Uma ameaça.
O vestido branco estava pendurado à minha frente, imponente e luxuoso, feito sob medida para um casamento que muitos acreditavam que jamais deveria acontecer. O tecido pesado parecia carregar o peso do meu destino, bordado com promessas silenciosas e sentenças não ditas. Minhas mãos tremiam enquanto tocavam a renda delicada, e meu coração martelava dentro do peito.

Hoje era o dia. O dia em que eu enfrentaria os olhares carregados de ódio, as acusações veladas e as lembranças do passado. Todos se lembrariam que eu tentei matar o Don. Todos me julgariam, sussurrariam pelas minhas costas, e eu teria que erguer o queixo e fingir que nada disso me afetava.

Minha tia Flora entrou no quarto sem bater, como se tivesse o direito de atravessar qualquer barreira que eu tentasse erguer. Ela era mãe de Camille e seu olhar carregava o ressentimento que eu já esperava.

— Você não morreu por sorte, Fernanda. — Sua voz era baixa, fria, como uma lâmina afiada. — Não sei como Luigi poupou sua vida, mas n
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