Poucas pessoas sabiam da relação entre Hebe e Breno, mas a família Moura era uma delas. E se eles tiveram a ousadia de atacar Breno, é porque estavam dispostos a tudo!— Breno, como você conseguiu entrar? — Charles perguntou, preocupado.— Fui cercado por homens da família Moura, mas consegui abrir caminho e escapar. Peguei o cartão de acesso de um dos seguranças e entrei à força. — O rosto de Breno estava pálido, e o suor escorria de sua testa.— Eles realmente fizeram de tudo para te impedir. — Charles, apesar da raiva evidente, manteve a calma na presença de Olívia. — Você está muito machucado. Não pode continuar assim, ainda mais com ferimentos antigos. Vou pedir ao Dante que te leve para o hospital agora.— Não! Eu não posso ir! Eu preciso ver a Hebe! Tenho que tirá-la daqui! — Breno gritou, quase perdendo a voz.— Breno, seja racional. — Charles franziu o cenho. — Se você continuar agindo assim, vai acabar com qualquer chance que ainda tenha com a Hebe. Se o Sr. Érico se irritar,
Hebe sentiu-se ultrajada pelas investidas de Gael, mas não teve coragem de contar ao pai ou a Gilbert. Com lágrimas nos olhos e o rosto corado de vergonha, ela deixou o salão de festas às pressas, sozinha.No meio da multidão, um garçom esbarrou nela.De repente, ela sentiu uma leve dor no braço, como se tivesse sido picada por uma abelha. A dor foi rápida e logo desapareceu.— Ah, desculpe, senhorita. — O garçom se desculpou imediatamente.— Não... Não foi nada. — Hebe respondeu, sem dar muita importância, e se afastou rapidamente.O garçom a observou se afastar, com um sorriso malicioso nos lábios....A brisa noturna acariciava os cabelos negros de Hebe enquanto ela estava sozinha na varanda, olhando para a lua fria e silenciosa. Discretamente, enxugava as lágrimas.Se Breno estivesse ali, jamais permitiria que ela sofresse algum tipo de humilhação ou abuso. Mas ela já havia tomado sua decisão: abrir mão do amor dele. A partir de agora, Breno não faria mais parte de sua vida...Será
Os passos apressados de Gilbert ecoavam pelos corredores enquanto ele, suando frio, tentava ligar repetidamente para Hebe.O telefone dela chamava, mas ninguém atendia!De repente, Gilbert parou bruscamente, ao ouvir o som de um toque de celular ao longe.Seu coração disparou, e ele seguiu o som até uma varanda. Lá, encontrou o celular de Hebe jogado no chão, ainda exibindo sua última ligação.— Hebe! Onde você está? Hebe! — Gilbert gritou da varanda, mas não obteve resposta.— Irmão! Como a Hebe pode ter sumido assim? — Olívia e Charles chegaram correndo, seguidos por um Breno ferido. — A segurança aqui é rígida, e todos os convidados foram registrados. Não acredito que Hebe tenha simplesmente desaparecido! Ela deve estar em algum lugar do castelo, não tem como ter saído daqui!Breno estava à beira do desespero, com os olhos feridos misturando sangue e lágrimas. Ele estava prestes a colapsar.— A culpa é minha! Fui descuidado! — Gilbert se culpava, socando a grade da varanda com força
Breno começou a imaginar o pior cenário possível. Mesmo que... Mesmo que Hebe perdesse sua inocência, ele não a julgaria. Ainda assim, ele a amaria e a aceitaria como sua esposa. Não importava o que tivesse acontecido, ela sempre seria pura e perfeita aos seus olhos.Olívia soltou um palavrão, sentindo uma raiva avassaladora:— Minha irmã, sempre tão honrada, vai ter sua reputação destruída por esse canalha! Se eu soubesse que ele tinha essas intenções, teria deixado ele morrer na mesa de cirurgia!— Vou mandar prender todos os capangas de Gael em segredo. — Disse Charles, com frieza. — Esse desgraçado não poderia ter armado um golpe tão sujo sozinho. Seus homens devem saber de tudo.De repente, houve um brilho de aço! Ninguém pôde ver claramente, mas uma adaga em forma de crucifixo brilhou nas mãos de Gilbert. Seu olhar era ainda mais cortante que a lâmina.— Minha faca não vê sangue há muito tempo. Se Gael está pedindo para morrer, eu vou conceder o desejo....Hebe, sem qualquer con
Na verdade, Hebe teve consciência intermitente durante todo o tempo em que Gael a levou para o quarto, a despiu, a assediou e a humilhou. Ela sentia o que estava acontecendo, mas seu corpo estava completamente paralisado, seus olhos pesados demais para abrir, incapaz de reagir.Isso tornava tudo ainda mais cruel. Ela preferia ter desmaiado de vez ou, quem sabe, simplesmente morrer. Seria mais fácil, uma solução definitiva para o seu sofrimento.Seus pensamentos iam e vinham, enquanto ela arregalava os olhos, encharcados de lágrimas, e seus lábios entreabertos soltavam um gemido de desespero. No colo de Breno, ela se debatia.— Não me toque... Por favor, não me toque!— Hebe! Olhe para mim... Veja quem eu sou! — Breno a abraçava com força, lágrimas escorrendo de seus olhos machucados.Era como se alguém estivesse rasgando seu peito com uma faca cega, arrancando seu coração a sangue frio. Seus dedos apertavam Hebe com tanta força que ele sentiu que poderia esmagá-la, mas não conseguia so
Em pânico, Gael soltou um grito agudo e ridículo, enquanto uma mancha de urina se espalhava lentamente pelo carpete. O outrora arrogante segundo filho da família Moura, agora, estava completamente apavorado.Tomada pela fúria, Olívia levantou a arma improvisada, mas antes que pudesse desferir o golpe, Charles agarrou seu pulso com firmeza.— Vai me impedir? — Olívia arfava, tentando com toda a força tirar o pulso da mão quente dele. — Não me venha falar de calma e razão! Esse desgraçado desonrou minha irmã, nem Tiago vai poder salvá-lo!— Eu não estou te impedindo. Eu sinto o mesmo que você. — Charles suspirou, a voz grave e suave, tentando acalmá-la. Sua mão subiu lentamente pelo braço dela, até retirar os cacos de vaso de sua mão. — Só não quero que você suje suas mãos, e tenho medo de que você se machuque.Olívia apertou os lábios, começando a recuperar a razão, e deixou de resistir.Charles, no entanto, estava furioso. Seus dedos se fecharam com força ao redor do pedaço de vaso, at
— Gael, você realmente acredita que seus crimes estão bem escondidos?A voz suave e imponente era de Gilbert. Logo em seguida, um estrondo reverberou pelo quarto, e um corpo foi jogado como uma bola, rolando pelo chão. Era o secretário de Gael, que gritava de dor.Gael congelou de medo, seu coração quase saindo pela boca.— Por favor... Por favor, me perdoem... — O secretário estava amarrado, mãos e pés pendendo inutilmente, pois seus tendões haviam sido cortados. Era uma obra-prima de Gilbert.Logo atrás de Gilbert, uma figura elegante entrou no quarto. Era Gabriel, com seu olhar charmoso e sorriso tranquilo.— O que seria de vocês sem mim? — Gabriel comentou, com um toque de humor, embora seu rosto mostrasse preocupação.Acontece que naquela noite o Grupo Souza também havia recebido um convite. Como um dos maiores grupos médicos do país, era impossível ignorá-los. No entanto, a família Souza havia evitado a família Bastos por muito tempo, especialmente porque Maia, a filha favorita,
Breno levantou-se de repente, como uma bomba prestes a explodir!Ele estava prestes a avançar, mas Hebe segurou firmemente sua mão. — Não... Breno...Gael ainda era o segundo filho da família Moura. Hebe tinha a proteção da família Bastos, mas Breno? Ele não tinha nada para defendê-lo. Ela não podia deixá-lo se afundar ainda mais por causa dela.No entanto, antes que Breno pudesse fazer qualquer coisa, Olívia foi mais rápida. Com um chute certeiro, como se estivesse cobrando um pênalti, ela acertou o rosto de Gael!— Aaargh!Olívia derrubou os dois dentes da frente do canalha, ensanguentando sua boca. Dois buracos negros ridículos ficaram onde antes estavam seus dentes.Charles soltou um suspiro silencioso, sentindo o pomo de Adão subir e descer.Quando era mais jovem, ele havia assistido a um filme coreano chamado Minha Namorada é uma Arma. Sua namorada tinha a beleza da protagonista, mas a selvageria... Bem, até a protagonista ficava para trás.Pensando nisso, Charles estreitou os o