Capítulo 22

Tijuana México. (19h) PM.

— O dinheiro que lhe dou não é suficiente? Por que não avisou ao Escobar sobre isso?

Levantou-se da sua cadeira, abriu a porta e fez uma checagem rápida, verificou o corredor para ter certeza de que ninguém estava nos ouvindo.

— Eu não tenho culpa.

Sussurrou após trancar a porta e voltou ao seu assento.

— Sente-se.

Fiz o que me pediu enquanto esperava uma boa explicação do delegado Martínez.

— Não teve culpa? Sabe que isso pode mudar muita coisa, não é?

— Eu não estava por dentro de nada, você sabe que o FBI é bem rígido quando se trata do sigilo das missões. Segundo as informações que recebi hoje.

Cruzou os braços, os apoiando sobre a mesa que dividia o espaço entre nós e continuou.

— O consulado entrou num acordo com o FBI e, agora, eles têm o aval para imergir em todo o México, contra os tráficos.

— ¡Chuspa! Isso não pode estar a acontecer, merda!

Levanto-me tomado pelo ódio, ando de um lado para o outro.

Mesmo que isso não impeça que a minha carga chegue
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