Iris — A senhora não consegue ficar quieta pois não? — perguntei! Nesse exato momento eu não sentia nenhuma parte do meu corpo. Eu só conseguia pensar no meu sobrinho de 6 anos que foi baseado e que nesse momento está nos cuidados intensivos. E a velha bem a minha frente. — Do que você está falando? — Quem foi que baleou o Zack? — perguntei, completamente sem emoção. — O Zack foi baleado? — perguntou. Ela realmente parecia surpresa. — Hey calma! Isso não teve nada haver comigo. Eu não ataco crianças. — Não acredito! — Se assim fosse, eu não teria deixar você viver! — O que você quer dizer com isso? — Em breve você vai descobrir… Fiquei sem paciência nenhuma e dei dois tiros em suas pernas! O que fez um barulho imenso e seus homens apontaram suas armas para mim, esperando apenas uma ordem sua para atirar! Mas ainda assim eu não abaixei a minha! Ainda mirando bem em seu rosto. — Baixem as armas agora! — gritou a velha morrendo de dor. — Ma
Nas urgências e emergências encontrei uma escapatória, foi a área onde eu mais me identifiquei, nenhum médico de elite aceitaria estar aqui, mas eu, não preciso ser da elite, pessoas formam as elites. Numa noite fatídica de terça-feira centenas de ambulancias chegando com inumeros pacientes com ferimentos graves e tenho certeza que alguns acabam de dar o seu último suspiro ao serem transportados em macas. — Doutora Iris o que vamos fazer? São muitos pacientes — diz a enfermeira ao meu lado assustada. — Vamos cuidar de todos e deixar o minimo, o mais minimo de mortos possível, faça o impossível para salvar a maioria, ou o que der — disse, segurando o estestocópio e colocando em torno do pescoço – anda, vamos trabalhar– Vamos a isso pessoal – gritei. - Sim Doutora – responderam todos. Enquanto cuidavamos de todos os pacientes, viam mais enfermeiros de outras áreas do hospital, para ajudar, além de colegas de trabalho acredito que somos uma família. - Iris! – Diz uma voz at
É sempre bom estar de volta ao hospital, embora que fique mais tempo do que o normal, eu sei que não tenho o que reclamar, é um previlégio poder trabalhar perto da minha família e de médicos com grandes experiências. Quero me especializar na área dos meus pais! Neurocirurgias e como a minha família é dona do hospital, o mínimo que eu posso fazer é estudar mais que os outros. Poucas dos meus colegas sabem que sou a Luz Sharonstone, a menor da família e uma das herdeiras. E se depender de mim, ninguém vai ficar sabendo. — Luz! — diz uma voz familiar atrás de mim — preciso da tua ajuda! Diz a minha irmã mais velha, Mayra. — Oque foi? — pergunto, me aproximando dela. — Podes ir ao escritório da Íris? — perguntou ela. — por quê? Aconteceu alguma coisa? — Não aconteceu, mas vai acontecer, está na hora de conhecer o seu adorado noivo — diz ela, baixinho. — Então fala com ela— digo. — Você sabe o que ela pensa sobre isso! É capaz de surtar. — E no que eu posso te a
Mais um final de expediente, confesso que estou cansada, tanto que sinto o meu coração acelerar. Sem corrida nem nada. Assim que chego em casa, encontro a minha irmã Mayra na sala. — Eu já marquei o vosso encontro — diz ela sentada na sala. — Que encontro? — pergunto sonolenta. — Com o seu querido noivo — diz ela. — Você não seria capaz de fazer isso — Digo. — Sinto muito, você sabe da regra da nossa família e tens passado muito dos limites, já tens 24 anos Íris, o teu noivado já tinha que estar marcado. — Não é pra tanto Mayra, o Limite é até aos 25 anos, não? — O noivado também conta! Vamos cumprir as regras por favor. — Claro, quem é ele? Ela me entregou um envelope com arquivos dentro. — O que é isso?? — Toda informação que você precisa de saber sobre ele. Abro a pasta e me deparo com uma foto de um cara muito feio. — Ele não deveria ser mais velho? — digo, lento todas as informações. — Ele é, vê a data de nascimento dele. — Mas ele parece um adol
Luz O turno foi cansativo, e ainda tenho que estudar para a cirurgia daqui a dois dias, eu me sinto muito carregada. Entro na sala dos médicos e encontro todo mundo a arrumar as suas coisas para ir embora. Olho para o celular e vejo, são 09h da manhã, o próximo turno já vai entrar daqui a meia hora, vejo o dia e me lembro. — Hoje é o dia do encontro da Íris — sussurro — será que ela está animada? Enquanto falava sozinha, vinha atrás de mim a minha amiga, que acaba me assustando. — Com quem estás a falar? — sussurrou no meu ouvido. — Aí Gabriela, quer me matar de susto? — pergunto. — Desculpa, não sabia que estava tão distraída assim — diz ela, abrindo o seu cacifo do outro lado da parede. — Hoje a Íris finalmente vai ter o seu tão odiado encontro, quero saber como será. — De certeza que não será romântico — retruca. — Estou mesmo curiosa para saber como será o Americano, a única que o conhece e a Mayra — Digo. — Americano? —Sim, eles todos têm uma coisa em
Íris Todo mundo achou que eu estive a dormir, mas eu fiquei durante horas andando de um lado para o outro, sentando e levantando da cama olhando para o guarda-roupa pensando no que vestir, em como me comportar olhando sempre para ficheiro dele e para o guarda-roupa na sequência. Eu não acredito que vou fazer isso... E se eu me vestir como essas mulheres exibicionistas? Será suficiente para assustar ele e não querer se casar comigo? Ninguém gosta de mulheres assim, quem sabe funcione. Abri o lado do guarda-roupa onde ficam os vestidos pretos, tirei o vestido mais simples e caro que estava ali, obviamente não foi comprado por mim, foi um presente da minha irmã Mayra, ela é sempre em alta com esse tipo de coisas, roupas, acessórios, sapatos caros, entendo super esse casal, ela é o Kevin fazem o par perfeito. Não precisava de muita coisa, só as mais caras que tinha, resumindo tudo que tenho. Brincos, vestido, perfumes, sapatos e o carro. Tudo em mim precisava estar acima
Luz — Onde você está? — Pergunta a Gabriela pelo telefone. — Estou a caminho, já estou chegando, eu prometo que não demoro nadinha — digo. — Despacha mesmo, estou sofrendo — diz ela, a seguir desliga o telemóvel. Minutos depois chego ao seu apartamento. Eu bato a porta, e ela abre, como se estivesse me esperando sentada na porta. — O que você faz aí no chão? — Estava esperando por ti, demorou uma eternidade para chegar. Geralmente a Gabriela é muito vaidosa, sempre arrumada e cheirosa, mas hoje ela parece completamente acabada. — O que foi que aconteceu? — pergunto. Parece que a minha pergunta foi um gatilho direto para ela começar a chorar. Eu apenas fiz uma simples pergunta. Ela se levanta do chão a chorar e me abraça. — Para de chorar e conta logo o que aconteceu — digo, retribuindo o abraço. — Ele… Ele… terminou comigo — responde ela, soluçando. — E por isso você está chorando assim? A minha pergunta deixa ela irritada, pelo menos fi-la parar de chorar. —
Eu contei tudo a Ele, sobre a minha família, sobre o noivado planejado desde que nasci, sobre o encontro de hoje, tudinho, o senhor José tem ganhado um lugar especial em meu coração, eu consigo ver ele como um pai, mesmo sabendo que ele enxerga em mim a sua falecida filha, eu não me importava se isso fizesse com que ele se sentisse melhor. Todas as semanas eu visito ele, porque tem sempre algo para contar. — e vocês se beijaram? – pergunta ele curioso. — não, sem beijo, como poderia fazer isso com alguém que eu não conheço e nunca vi na minha vida — disse, abanando as mãos em sinal de reprovação. — Tá mas ele é teu noivo, embora essa história não faça muito sentido e esteja meio confusa — diz ele coçando a cabeça— então os teus pais já escolheram noivos para as três e uma de vocês já é casada? — isso mesmo, é bem simples de entender, essa é uma das tradições exageras da família Sharonstone, é o nosso normal, todos os tios, avós e bisavós casaram dessa mesma forma. — E como é