Olívia perdeu a mãe biológica muito cedo e foi criada por três madrastas. Quando era jovem, Aurora sempre a acompanhava em atividades como boxe, equitação, arco e flecha e escalada, que se tornou um hobby compartilhado entre elas. E foi esse hobby que agora estava sendo de grande utilidade!Quando Olívia estava prestes a chegar ao topo da montanha, de repente sentiu uma forte vibração abaixo dela e ouviu um estrondo ensurdecedor. Incontáveis pedrinhas começaram a rolar montanha abaixo – outro deslizamento de terra!- Meu Deus, isso não é justo! Eu faço tantas boas ações, doo tanto dinheiro, acumulo tanto karma bom e é assim que você me retribui?De repente, a pedra na qual Olívia estava apoiada cedeu e ela foi lançada no ar, perdendo todo o apoio!- Não! Socorro!Ela arregalou os olhos de terror, sentindo o desespero tomar conta. Um passo em falso no abismo sem fim, e o que a aguardava era a destruição total, a morte certa!Uma lágrima de descontentamento escorreu pelo canto do olho d
Charles não teve tempo de se perder no choque. O penhasco abaixo dele estava prestes a desmoronar!- Jenny! Rápido! - Charles, em um momento de desespero, soltou aquele nome há muito esquecido!Os olhos de Olívia se arregalaram, e seu coração bateu descompassado. Aquele chamado lhe deu uma força inexplicável, permitindo que ela subisse para a borda do penhasco no último segundo, caindo nos braços de Charles.O homem a segurou com força, envolvendo-a com todo o seu poder.Boom.No último segundo antes do deslizamento, Charles protegeu Olívia com seu corpo, rolando rapidamente para o lado oposto, escapando por um triz!- Ah! - Ele bateu as costas com força contra uma rocha, soltando um gemido de dor.A pancada foi forte, a dor o fez suar frio, misturando-se com a chuva.- Você está machucado? - Olívia levantou a cabeça de seu peito, olhando ansiosamente para seu rosto pálido.- Não. - Charles, escondendo a dor, respondeu com uma voz grave e firme.Olívia, ainda assustada, deixou seu corp
No meio do frio intenso, Olívia sentiu suas mãos ficarem quentinhas.A palma da mão do homem segurava seu dedo mindinho, que estava dormente, com uma ternura e calor sem precedentes.Ela sentiu como se os nervos adormecidos começassem a despertar.Olívia fechou os olhos com tranquilidade, encostada nas costas largas dele. Suas mãos geladas gradualmente aqueceram, aconchegando-se na palma dele.O coração de Charles deu um salto, com medo de que ela se sentisse incomodada e se afastasse, ele apertou um pouco mais.- Fica quietinha, não se mexe. - A voz dele tinha um tom sério, mas carinhoso, enquanto a dor das costas machucadas se intensificava.Ainda assim, ele disfarçava bem, não querendo preocupá-la.Nem que fosse só uma vez, ele queria ganhar a confiança dela, ser o apoio que ela precisava.- Tá... Tá tão frio... Anda logo. - Olívia murmurou, meio grogue.- Resista só mais um pouco, logo vamos encontrar um lugar para nos abrigar. - Charles respirava pesadamente, o vapor saindo da sua
- Não dá... Eu não confio no Charles! Preciso informar o Sr. Gilbert imediatamente!A mão de Breno tremia tanto que quase deixou o celular cair enquanto discava para Gilbert.A ligação foi atendida rapidamente, e antes que ele pudesse falar, a voz grave e ansiosa de Gilbert o interrompeu: - Breno, a Vivia está com problemas, né?Talvez fosse a ligação especial entre irmãos, mas Gilbert estava com um pressentimento ruim a noite toda.A iniciativa de Breno em contatá-lo reforçou sua certeza de que algo estava errado com sua irmãzinha.- Sr. Gilbert! - Os olhos de Breno estavam vermelhos e inchados. - A Srta. Olívia... A Srta. Olívia está em perigo! Por favor, envie ajuda imediatamente para o Parque Florestal Montanhas Caculo!...Quando recebeu a ligação de Breno pedindo ajuda, Gilbert estava a 350 quilômetros de Yexnard, na sede do exército na Cidade A.Estando na Cidade A, não podia deixar de ver seu irmão de sangue, Arthur.A mãe deles teve quatro filhos de uma vez, e com Olívia, era
Charles, tomado pela preocupação, colocou novamente a mão grande na testa quente de Olívia, sentindo-se completamente perdido.Ele rapidamente tirou o casaco e a camisa que estava aquecida por sua própria temperatura corporal, vestindo Olívia com todas as roupas, cobrindo-a bem.Olívia abriu os olhos com dificuldade e viu o homem diante dela, que havia dado praticamente todas as suas roupas para ela, ficando apenas com uma regata preta. Os músculos expostos do seu corpo tinham linhas impressionantes, irradiando uma atração selvagem e indomável na paisagem desolada.- Ainda está com frio? - Charles perguntou com a voz rouca, olhando para o rosto corado dela.- Sim... Muito frio... - Olívia murmurou, abraçando-se com força e tremendo visivelmente.Charles respirou fundo, abaixou o olhar e, com cuidado, envolveu o corpo frágil e magro de Olívia em seus braços, pressionando-a contra seu peito, como se quisesse transmitir todo o calor do seu corpo para ela.- E agora, ainda está com frio?
Não amava mais.Olívia não podia mais se enganar, mesmo que ao dizer aquelas palavras, seu coração ainda sentisse uma dor verdadeira.Ela já estava acostumada com essa dor. Nos últimos três anos de casamento com Charles, essa agonia era mais presente do que a companhia do próprio homem. Ela já tinha se habituado.- Charles, agora que sentido tem perguntar isso? Você realmente acha... Que eu vou ficar esperando por você? - Olívia semicerrava os olhos, seu olhar frágil e quase quebradiço. Era raro vê-la tão vulnerável, o que tornava a cena ainda mais dolorosa. - Eu amei por treze anos... Quantos treze anos a vida tem? Eu não consigo mais amar... Estou cansada de amar e tenho medo de você.Uma dor aguda parecia perfurar o peito de Charles, seus lábios pálidos tremiam, e todas as emoções avassaladoras estavam presas na garganta, quase impossibilitando a respiração. Ele, de repente, se deu conta de quão desprezível tinha sido.Um casamento de fachada, ele não só atrasou a vida dela, como qu
Charles balançou a cabeça, resignado. Até nos sonhos, Olívia não esquecia de xingá-lo, o que mostrava o quanto ele a havia machucado. Será que ele precisaria de uma vida inteira para reparar esse dano?Uma vida inteira...Ele começou a sonhar com a possibilidade de passar a vida inteira compensando-a, protegendo-a. Estaria ele se apaixonando por ela?Com esse pensamento, o coração de Charles disparou. Incontrolavelmente, ele se inclinou e envolveu o corpo frágil de Olívia em seus braços, seus lábios quentes encontrando os dela em um beijo.- Hum... - Olívia murmurou suavemente, um som que deixou os olhos de Charles ardendo.Os lábios deles se uniram com força, e Charles fechou os olhos, aprofundando o beijo cada vez mais.Olívia estava com os olhos fechados, e Charles também os fechou. Tudo seguia o instinto mais primitivo de seus corpos. Ele queria apenas abraçá-la e beijá-la, por mais tempo...Foi então que uma ventania começou fora da caverna!O barulho de um helicóptero!- Olívia!
- Vivia... - Arthur estava desolado, com os olhos vermelhos, querendo tirar Olívia dos braços de Charles.Dos quatro filhos que a mãe de Olívia tinha, Gilbert parecia ser o mais gentil, mas isso era apenas uma aparência.Devido à sua posição especial, Arthur sempre se apresentava como frio e severo, raramente sorrindo. Mas, na verdade, entre os filhos de Érico, ele era o mais sensível e emotivo.Este ano, por exemplo, ele não pôde voltar para o aniversário de Olívia por causa de suas obrigações militares e acabou chorando em silêncio, escondido nas cobertas. Ele era um homem de coração muito delicado e sensível.- Deixe que eu a segure. - Charles olhou para Olívia, recusando friamente.- Você não merece! - Arthur se lembrou da irmã divorciada e, com os olhos vermelhos de dor, gritou para ele. - Você sabe muito bem como a abandonou, como a machucou, não sabe? Pare de fingir que é o herói! Mesmo se você salvou Vivia, eu nunca vou te agradecer por isso!- Eu nunca esperei que vocês me ag