Tijuana México. (14h)— É uma honra poder conhecê-lo pessoalmente. Sou Samuel.O de pele morena se apressou a me cumprimentar, pelo sotaque, e sua aparência, parece ser um brasileiro.— Digo o mesmo senhor, muito prazer — o segundo estendeu a mão para me cumprimentar.— Certo, vamos ao que interessa. — encerro.Abrimos as portas e entramos no veículo regado de lindas jovens de diferentes países. — As do lado direito são todas puras. — Samuel me informou.Todas elas passam por exames, antes de serem mandadas para mim.Elas me olham assustadas, em uma mistura de admiração e medo enquanto caminho lentamente em meio as jovens, analiso uma por uma, dos pés à cabeça, para me certificar se estão em perfeitas condições para o mercado de trabalho e, também, se não estão machucadas porque da última vez um dos transportadores fez uma bagunça com minhas meninas, mas tudo foi resolvido e, agora, ele deve estar no inferno dançando sobre o lago de fogo com enxofre. Antes usávamos "Volvo" para tran
Tijuana México. (19h) PM.— O dinheiro que lhe dou não é suficiente? Por que não avisou ao Escobar sobre isso?Levantou-se da sua cadeira, abriu a porta e fez uma checagem rápida, verificou o corredor para ter certeza de que ninguém estava nos ouvindo.— Eu não tenho culpa.Sussurrou após trancar a porta e voltou ao seu assento. — Sente-se.Fiz o que me pediu enquanto esperava uma boa explicação do delegado Martínez.— Não teve culpa? Sabe que isso pode mudar muita coisa, não é?— Eu não estava por dentro de nada, você sabe que o FBI é bem rígido quando se trata do sigilo das missões. Segundo as informações que recebi hoje.Cruzou os braços, os apoiando sobre a mesa que dividia o espaço entre nós e continuou.— O consulado entrou num acordo com o FBI e, agora, eles têm o aval para imergir em todo o México, contra os tráficos.— ¡Chuspa! Isso não pode estar a acontecer, merda!Levanto-me tomado pelo ódio, ando de um lado para o outro.Mesmo que isso não impeça que a minha carga chegue
Aisha Johnson. Cali Colômbia. (11h) AM.Fiquei a par de tudo sobre a missão que minha equipe estava fazendo no México. Eu não pude participar, claro. Sabemos que Maximiliano tem apoio da justiça do próprio país e ele poderia ser absolvido a qualquer momento. Eu não poderia arriscar tanto. E como imaginávamos, Max está livre novamente e mais forte do que já era, porque agora aos olhos da sociedade "El patron" era considerado o anjo da guarda, daquelas jovens carentes e sem teto.O pior foi ter que aturar seus seguranças na minha cola o tempo todo. Sei que a intenção era me proteger do seu inimigo, porém, isso me atrapalhou muito nas investigações. O lado positivo de estar rodeada pelos seguranças de Max é que eliminou todas as possibilidades de Dener me encontrar, aqui no hotel. Eu não quero vê-lo enquanto não descartar umas coisas que estou tentando descobrir e só vou saber quando Alice Anderson chegar.Dener colocou Brian Simpson para me espionar. Ou meu chefe está duvidando da min
Cali Colômbia. (13h)Continuei concentrada na via, ignorando o celular do Juan que teimava em tocar, mas vi que a ligação era de Max e acabei por atender. Ele não iria desistir. — Mia eles estão levando-a para o heliporto — sua voz já não era tão dura — não deixe eles chegarem lá, por favor. — suplicou. — faça o que for preciso, mas pare aquele carro.— Max, é muito arriscado e... um acidente pode matá-la.— Se eles a levarem, ela não terá oportunidade de sobrevivência. Seria um adeus, pois Santiago é bem pior do que você imagina, Clark. — Certo!Engulo em seco ao imaginar uma pessoa tão ruim, a ponto de fazer Max temer pelo que ele é capaz. — Você consegue, Mia. Eu confio em você. — exclama. Não pude deixar de me sentir enaltecida com aquelas palavras vindas de Maximiliano Lopez, não por ele ser uma pessoa incrível, isso ele não é, e sim por ele ser tão decidido, ardiloso, a dureza parece ofuscar o seu conjunto petulante. Max gosta de ter controle de tudo, não cede um centímetro
Bônus Alice Anderson. Alguns dias atrás... Nova Iorque. (18h) PMDesliguei o motor do carro quando parei no estacionamento do High Bar. Estava exausta, precisava de pelo menos um copo de chopp bem caprichado, antes de voltar para o apartamento da Aisha. Passaríamos a noite juntas já que amanhã minha gatinha iria viajar para outro país. High Bar fica um pouco fora da cidade. O estabelecimento é muito frequentado por agentes do FBI e pelos federais da estrada também. Fica entre o bairro onde acabo de vir de uma missão e a cidade principal, próximo a uma área verde de reserva, para ser mais exata."Só um copo de chopp não faria mal algum." Após me sentar no sofá, peço umas batatas fritas como acompanhamento. Geralmente venho acompanhada de alguns amigos de trabalho, mas hoje vim sozinha, pois os outros preferiram ir para suas casas. — Seu pedido, senhorita.A garçonete deposita meu pedido à mesa, assenti sorrindo para ela antes que desse as costas. — Não, ela não vai descobrir. A
Aisha Johnson. "Te amo, te amo. Ela diz para mim. Eu ouço a dor em sua voz.Então nós dançamos sob o candelabro. Ela assume a liderança.Foi quando eu vi em seus olhos, estava acabado."Te amo–Rihanna. Cali Colômbia (22h)Com a ajuda do Maximiliano, consegui chegar no horário que eu queria. Assim que pousamos em Bogotá, tinha um carro nos aguardando no heliporto, em seguida saímos de lá para o aeroporto. Claro que Max não ia me deixar vir sozinha. Ele me emprestou seu helicóptero, em troca, fez suas exigências. Tive que vir à espreita dos dois seguranças. "Doente por controle."Ao chegar, acendi um cigarro antes de entrar para a área interna. Eu estava nervosa, com fortes palpitações em meu peito, aquela sensação de angústia crescia com os minutos que passavam. Era para eu estar feliz, porque finalmente ia rever minha companheira de trabalho, amiga, amante e seja lá o que for. É estranho como me sinto agora, tenho calafrios e só consigo fumar. Algum tempo depois estava aguarda
Capítulo 26Cali Colômbia (10h) AM. — Vamos embora daqui.Max, diz ao sairmos da sala da direção do hospital.Ouvir os gritos da mãe da Alice pelo celular quando eu mesma decidi dar a notícia, foi devastador! Tentei ser forte e no fim das contas acabei chorando com ela. Sinto-me destruída, mas eu não consigo imaginar o tamanho da dor que a família Anderson está sentindo pela perda. Ela era uma mulher incrível, uma boa filha, boa irmã, ótima amiga e uma grande agente.Seu corpo será deportado para o nosso país depois de vinte quatro horas. Eu não tive coragem de vê-la antes de sair do hospital, também não tenho forças para ir ao seu enterro. Além disso, não é seguro viajar para Nova Iorque agora, até eu descobrir o que está acontecendo. Talvez Colin me ajude a desvendar parte disso tudo.Prometi para a Sra. Anderson que vingaria a morte da Alice, será uma questão de honra. Agora tenho duas vinganças a serem cumpridas; uma é a morte dos meus pais, e a outra é a dela.— Você está com f
Aisha Johnson.Cali Colômbia (19h)— Max...— Desculpe-me, Clark, mas eu não consegui me controlar. Você me perturba e é isso que acontece. — soou rouco e voltou a me beijar com avidez. Fechei meus olhos odiando meu corpo, me odiando por estar excitada num momento tão delicado como este, de luto por minha amiga. Max consegue despertar meus desejos por sexo, com uma facilidade assustadora. Ninguém pode me pré-julgar, infelizmente estou cativa dele. — Seu voo sai em quantas horas? — parei o beijo com a respiração descompassada e o encarei.— Daqui a pouco. — mordeu meu lábio inferior, esticando-o. — é uma pena — reclama ao liberar meus braços. — quando eu voltar — mordiscou meu pescoço. — faremos tudo direito. Odeio fazer as coisas apressadas. — incrementou ao beijar o lóbulo da minha orelha.— Max, será que você consegue as imagens das câmeras do estacionamento do aeroporto de Bogotá? — E tem algo que eu não consiga, Clark?Respondeu ele, imperiosamente, movendo seus lábios na pele