Ashlem - O Caçador
Ashlem - O Caçador
Por: James Nungo
Prólogo

Guerras, mortes, criaturas, escombros e destruição era o cenário em que o país se encontrava.

2031

— Eu estou cansada, andamos muito, afinal não chegamos ao nosso destino? Estou muito cansada.

— Vamos chegar daqui a 4 horas, aguente mais um pouco, isto faz parte do meu trabalho. Sendo um caçador já salvei muita gente que se encontrava na mesma situação em que tu te encontras agora, não te preocupes. Sabes? Nesta vida muitas pessoas desistem no último momento da luta. Por exemplo, as pessoas que salvei. Quando muito delas reclamavam sobre a distância, só faltavam alguns poucos metros para se alcançar o destino. Toma aqui um pouco de água — disse o jovem homem, entregando a garrafa à moça. — Você precisa hidratar-se, este lugar é muito quente.

A moça recebeu e agradeceu.

— Obrigada! — a voz não tinha vida.

Depois ela bebeu o escasso que se encontrava no recipiente.

— Íris, o que se passa? — perguntou o homem.

— Estou cansada e muito fraca. Eu disse segundos atrás que estou cansada.

Ela estava pálida assim como James, ela tinha a cor do pecado. Além de fazer muito calor naquela tarde, também soprava uma chuva de poeira de norte para sul, mas não era suficiente para vencer o fogo que ardia nos prédios do lado esquerdo.

Íris caiu pelo cansaço. James carregou a moça e não muito longe, ele viu uma loja abandonada.

Logo achou uma boa ideia entrar para matar a sede e a fome, enquanto isso Íris apresentava olhos fechados nas mãos dele. Ele olhou para ela.

De uma forma serena a moça abriu os olhos castanhos claros.

— Vai ficar tudo bem. — disse James.

O fulgor do sol atingia a terra do distrito de Rongon. A loja parecia recém assombrada, o silêncio pairava pelos ares, enquanto o fogo tentava rugir nos prédios atacados pelos Unimpires.

James ainda tinha energia de carregar a mulher, mesmo depois de ter enfrentado um Catmpire enorme que quase engolia os dois.

— Vamos aguente, mais um pouco — disse carregando ela até ao balcão da loja.

Íris abriu os olhos.

— James...

— Não te esforces, vou procurar alguma coisa pra a gente comer.

— Está bem.

James começou a vandalizar as prateleiras em busca de algo comestível.

— Porcaria parece que passou Animpires nesta merda.

— Arrrg... — um Animpire rugiu do lado de fora da loja.

James prestou atenção quando ouviu o som do Animpire. A criatura despertou os seus sentidos.

— Tem que haver alguma coisa que se coma aqui.

Ele meteu a mão na sua jaqueta e levou um chiclete, em seguida meteu na boca. Começou o seu exercício de mascar.

Felizmente quando estava prestes a desistir apareceu uma geladeira cheia de Energoys no seu campo de visão, um produto que era produzido muito mais na cidade de Orge. Este se encontrava no recipiente de 500g, com formato de um copo, o conteúdo, era uma mistura de alimentos que dão energia ao organismo. Naquele caso Íris precisava de energia para os dois poderem sair antes do sol desaparecer e os Kunimpires se transformarem em Heartearters, o que seria o fim do distrito de Rongon e todo o país, para em seguida todo mundo.

— James a coisa está... — Íris tentou gritar, mas ficou difícil para a voz sair de um modo suficientemente audível.

James de imediato levou 4 Energoys da geladeira e correu até ao balcão onde a Íris descansava. A moça parecia que já se apresentava no seu último fôlego.

— Toma — disse James.

Ela recebeu com a mão trémula.

De repente o enorme Animpire invadiu o estabelecimento num ataque violento, os estilhaços de vidro se espalharam por toda parte. Era um Ratimpire com o seu volume exagerado, com todo o formato de um rato prestes a ter o seu almoço, a carne humana.

A faca na sua bota, no calcanhar, ao estilo cowboy brilhava quando tirava dentro da sua jaqueta duas armas glocks que iam ferir a carne do Animpire. Depois tirou uma corrente de prata colocando sobre o balcão, em seguida levou o seu chapéu e colocou no seu divido lugar, a cabeça.

— Arrrg.

— Merda de Ratimpire, você chegou num momento errado, quando estou esfomeado sou muito, mas muito cruel.

Aquilo era verdade o homem era cruel, ainda mais quando estivesse com o estômago vazio.

O Ratimpire se aproximou lentamente como se estivesse pressentindo o quão cruel seria a sua morte. O Animpire, voltou os olhos à Íris que se recuperava sobre o balcão, onde também descansava a corrente do caçador.

Os olhos da criatura cintilaram e Ashlem pressionou os dois gatilhos das duas armas glocks e houve uma extrema explosão.

Na entrada botas de alguém eram visíveis.

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