou gritar, estou falando sério. Entendeu? Como você ficaria na frente dos seus amigos? Me diga? — Ameacei, ele rosnou ainda mais furioso.— Vai se ferrar, July! — De repente, senti meu corpo sendo arremessado contra a parede com força. Lágrimas inundaram me
A sugestão de jogar sinuca quebrou a conversa animada do grupo. Todos se levantaram, vibrando com a ideia, e lá fomos nós. Túlio, sempre no centro das atenções, liderava o caminho com risadas e brincadeiras, enquanto Murilo, com uma expressão mais contida, aproximou-se de mim com uma cautela quase palpável.— Você está bem, July? — Ele perguntou com um olhar preocupado. Forcei um sorriso e afirmei com a cabeça, tentando esconder minhas verdadeiras emoções. — Não é o que os seus olhos estão afirmando — ele observou com perspicácia. Havia uma sinceridade em sua voz que me fez hesitar.— Estou bem, não se preocupe — insisti, embora soubesse que meus olhos me traí@m.— Você estava mais animada antes de sair com o Túlio — ele comentou, e eu não pude deixar de concordar internamente. A verdade era que eu estava bem melhor antes daquela ida ao quarto com Túlio. — Ele fez algo com você?— Só estou com um pouco de dor de cabeça, não é nada de mais — justifiquei, desviando o olhar.Cristin
Respirei fundo e olhei para Cristine, que observava tudo em silêncio, com um sorriso sugestivo nos lábios.Fiquei ali em silêncio, absorta em meus pensamentos turbulentos. Quanto mais eu refletia sobre minha situação, mais me sentia encurralada. Namorava um cara que claramente não era para mim e, ironicamente, estava completamente atraída pelo melhor amigo dele. "Que merda, July, você é a personificação do problema" pensei, frustrada comigo mesma.Decidida, levantei-me, determinada a ir embora. A festa, para mim, havia acabado. Meu único desejo era chegar em casa, tomar um banho demorado e me enroscar na cama. Ansiava pelo acolhimento do meu quarto, onde talvez pudesse organizar meus pensamentos.Aproximei-me da mesa de sinuca, onde Túlio ainda jogava com alguns rapazes.— Eu quero ir embora — declarei, tentando transmitir minha firmeza.— Não vamos agora, vai dançar com as meninas — ele sugeriu, desviando o olhar para Mia, que dançava perto deles.— Eu não vou dançar, principalm
Murilo:Estar na presença de July é uma experiência tão naturalmente maravilhosa, que me faz perder completamente a noção do que acontece ao meu redor. Observo-a com uma mistura de admiração e incredulidade, incapaz de compreender como Túlio pode tratá-la com tamanha indiferença. Cada gesto descuidado dele para com ela, só intensifica o desejo que sinto de cuidar dela, um sentimento que me perturba profundamente. Pois, apesar de saber que não devo nutrir tais pensamentos sobre July, não consigo evitar; ela simplesmente se infiltra em minha mente sem que eu perceba.E agora, aqui estamos nós, com ela segurando firmemente minha cintura, enquanto seguimos de moto para sua casa. Confesso, secretamente, que gostaria que essa viagem fosse mais longa do que realmente foi, mas, infelizmente, logo chegamos ao nosso destino e é hora de nos despedirmos.Ela desceu da moto com uma graça cautelosa, enquanto eu tirava meu capacete. Ela me devolveu o capacete que usara, um sorriso meigo iluminando s
— Seus pais estão bem? Já devem estar dormindo a essa hora. Não quero incomodar — perguntei, um pouco preocupado.— Eles estão bem — ela disse, abrindo a porta. — Mas não estão em casa. Foram passar o fim de semana na casa da minha irmã e só voltam na segunda — ela fez uma pausa, pensativa, e depois sorriu. — Na verdade, acho que podem demorar mais. Eles estão bem empolgados.— Parece que eles estão se divertindo mesmo. Eles não gostam de te deixar sozinha em casa, né? — Comentei, enquanto me sentava ao lado dela no sofá.— Não mesmo, mas eu ligo para eles todos os dias para tranquilizá-los. Eles estão amando lá, o lugar é ótimo mesmo, Murilo — ela falou com carinho, e eu me perdi em cada palavra que saía de sua boca. — É muito lindo. Se tudo der certo, irei para lá no próximo fim de semana. Eu amo o rio que tem por lá, é um lugar perfeito para colocar os pensamentos em ordem — ela suspirou, perdida em lembranças. — Quando vou, fico o dia todo naquele paraíso. Amo fazenda, a tranquili