Luz — O que você faz aqui — Perguntou o Kevin. — Eu só quis vê-la, os meus homens disseram que ela tinha acabado de acordar.— Seus homens? Você tem vigiado a minha família? — perguntou o Kevin, segurando na gola da sua camisa. — Ela é minha esposa! — diz o Henriques.— Ex-esposa — retruco — fica longe da minha irmã, ela parece estar feliz agora, muito mais que antes.— Mas eu amo ela! — retrucou.— Como você nunca tocou nela, as regras da Família são explícitas, ela escolhe com quem se casar — digo. — Tem essa regra? — Perguntou ele.— tem sim. Deveria ter lido. E espero que saibas que essa é uma das piores humilhações da nossa família. — Eu amo ela, tenho certeza que agora que ela pode escolher, se eu insistir ela vai aceitar. Ela vai voltar para mim.— Ela mal se lembra de ti — digo.A Mayra puxou ele pelos braços e levou-o até a porta que estava entreaberta e mostrou a Íris dormindo ao lado Ian. — Ela perdeu a memória, não se lembra de nada dos últimos 6 anos. Quer dizer que
ÍRISEle é meu marido, mas ao mesmo tempo é um estranho, mas esse sentimento de conhecer ele a mais tempo me deixa inquieta. Ele é tão lindo, que parece ator de novela mexicana. — Porquê olha assim para mim? Tem alguma coisa em meu rosto? — Perguntou. — Além de beleza, não vejo mais nada! — Digo. — Onde aprendeu isso? Você sempre me pareceu tímida! — Eu me sinto estranha, embora não ter perdido totalmente a memória, não sei como me comportar ao teu lado ou como chamar você! Desculpa não ter perguntado o teu nome, tentei me lembrar dele sozinha, mas não consegui— Digo chorando. — Tudo bem, não precisa chorar, podes me chamar de Penty Box. — Tu falas muito bem a minha língua, mas porquê te chamar desse jeito? — É uma longa história, mas é um nome só teu, só tu podes me chamar assim. E eu trabalho aqui faz uns 6 anos. E tive uma bela professora na adolescência. — Ela deve ser mesmo boa, mas se quiser podemos falar a tua língua. — Sim eu agradecia— Diz ele. Estávamos nos rindo,
LuzEle deve ter um motivo para não ter feito nada com a Íris, ele me provou que ama ela, de todas as formas.Há 6meses.— Quem são vocês afinal? — Perguntei ao doutor Liam.— Somos os irmãos Philips — diz ele. — E como conhecem a minha irmã? Estávamos todos sentados na sala de reunião do hospital, quando o homem vestido de preto e tatuado aparece. — Tudo o que precisa saber pergunte para mim. O meu irmãos não sabe de nada. — O que você quer com a Íris? — Perguntou o Kevin.— Eu já respondi isso — falou. — Não, você disse onde se conheceram, mas não o que querem dela.— Nada — responde o doutor. — Fala por ti, eu quero me casar com ela. — Nem pensar, você é louco por acaso? Sabe quem é a nossa família? — Pergunta a Mayra. — Não, mas ela falou muito sobre vocês, e sei o básico das regras sobre o casamento. Já que o ex-marido não tocou nela, após o divórcio ela pode escolher com quem se casar. — E porquê deixaríamos isso acontecer? — Perguntou a Mayra. — Eu fui o primeiro amor
ÍrisSem que a minha família soubesse decidi procurar um neurologista, preciso saber o que está acontecendo comigo para além do meu coração deve ter mais alguma coisa, me sinto incompleta sem as minhas memórias restantes. — Doutor o que tem na minha cabeça. A lesão é muito grave? — De acordo os seus exames atuais, não! Os antigos poderiam até justificar a faltas de memória! Mas não há mais nenhum vestígio para apontar como causa, poderia dizer que são sequelas do acidente mais precisaria de uma segunda opinião médica e mais exames para confirmar. — Então o que o senhor sugere? — perguntei. — Recomendo um psicólogo, pode ser que a sua perda de memória esteja relacionado com algum acontecimento traumático do passado — diz o médico. — Obrigada Doutor— digo. — Assim que sair entrega esse papel a enfermeira e volte amanhã para mais exames — diz ele. — Combinado.— Não esquece de passar em um psicólogo por favor Íris. — Pode deixar que eu faço isso. ME aproximo da porta e coloco os
Luz — Que história é essa que você me engravidou? — Perguntei me afastando dele. — Eu quero ter um filho com você, o que tem de errado nisso? — perguntou, dando um nó na gravata. — Ainda é muito cedo e o nosso casamento ainda nem é público. Estamos casados apenas há 2 meses — falei, abotoando o vestido. — Amor esquece as regras das nossas famílias, eu quero muito ter uma família já, e eu sei que você está grávida— disse novamente, andando em minha direção. — Esquece isso, ainda não estamos prontos para ter uma família — falei desanimada. Como posso ter um filho com um homem que mal se lembra das coisas do passado? E principalmente agora que a mulher que ele amava voltou.— Você acha que não serei um bom pai? — perguntou. — Eu sei que serás um pai maravilhoso! Mas é eu? Você acha que estou pronta para ter um filho? —Eu… Antes que ele respondesse a secretária entra e diz-lhe que precisa sair para uma reunião com um dos seus investigadores. — Ok! Obrigado — diz. E ela saiu em s
Íris— Eu não consigo me lembrar de nada! — digo a psicóloga.— Sim! Eu conversei com o seu neurologista e vi alguns dos seus exames e parece que a sua perda de memória, não tem ligação com o seu acidente.— Então! Porquê eu não consigo me lembrar de nada? — Perguntei.— As vezes o nosso sob consciente nos impede de levar de acontecimentos que nos causam muita dor! Presumo que esse seja o seu caso. — O que eu poderia ter vivido que me causou tanta dor? A minha vida é bem monótona.— Só a sua família pode responder a essa pergunta.— Eu estou aqui justamente para isso. Eles não querem me contar o que aconteceu, e sem as minhas memórias eu me sinto totalmente incompleta. Eu quero voltar a trabalhar, mas não consigo. — A senhora tem certeza que quer recuperar as suas memórias? Se a sua família não está de acordo que se recorde, deve ser por que eles sabem como deve ter sofrido com isso. — Mas eu preciso saber, sofrendo ou não. — Tudo bem senhora Philips, vamos fazer terapia para que
Luz Eu tenho uma família, embora construída a base de uma mentira, eu tenho ele e o meu filho e não vou deixar ninguém mexer com nenhum dos meus amores. — Ultimamente estás muito distante — diz o meu marido.Estávamos deitados, acabamos de acordar faz uns 20 minutos. Ele parece não querer os trabalhar, ele é bem fofo quando está com preguiça. — Vamos sair hoje? — perguntei. — Obrigada por perguntar, e hoje não tenho vontade nenhuma de ir trabalhar. Vamos passar o dia juntos, pode ser? — Claro, percebi que não queres ir trabalhar. — Ainda não entrei na rotina — respondeu. — Vamos comprar coisas para o bebê, e depois vamos ver um filme e jantamos, que tal? — Eu acho perfeito, eu amo passar o tempo com a minha esposa, e hoje pareces mais animada. — estás do meu lado, não tem coisa melhor — digo.— Tens razão— falou ele, ficando por cima — Eu não sei porquê demoramos muito para ficar juntos, gostaria de ter te conhecido antes. — Não me culpes por isso — digo.— Eu não te culpo,
ÍrisApós sair da psicóloga, vejo um menino parado no outro lado da rua, parecia triste. Aquilo não chamou a minha atenção, ignorei e comecei a andar pela rua. O menino não parava de olhar para mim e me seguir. Eu parei e ele também parou, parecia que eu estava a ser seguida por alguém. Passei a estrada e ele recuou dois passos. — Você está me seguindo? — Perguntei. Ele apenas acenou, balançando a cabeça para a minha resposta “não”. — O que você quer de mim? — Perguntei. Ele apontou para a sacola que estava em minhas mãos. — Você sabe o que tem aqui? — perguntei. Ele acenou novamente, dizendo “sim” em resposta. — Se você sabe então já deve ter vindo aqui? — perguntei. Ele acenou para sim novamente. Olhei para o garoto que parecia ter fugido de casa e levei para uma lanchonete. — você não fala? — perguntei. — Falo! Só não gosto — respondeu com a sua boca cheia de comida.— Cuidado garoto, vai acabar de engasgado — dei o guardanapo para ele. — Muito obrigada! — falou. — D