Após terminarem o jantar e pagarem a conta, Olívia levantou-se e foi ao banheiro. Mal havia saído, o celular que estava sobre a mesa começou a vibrar.Diogo inclinou-se ligeiramente para a frente, observando o aparelho com um olhar sombrio. Com um movimento ágil, pressionou a tela e puxou o celular para perto de si.Em seguida, seu olhar ficou ainda mais frio. Ele atendeu a ligação e colocou o telefone junto ao ouvido.— Vivia, você pode falar agora? Vivia? — A voz do outro lado, era Charles, suave e cheia de emoção.Diogo permaneceu em silêncio.Sem obter resposta, Charles insistiu, com um tom mais rouco: — Vivia, onde você está? Posso... Te ver?Diogo esboçou um sorriso sarcástico e desligou a chamada. Mas, poucos segundos depois, o celular voltou a tocar.Com um riso cínico, ele bloqueou o número de Charles e recolocou o celular no lugar.— Demorei? Vamos? — Olívia retornou nesse exato momento, os lábios delicadamente realçados por um novo batom, a pele clara e radiante, como sol.
Olívia não se sentiu constrangida, se sentisse, seria como desprezar Diogo. Ela era uma pessoa de sentimentos claros e não era do tipo que menosprezava os outros. Seus pais nunca lhe ensinaram a agir assim.— Não tem problema. Se não podemos entrar agora, voltamos quando estiver aberto. Vamos embora. — Disse Olívia, suavemente, sem querer causar problemas a Diogo. — Se você quiser mesmo cavalgar, podemos ir ao haras da minha família, é a mesma coisa.No momento em que ela se virou para sair, Diogo agarrou sua mão e a apertou suavemente.— Vivia, não vá. Esta noite, nós vamos entrar.Os dedos de Olívia tremeram, e ela tentou, instintivamente, soltar a mão, mas Diogo não a deixou escapar. Seu tom de voz era firme e determinado.Desde que voltaram a se encontrar, era a primeira vez que Olívia via essa faceta autoritária de Diogo.Os dois seguranças se entreolharam, friamente, antes de um deles falar:— É melhor irem embora, ou não nos responsabilizamos pelo que pode acontecer. O Sr. Gael
Será que Olívia realmente sonhou com ele? Afinal, ele tinha sido um verdadeiro canalha no passado, e com certeza deixou marcas profundas em Olívia.— E se... Você tentasse falar com o Sr. Gilbert? Nós descobrimos que a Sra. Marques voltou para a casa da família em Matear, então seu irmão deve saber onde ela está! — Sugeriu Dante, os olhos brilhando ao pensar que havia tido uma boa ideia.Charles lançou-lhe um olhar gélido.— Eu, o presidente do Grupo Marques, não consigo encontrar uma pessoa e tenho que ligar para os familiares dela? E se Gilbert não souber? Quer que eu ligue para todos os irmãos dela? Cala a boca e sai da minha frente.— Sim, sim... Fui idiota. Estou de saída! — Dante, percebendo o estado de humor de seu chefe, recuou discretamente até a porta e saiu sem fazer barulho.Assim que a porta se fechou, Charles pegou o celular e, sem hesitar, ligou para Gilbert.— Presidente Charles, como está sua recuperação? — A voz de Gilbert era calma, sem entregar qualquer emoção.— S
Diogo, sem perceber, sentiu uma vontade irresistível de segurar a mão dela novamente. No entanto, ao lembrar do desconforto que ela havia demonstrado antes, sua mão longa e bem delineada parou no ar, os dedos tremendo levemente antes de se retraírem.O coração de Olívia apertou junto com o movimento dos dedos dele.Nesse momento, o secretário de Diogo apareceu correndo, ofegante e suado.— Sr. Diogo! Temos um problema!Diogo franziu a testa.— O que houve?— O cavalo que o senhor deu para a Srta. Olívia... O Sr. Gael o levou para o haras!Ao ouvir isso, Diogo ajeitou os óculos, seus olhos emitindo um brilho perigoso, enquanto uma expressão sombria e gelada tomava conta de seu rosto....Enquanto isso, Gael estava no haras, mostrando a seus convidados um magnífico cavalo Akhal-Teke, de um dourado reluzente, com uma postura imponente.— Sr. Gael, esse cavalo é uma raridade! Eu já tinha ouvido falar, mas é a primeira vez que vejo um pessoalmente!— Esse cavalo deve valer, no mínimo, uns
Gael ficou tão irritado com aquelas palavras que seu rosto ficou vermelho de raiva.Todos ficaram surpresos, achando que Diogo estava sendo extremamente arrogante e provocador!Os convidados começaram a murmurar.— Esses irmãos da família Moura... Não se dão nada bem, hein?— Isso não é só desentendimento, parece que já estão rompidos!— O Sr. Diogo acabou de dizer que o cavalo é dele? Então o Sr. Gael usou algo do irmão sem sequer pedir permissão?— Isso... Não é nada bom.Os comentários chegaram aos ouvidos de Gael, e ele não conseguiu se conter. Cerrando os dentes, respondeu friamente:— Diogo, é só um cavalo. Precisava falar desse jeito na frente de todo mundo?— Precisava, sim. — Diogo abaixou as sobrancelhas elegantes, sua voz gélida e cortante. — Se fosse só um cavalo comum, pode ter certeza que eu não me importaria, deixaria você ficar com ele. Mas você mexeu no presente que eu ia dar para a Srta. Olívia. Ela nem chegou a ver o cavalo, e você já colocou as mãos nele. Você acha
Gael o encarou com raiva nos olhos.— Então você está dizendo que eu mesmo dei a ele a chance de me humilhar?— Não, não! De jeito nenhum! Não me entenda mal, estou apenas indignado por você! Afinal, é você quem o Sr. Tiago escolheu para se casar com a Srta. Olívia! — O secretário, tremendo de medo, suava frio.— Eu não preciso que você fique com raiva por mim. Preciso que você encontre uma solução! — Gael, já impaciente, sentia os olhos ardendo, a respiração descompassada, e as mãos começaram a tremer.Vendo a situação, o secretário, em um gesto apressado, pegou um novo copo e o encheu de uísque. Gael tomou de um gole só, e só então sua respiração começou a se estabilizar, e as mãos pararam de tremer.Quem poderia imaginar que aquele homem, sempre tão distinto e de fala refinada, dependia do álcool forte para anestesiar os nervos e controlar suas emoções?— Se aquele sujeito te incomodou, você também deveria incomodá-lo. Pelo menos, não pode deixar que ele tenha um encontro tão agradá
— O cavalo Akhal-Teke é chamado de Ferrari dos cavalos e é o tesouro nacional do Turcomenistão. Eu sempre pedi ao meu pai para me dar um, mas ele temia que eu sofresse um acidente montando, e nunca quis que eu me aproximasse demais dos cavalos. — Disse Olívia.Sob a luz suave, Olívia acariciava, emocionada, a pelagem dourada do cavalo, sentindo as veias pulsarem sob seus dedos, o que fazia seu coração disparar.De repente, sua boca ficou seca, e sua mente foi invadida pela lembrança de Charles, com o peito nu e musculoso, de uma virilidade selvagem, exposto diante dela.Um arrepio percorreu os dedos de Olívia, e suas bochechas ficaram quentes, corando visivelmente.Aquele homem... Quando ele se entregava a ela, com toda sua intensidade, era como um cavalo selvagem, impossível de domar...— Vivia, você gostou? Vivia?— Ah! — Olívia voltou à realidade, rapidamente tocando suas bochechas quentes com a mão, o olhar brilhando. — Sim, gostei. Cavalos sempre foram meus animais favoritos.“Que
Olívia arregalou os olhos, todos os nervos de seu corpo ficaram tensionados, e seus lábios trêmulos refletiam sua surpresa!Ela não era uma pessoa de reações lentas, mas o que aconteceu foi tão repentino que a deixou paralisada. Um cavalo puro-sangue, poderoso e musculoso, era como um carro esportivo de luxo em plena aceleração!Se as reações humanas fossem suficientes, acidentes de trânsito não existiriam!— Sr. Diogo!O secretário gritou desesperadamente, tentando correr para proteger seu patrão, mas já era tarde demais!O cavalo negro, descontrolado, irrompeu no campo, bufando violentamente, com os olhos vermelhos de fúria, galopando direto na direção de Olívia!O coração de Olívia parou por um instante. Ela queria correr, mas o pânico a dominou de tal forma que suas pernas pareceram presas ao chão, incapazes de se mover!— Vivia!No momento de desespero, suas pupilas se contraíram, e tudo ao seu redor ficou preto!Diogo, num último esforço, se lançou sobre ela, abraçando-a com forç