Não se sabe ao certo quando foi o ocorrido. Ainda na era tribal dos primeiros macro-jê que habitavam o litoral brasileiro foi possível avistar o fenômeno. Depois, com a chegada dos tupis, o evento ainda continuou sendo visto. O local era sempre o topo de rochas como o Moxuara.
Havia uma forte conexão eletromagnética entre as rochas. O Moxuara (que significa pedra irmã) se unia eletricamente ao Mestre Álvaro, na Serra, criando um campo magnético muito forte. Não somente era um fenômeno visto, mas, também, ouvido.
Um grande estrondo se ouvia e no céu chamas de fogo como um grande meteoro se chocando com o Planeta. Instantes depois, um som de descarga elétrica – como o de uma grande torre de alta tensão – pairava no ar. O evento não durava mais que alguns minutos.
Ao redor do Moxuara, principalmente da parte de trás, onde está Roda D’água, o fenômeno foi muito difundido. De geração a geração era contado como uma lenda. Todos os que cresciam ali ouvindo essa história desejavam um dia poder avistar tal fenômeno.
Em outros locais da cidade de Cariacica, esse fenômeno foi documentado de forma mais humilde. Se resumia apenas a um evento meteorológico visto a olho nu, uma grande bola de fogo surgia com um estrondo que durava alguns minutos.
Já o evento visto tanto no Mestre Álvaro, na cidade de Serra, quanto o do Moxuara, se trata de algo mais complexo, lendário, místico. A percepção dos índios ali foi bem mais aguçada, narrando algo além da compreensão racional, que translada a consciência de quem ouve e arrebata quem vê.
Uma grande história de amor está petrificada e perpetuada em solo capixaba. Se trata da lenda do pássaro de fogo que une dois corações apaixonados: Cariacica (Moxuara) e Serra (Mestre Álvaro). Esse sentimento, que transmuta as forças da física, criou um campo magnético tão forte que ainda hoje pode ser percebido por quem se aventura em subir algum desses dois montes.
O índio Guaraci era um representante da tribo dos temininós, que teria se apaixonado por uma índia da tribo dos botocudos, Jaciara. A conexão pareceu tão forte, fenomenal como um eclipse. Não há dúvidas para isso se traduzirmos seus nomes. Guaraci significa Sol (tempo quente), enquanto Jaciara significa Luar (noites com raios de Lua).
Mas havia um problema muito grande nessa linda história de amor. As suas tribos eram inimigas. Lamentavelmente, não poderiam viver esse romance proibido e seriam impedidos de se ver. Cheio de compaixão dos dois, Tupã teria os transformado em rochas, posicionadas frente a frente – Moxuara e Mestre Álvaro.
O fenômeno meteorológico era comumente visto nas noites de São João (em junho). Não apenas uma grande bola de fogo era vista no céu, surgindo com um forte estrondo. Mas, também, um grande pássaro de fogo cruzava os céus, levando a benção do amor entre o Mestre Álvaro e o Moxuara.
Justamente nessa noite, cria-se um campo magnético muito forte entre os montes, conectando o casal eternizado. O pássaro de fogo aparece e acende os céus entre as duas cidades. O casal pode assim se unir.
Tanto em Cariacica quanto na Serra a lenda do pássaro de fogo foi ensinada com as gerações. No distrito de Pitanga, o pássaro era visto uma vez por ano, cruzando os céus rumo ao Moxuara.
Essa linda história de amor foi eternizada em duas rochas que até hoje carregam o brilho dessa paixão. A conexão magnética é muito forte ali. Ao subir o Moxuara, se sente uma energia diferente que acelera o ritmo cardíaco e estimula a produção de endorfina. O mesmo ocorre numa subida ao Mestre Álvaro.
Um grande estrondo no céu, o fulgor de uma paixão imortalizada e anunciada pelo lendário pássaro de fogo. Todos os que avistaram isso ficaram perplexos com o grande evento no céu. Não sabiam ao certo que ali estava guardado um casal apaixonado que através da física demonstram o seu sentimento.
Um jovem casal apaixonado vive um caloroso romance em solo capixaba. De um lado, além do rio Santa Maria, está Guaraci, um jovem temininó. Do lado cariaciquense, está Jaciara, representante dos botocudos. O casal se conheceu quando suas tribos cruzaram o rio Santa Maria juntos, num lugar chamado Jacuí (rio de Jacu – uma ave muito comum na região). Pela terminologia indígena, acredita-se que o nome do rio Santa Maria era Jacuí. Contudo, carece de fontes históricas para confirmar essa informação.O local era muito visitado pelas duas tribos que buscavam as águas mais limpas. Ao redor do rio Santa Maria, as águas se mostravam mais turvas. Somente ali no encontro com a Baía de Vitória é que as águas se mostravam mais limpas, no encontro com rochas depositadas nas margens.Ambas as tr
Demoraria uns dias para os botocudos se levantarem contra os temininós. Jaciara e as mulheres vão até Jacuí buscar água. Desta vez, os homens do povo não vão. Isso colocava em risco as mulheres, elas poderiam ser raptadas pelo povo inimigo.Era uma manhã quente. Saíram bem cedo, num grupo de cerca de vinte mulheres. Jaciara aprendia com as mais velhas sobre lendas e toda a sorte de assunto sobre mulheres.Estavam todas rindo às margens do rio Santa Maria quando alguns da tribo inimiga chegaram. Homens e mulheres e entre eles um rosto conhecido por Jaciara, era ele.Guaraci chegou e discretamente acenou para ela. A sua reação foi sorrir timidamente. Aquela manhã parecia mais tranquila do que o costume. As mulheres dos botocudos pareciam estar ali mais para se banhar do que coletar água. Jaciara comunicou suas companheiras de que ir
Alguns dias se passaram após os jovens botocudos serem pintados. Estavam prontos para a guerra e agora recebiam as ordens do cacique.Eles se levantariam bem cedo e atravessariam o rio Santa Maria para encontrar desprevenido o povo inimigo. Todos os jovens, rapazes, estavam convocados para a batalha.Ao ouvir isso, Jaciara entristeceu-se e uma lágrima ameaçou rolar por um de seus olhos. Ela não podia imaginar seu amado em perigo, correndo o risco de ser morto por seu povo. Ela queria fugir daquela realidade, mas deveria encarar sem saber o que fazer – se é que ela poderia fazer algo.Estava decidido. Os aimorés iriam se levantar contra os temininós logo cedo. Nada poderia mudar a decisão do cacique – que era a autoridade máxima do seu povo.Jaciara aguardava por notícias aflita. Os jovens do seu povo já haviam partido para as outras bandas d
No ano em que as caravelas portuguesas de Vasco Coutinho encontraram a costa capixaba, índios de todo o estado do Espírito Santo mantinham seu estilo de vida caçador-coletor. A preocupação com o meio ambiente era de grande importância para os nativos. Toda a Terra representava para eles a deusa mãe. Deveriam preservar essa grande casa, cuidando da manutenção do ecossistema.Antes da chegada dos portugueses, Cariacica era uma cidade de grande preservação ambiental. Muitas árvores cobriam seu relevo de morros, apresentando algumas campinas, onde muitas das lendas aconteciam.No dia 23 de maio de 1535, Vasco Coutinho, fidalgo português, desembarca no inexplorado solo capixaba. Agora o sossego dos povos nativos estava dando lugar a um cenário de disputa e negociação.Por volta de junho daquele ano, algo surpreendente tomou a atenção dos í
Ajaw estava viajando ao redor das Américas com seus companheiros. Precisavam espalhar o segredo milenar com mais povos e repartir os tesouros dos maias, pois temia ser apanhado pelos espanhóis. Não queria jamais que toda essa preciosidade se perdesse nas mãos dos europeus. Portanto, havia idealizado dispersar o tesouro com os povos. Isso não ocorreria apenas nas Américas como, também, bem distante dali, em Bali – na Indonésia.– Vejam. Temendo a destruição da história do meu wínik (povo) após a derrocada de nosso império para os homens brancos, decidimos separar os nossos mais nobres tesouros e reparti-los com os povos suku'un (irmãos). Trouxemos algo para vocês esconderem em locais extremamente protegidos e que não correm o risco de nunca serem violados. Vocês também não podem contar esse mukul ts
No ano de 2016, um jovem se aventurou na mata da Serra do Anil, às margens da BR-101. A mata é de vegetação rasteira, com gramíneas, algumas delas espinhosas, bromélias e algumas árvores.A área está próxima à pedreira, também se trata de uma área particular (sítio) inabitada. Não há praticamente nada ali.Mas a movimentação do jovem foi notada por quem se encontrava aos pés da serra, do lado de Cangaíba. Logo, informaram à polícia que alguém estava dentro da área particular.O jovem adentra na mata e começa a subir a serra. O local não apresenta marca de que foi visitado nos últimos dias. “Tudo indica que é um lugar de pouca importância.” – Pensou o jovem.De longe, se ouvia som de cachorros latindo, muito agitados. O som vinha d
GRAÚNA, agosto de 1998.Durante a noite do dia 12 de agosto de 1998, o céu foi iluminado por clarões. A Terra estava cruzando a trajetória do cometa Swift-Tuttle. O mesmo que ocorrera no ano de 1992, agora se repetia, sendo visto e narrado em Graúna – um bairro de Cariacica.As famosas estrelas cadentes são vistas todas as noites, solitárias, mas com pouca frequência. Quando há algum comportamento eletromagnético distinto ou quando ocorre alguma aproximação de um cometa, pode acontecer de as estrelas cadentes se mostrarem em maior escala.Uma chuva delas foi vista naquela noite, em Graúna. O interessante é que não somente foram vistos os fragmentos tocando nosso Planeta nos ares como, também, pedacinhos desses fragmentos tocaram nosso solo.Graúna foi atingido por algumas dessas pedras. Felizmente, ningué
OVNI NO MOXUARA, data incerta.Relatos de moradores do Vale do Moxuara nos falam de objetos voadores sobre o monte. Objetos se moviam aleatoriamente dentro das casas, pedras apareciam e desapareciam no telhado das residências. As histórias eram assustadoras e deixavam qualquer um bastante atemorizado.Um antigo morador da região relata que viu um homem correndo entre os canaviais de uma ponta para a outra. Quando buscou avista-lo novamente, não o encontrou. Em outro momento, o mesmo homem foi avistado, portando uma capa.Uma energia diferente paira sobre o Vale do Moxuara, local muito carregado eletricamente. Talvez ali estão enterrados tesouros milenares jamais desbravados pelos europeus. Há ali alguns pontos de conexão de objetos voadores, numa espécie de ponto de parada (pouso).Em fevereiro de 2020, um OVNI foi avistado em Cariacica, próximo ao monte Moxuara. O evento foi foto