__ Que isso, larga essa porra — falei alto mantendo mariana atrás de mim, com os soldados na rua ninguém veria nada, consigo facilmente desarmar ela, mas não posso deixar que machuque a Fernanda.__ Liliane abaixa essa porra, se acertar minha esposa você vai morrer — falei.__ Como assim chefinho, vai matar a mãe do seu filho? — falou e pôs a mão na barriga, nesse momento, ela saiu de trás de mim, quando ia tirar a arma da Liliane ela atirou, mariana levou um tiro na minha frente, o roupão branco logo ficou manchado pelo sangue que escorreu, com o barulho do tiro os soldados e meu irmão vieram, Liliane tentou fugir, mas foi pega.__ O que aconteceu? — perguntou meu pai quando descemos as escadas.__ Lili invadiu meu quarto e atirou nela, ela está no galpão, vamos ao hospital, avise todos pai — falei e entramos no carro, minha calça e sua roupa estavam sujas de sangue, ela perdia rapidamente a cor, estava pálida e isso me preocupou muito.__ A Liliane pode estar grávida de você? — pergu
Ele não conseguirá;Ela faleceu a mais de 20 minutos já;Que sofrimento;__ Saiam todos — gritei e ficou apenas o médico.__ mario ? Vem comigo vai — ele falou e o perguntei:__ Você desistiria?Ele parou por um minuto, entendeu que eu precisava tentar, deu um passo para trás e só se aproximou quando minhas forças pararam.__ Eu faço isso irmão — ele disse.__ Não, sai daqui — eu estava exausto, mas tentaria mais, quando estava prestes a parar, cansado e perdido um apito ecoou, olhei para o médico que tinha a maior cara de espanto do mundo e ele se aproximou.__ Tem sinal vital, enfermeiros — ele falou e chamou por ajuda, logo a sala estava cheia e pude contemplar seus olhos se abrirem, nesse momento cai de joelhos e agradeci, eu não era religioso, mas ele me deu de volta minha esposa, então se tem alguém no céu eu agradeceria.Dessa vez eu não saí do quarto, Caio passou o tempo todo do meu lado enquanto os olhos de Fernanda estavam vidrados no meu, depois de alguns exames ele me liber
O vestido branco estava pendurado à minha frente, imponente e luxuoso, feito sob medida para um casamento que muitos acreditavam que jamais deveria acontecer. O tecido pesado parecia carregar o peso do meu destino, bordado com promessas silenciosas e sentenças não ditas. Minhas mãos tremiam enquanto tocavam a renda delicada, e meu coração martelava dentro do peito.Hoje era o dia. O dia em que eu enfrentaria os olhares carregados de ódio, as acusações veladas e as lembranças do passado. Todos se lembrariam que eu tentei matar o Don. Todos me julgariam, sussurrariam pelas minhas costas, e eu teria que erguer o queixo e fingir que nada disso me afetava.Minha tia Flora entrou no quarto sem bater, como se tivesse o direito de atravessar qualquer barreira que eu tentasse erguer. Ela era mãe de Camille e seu olhar carregava o ressentimento que eu já esperava.— Você não morreu por sorte, Fernanda. — Sua voz era baixa, fria, como uma lâmina afiada. — Não sei como Luigi poupou sua vida, mas n
Eu ainda sentia o cheiro do medo dela impregnado em minhas roupas. O tremor de sua voz ao chamar meu nome ecoava na minha mente como um grito de guerra.A caixa. O rato morto.Aquilo não era um simples recado. Era uma retaliação direta. Um aviso podre vindo de um homem que não aceitou sua derrota.Antony estava sentado no sofá do quarto, ajeitando os punhos da camisa, mas seu olhar era frio como gelo quando soltou:— Isso foi coisa do pai dela.Eu já sabia. Não havia outra explicação. Desde que ele foi afastado dos negócios, restava-lhe apenas essa forma patética de vingança.— Quero que o encontrem. — Minha voz saiu firme, sem espaço para discussão. — Tragam-no para o galpão.Antony apenas assentiu e sacou o celular do bolso. Não precisou dizer muito. Apenas um nome, um comando.— Vocês sabem o que fazer. — E desligou. Simples assim.Enquanto ele voltava a abotoar o colete, respirei fundo, sentindo o peso do que havia acabado de acontecer.Ela gritou por mim.De novo.Não importava ma
O momento chegou, depois do susto que levei o momento finalmente chegou, para que negar, Luigi tem sido meu auxiliador por muitos dias desde que atirei nele, ele era o único que não precisava fazer isso, porém é o que mais faz.Diante do espelho, observei minha própria imagem e, pela primeira vez em muito tempo, senti algo inesperado.Felicidade.Sim, eu estava feliz. Apesar de tudo, apesar do medo, do passado e das incertezas, havia um brilho nos meus olhos que eu não conseguia ignorar. Luigi havia entrado na minha vida como um furacão, me arrancando do que eu conhecia, mas, agora, eu via que, no meio do caos, ele era meu porto seguro.O único sentimento que nublava essa felicidade era a dor de saber que meu próprio pai me odiava.Respirei fundo e me levantei, alisando meu vestido. Pensei que atravessaria aquela igreja sozinha, sustentando meu nome e minhas escolhas sem apoio de ninguém. Mas, ao abrir a porta, fui surpreendida.Ele estava lá.Meu sogro.Alto, imponente e com uma expre
A festa estava impecável, tudo fora feito da forma que ela merecia, antes não me preocupava com nada, mas achei que ela era pelo menos amada pela família, vendo o que ela sofreu resolvi mudar tudo, queria o melhor para a minha rainha, ela teria tudo de mim e não precisaria de mais nada e nem de mais ninguém.A Música envolvente preenchia o salão, um equilíbrio perfeito entre elegância e animação. O tilintar dos copos, as risadas dos convidados e o murmúrio constante de conversas davam vida à celebração.Eu passeava entre os convidados, recebendo cumprimentos e palavras de lealdade. Era um momento de reafirmação do meu poder, mas minha atenção, inevitavelmente, voltava-se para a mulher sentada à mesa principal.Fernanda.Ela comia um doce com uma expressão satisfeita, a língua passando discretamente pelos lábios para capturar um restinho de açúcar. A cena, tão simples, me prendeu mais do que qualquer conversa que eu estivesse tendo.— Fascinante, não é? — a voz do meu pai me tirou do tr
A tensão no ar foi palpável. Eu observava de longe, fingindo total indiferença, mas minha mente estava a mil. Fernanda estava ali, sendo rodeada por um grupo de mulheres que se aproximavam dela com uma audácia misturada a desdém. Todas olhavam para ela como se fosse uma presa, uma vítima de circunstâncias, e estavam preparadas para usar isso contra ela.— Então, Fernanda... como você está? — Uma delas perguntou, com um sorriso que não alcançava os olhos. — Deve ser difícil, né? Não ter a mãe por perto, a sogra também não... Deve estar sozinha com o seu marido, que pelo que dizem por aí, não tem amor algum por você.As palavras delas eram como facas afiadas, perfurando a confiança de Fernanda. O assunto do pai dela foi mencionado em seguida, e a falta de qualquer tipo de respeito por ela era evidente.— Seu pai... ah, o covarde. Ele mesmo disse por aí que nunca te amou, sabia? Como é viver com isso, Fernanda? — Outra mulher disse, sorrindo com um toque de prazer na maldade.Eu estava pr
Cheguei no lugar e o carro em chamas me preocupou, como eu falaria para a mariana sobre seus pais, como a contaria sobre um possível assassinato, pelo menos pela cena seria improvável um sobrevivente.__ Don, que prazer — falou o delegado assim que me viu.__ Despachem esses repórteres, quero tudo isso isolado — falei e eles assentiram.__ É o carro dos meus sogros, alguma vítima? — Perguntei temendo sua resposta.__ Sim, provavelmente os seguranças, foi uma sorte que eles conseguiram pular, seus sogros sobreviveram com escoriações e seu sogro tem uma perna quebrada — ele falou admirado com a situação.__ Que bom, onde eles estão? — perguntei aflito, eu via as câmeras filmando e me perguntava se mariana veria aquilo ali acontecer — Caio, leve Lara para casa, fique de olho em minha esposa e na sua noiva e me aguardem lá, falarei com eles e assim que estiver tudo OK irei levá-los a nossa casa — falei e ele saiu.__ Organizem tudo, não deixem rastros de uma tentativa de assassinato aqui —