Tânia estava relaxada no sofá, lixando calmamente suas unhas vermelhas.

Chica estava tão furiosa que mal conseguia respirar, mas percebeu algo estranho na atitude da mãe.

Em outras épocas, se ela tivesse sofrido uma humilhação como a daquela noite em casa, Tânia já teria intervindo para restaurar sua dignidade. Afinal, ela era a filha favorita, e ninguém deveria causar tumulto em seu próprio território.

Mas desta vez, Tânia estava estranhamente quieta.

Chica havia feito um escândalo lá embaixo, e com certeza sua mãe tinha ouvido. Por que então não desceu para defendê-la?

- Vou te dizer uma coisa, Chica. Esse tipo de comportamento, eu não quero ver mais nesta casa. Samara também é minha filha, e vocês são irmãs. Como pode bater nela na frente de todos? Se seu pai e seu avô ouvirem falar disso, vão me culpar por não ter te educado direito. Você já tem vinte e cinco anos, e ainda age como uma lunática? Você sempre diz que sua irmã é a anormal, mas você não está muito melhor! - Tânia resmu