Capítulo 3

— Sinto muito, mas infelizmente o coração dela não suportou — Respondeu o médico com pesar.

— Não, não pode ser — Falou Paula com lágrimas nos olhos, ainda sem acreditar.

Paula perdeu o chão ao ouvir do doutor que sua amiga morreu, ela não acreditava que Elsa se foi…

Paula não aceitava saber que Elsa estava sorrindo horas mais cedo e agora ela recebeu a notícia que o coração da sua amiga não resistiu.

— Senhora, sinto pela sua perda — Falou o médico — Eu e minha equipe fizemos o melhor, meus pêsames.

— Obrigada, doutor — Respondeu ela tentando conter as lágrimas — Sei que a equipe médica fez o melhor.

— A senhora pode ficar aqui o tempo que precisar, mas agora preciso ir ver outro paciente — Falou.

O médico saiu da sala e Paula ficou sem saber o que fazer, a única coisa que ela conseguiu naquele momento era chorar.

Paula lembrou do pedido de Elsa: “Promete para mim que vai cuidar da minha pequena? Só posso confiar em você.”

— Como vou dizer a Esmeralda que a mãe dela morreu? — Se perguntou Paula ali naquela sala em meio a um misto de sentimentos.

Ela enxugou o rosto e levantou decidida a cumprir a promessa que fez a amiga, os primeiros passos são: dar a notícia à pequena, o velório e sepultamento de Elsa Angelle.

Alguns minutos depois, Paula chegou na casa da amiga, com os olhos ainda vermelhos por conta do choro, mas ela colocou um sorriso no rosto e chamou a pequena Esmeralda.

— Esmeralda? — Falou — Cadê o amor da dinda?

— Dinda — Apareceu Esmeralda na sala correndo em sua direção.

Paula se abaixou ficando à altura da menina e abraçou-á.

— Não é horário da princesa da dinda está dormindo? — Perguntou

— Sim, dinda — Respondeu — Mas a mamãe ainda não chegou.

— Eu tenho uma coisa para te contar — Falou Paula.

— O que é, tia? — Perguntou curiosa.

— Vem aqui comigo — Respondeu — Preciso lhe mostrar algo.

Paula levou Esmeralda até a área da piscina, o céu estava lindamente estrelado.

— Olha como o céu está lindo — Falou, uma lágrima teimava em cair, mas ela rapidamente enxugou-á.

— É verdade, tia — Respondeu — Olha quantas estrelas lindas.

— A mamãe agora é uma delas — Falou com a voz embargada.

— A mamãe? — Perguntou interessada no assunto.

— Você está vendo aquela estrela ali? — Perguntou enquanto mostrava uma delas.

— Sim — Respondeu.

— É a sua mãe, quando você quiser vê-la é só olhar para o céu e lá ela estará — Falou.

— Eu não vou ver mais a mamãe? — Perguntou com a voz embargada, com expressão de tristeza.

— Oh! Meu amor, dinda estará sempre aqui para você — Respondeu — Mas a mamãe agora vai estar de lá do céu cuidado de nós duas.

— Mas ela prometeu me levar no cinema — Falou.

— A mamãe disse que te ama muito e mandou o pedido de desculpas — Falou — Aconteceu um imprevisto e ela teve que ir antes.

— Eu também amo muito ela, muito mesmo — Falou fazendo gestos com os braços. Paula sorriu com o gesto de amor da menina.

— Prometo te levar no cinema e deixar você escolher o filme — Falou Paula — O que você acha?

— Heee, gostei tia — Respondeu empolgada.

Paula fica contagiada com a alegria e empolgação de Esmeralda, após mais alguns minutos conversando, Paula levou-a para o quarto, contou sua história favorita e a colocou para dormir.

— Boa noite, amor — Falou Paula desejando uma boa noite de sono.

— Estou com saudades da minha mãe — Falou Esmeralda.

— Sei que está, querida — Respondeu — Eu também estou com saudades dela, mas lembra do que falei?

— Sim — Respondeu — A senhora falou que estará aqui comigo.

— Isso, meu anjo — Falou — Agora dorme para descansar.

– Tá bom, boa noite — Respondeu Esmeralda.

— Boa não, titia — Falou Paula e depositou um beijo na testa da pequena.

Paula foi ao quarto de Elsa, sentou-se na cama, pegou um porta-retrato da amiga com a filha, sorriu ao lembrar do lindo sorriso dela.

Alguns segundos depois ela resolveu tomar um banho e dormir no quarto de visitas, se assustou ao ver um movimento na cozinha quando passava pelo corredor, ela se aproximou mais um pouco e percebeu que era a Solange.

— Solange? — Indagou.

— Oi, Paula — Respondeu Solange — Aceita um chá?

— Sim, chá quentinho é sempre bem-vindo — Respondeu — Estou com a cabeça cheia, acabei esquecendo que ainda estava aqui.

— Eu percebi, menina — Respondeu — Não tem problema não, fiquei esperando a Elsa, mas como ela não chegou, resolvi ficar até que ela chegasse, mas infelizmente…

— Você já está sabendo? Perguntou cabisbaixa.

— Desconfiei do horário, ela sempre chegava ao finalzinho da tarde, mas hoje fiquei preocupada — Respondeu — A filha estava ansiosa pela chegada dela, não parava de perguntar pela mãe.

— Elsa sofreu um acidente, infelizmente não resistiu — Respondeu.

— Sinto muito, Elsa sempre foi uma mulher doce e gentil, é difícil de acreditar que ela não está mais entre nós.

— Falei para Esmeralda que a mãe dela agora é uma estrelinha — Falou com a voz embargada.

— Eu ouvi a conversa, estava procurando a menina, não sabia que estava com você — Falou — A pequena não fica quieta, tenho que ficar de olho nela.

— O que eu vou fazer agora sem ela? — Perguntou

— Ela se foi mais deixou uma joia para te fazer companhia e alegrar seus dias — Respondeu.

— É verdade, prometi a ela cuidar da Esmeralda e fazê-la lembrar todos os dias o quanto sua mãe a amava.

— Tenho certeza que você vai conseguir, agora descansa — Respondeu Solange.

— Tudo bem, obrigada pelo apoio — Falou.

— Estarei aqui para o que precisar — Respondeu.

— Vai ficar aqui hoje? — Perguntou.

— Vou — Respondeu — Boa noite, Paula!

— Boa noite, Sol! — Respondeu.

Alguns dias depois o corpo foi liberado para fazer o velório e sepultamento.

O corpo precisou passar pelo instituto médico-legal (IML), pois, Elsa sofreu um acidente o que a deixou gravemente ferida e infelizmente a parada cardíaca levou a óbito. Alguns dias depois o corpo foi liberado para fazer o velório e sepultamento.

— Dinda, estou com saudades da mamãe — Falou com a voz embargada.

— Também estou, meu amor — Respondeu enquanto a envolveu em seus braços — Tenho certeza que ela também está com saudades.

— Então podemos visitar a mamãe? — perguntou entusiasmada.

Continua…

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