- Odiei esse chapéu, só para constar!
- Está linda, querida!
- Aonde irei levar o dinheiro?
- Está nesta sacola! Preta e discreta, não dá para saber o que tem dentro. Cuidado, o dinheiro não é falso, minha querida!
- Vamos, tome cuidado, você será trancada no banheiro, não entre em pânico, maninha, logo será solta... E o Marco levará seu remédio.
- Tudo bem. Por favor, Teo, promete que não irá matar ninguém!
- Eu não posso, se precisar terei que atirar. Saiba que farei o possível para não ferir ninguém!
- Certo, mas só se for muito necessário.
Teo deu um beijo na testa de Bella. Ela pegou a sacola e foi até a loja.
- Bom dia, senhorita!
- Senhores! Eu vim buscar o conjunto que escolhi semana passada. Aqui está o dinheiro.
Bella colocou a sacola no balcão e pegou as joias, ficou esperando a nota.
- Quanto tempo tem de garantia? – Senha.
Eles entraram e renderam ela e o gerente, fizeram a limpa na loja, prenderam os funcionários e Bella no banheiro como o combinado, levaram uma cliente e um funcionário. Largaram eles algumas quadras depois, trocaram as roupas e cada um para um lado. Bella já estava desesperada, entrando em pânico, quase perdendo sua razão. A porta foi aberta e Bella saiu desesperada chorando. O Inspetor Jinwoo estava parado na entrada da joalheria, segurou Bella pelo braço e a abraçou acalmando-a.
- Ei, acalme-se, já passou! Está tudo bem, os outros reféns já foram libertados, estão prestando depoimento!
- Me deixe sair, por favor. Quero ir para rua... Eu preciso de um ar.
- Eu levo você!
- Bella querida! Calma, fiquei sabendo do ocorrido, tome trouxe seu remédio. Vem cá me dê um abraço!
- Teo! Onde está o Marco?
- Está tudo bem, maninha! Tudo irá ficar bem... Agora calma! O Marco está bem! Você tem que depor. Deve se recompor e colocar seu pensamentos em ordem. Fique tranquila, olhe para mim, irá ficar tudo bem!
- Prazer, eu sou o inspetor Jinwoo.
- Prazer, Teodoro, eu sou irmão da Isabella. Ela tem claustrofobia. Logo ela ficará bem!
- Eu imaginei que fosse algo assim. Pelo jeito que ela saiu de dentro do banheiro desesperada.
- Não faz muito, ela foi sequestrada e presa em um escritório. Só que ela dispensa o segurança, por causa da sensação de prisão segundo o médico disse. Mas ela não aprende. Parece que gosta de sofrer.
- Um milhão e oitocentos mil.
- O dinheiro não importa, querida. Em um desfile você ganha mais que o dobro disso. Agora você tem que falar o que viu.
- Onde está essa maluca?
Bella olhou para Teo ainda mais desesperada, eles mudaram tudo e não a avisaram...
- Calma, ela está bem!
- Está bem? Olha o estado dela, como irei apresentar minha melhor modelo, tape o rosto não deixe tirarem fotos dela. Não quero escândalos aqui, olha bem Isabella, se eu tiver que...
- Não terá, vou cuidar disso! Agora ela tem que depor! É o nosso agente, parece que ela é perseguida...
- Pode ser, ela trouxe o valor em dinheiro pelo que eu soube!
- Ela não usa quase os cartões, como vivemos viajando os extratos vão para casa do nosso pai, e não gostamos que ele saiba quanto e no que gastamos nosso dinheiro.
- Levaram seu colar?
- Sim, levaram todas as minhas joias.
- E a bolsa não querida?
- Não, eu fiquei com a bolsa.
- Eles deixaram todos com seus pertences, foi bem direcionado o ataque. Posso conversar com ela sozinho?
O inspetor a colocou sentada na sua frente. Pegou um copo de água, o qual foi recusado propositalmente por Bella.
- Você está bem?
- Sim, estou, agora estou...
- Seu irmão é bem protetor pelo que se pode notar.
- Muito, às vezes passa da conta!
- Vou deixar meu cartão com você caso lembre-se de algo ou só queira conversar, ou ainda beber alguma coisa...
- Vamos? Ela ainda tem um jantar hoje! Eu irei matá-la, você tem joias que combinam com seu vestido? Se não tem troque o vestido. Posso levá-la, senhor?
- Claro, pode!
- Você é bem bonito, se não tivesse que tomar conta de algumas crianças, como essa. – Marco falou ao inspetor se referindo à Isabella. - O convidaria para jantar.
Jinwoo olhou para Marco não querendo ser mal-educado. Mas não se conteve e teve que responder.
- É que na verdade, ela faz mais o meu tipo.
- Entendo! Vamos, bonitinha.
Eles entraram no carro.
- Maninha, o que te deu? Achei que fosse resistir mais tempo. Não vou deixar mais fazer planos aonde te prendemos.
- Ih! Tem gente que se apaixonou à primeira vista! Também me apaixonaria se não estivesse namorando...
- Não enche, Marco! Nunca mais irei vê-lo. E não mudem de plano sem me avisar.
- Eu tentei, mas onde está seu ponto do ouvido.
- Eu tirei caso me revistassem, está na sacola do dinheiro.
- Espertinha, bem pensado! Vamos ver quanto nos rendeu essa brincadeira...
Marco sentou e começou a calcular, ele olhou para os três que estavam sentados na sala.
- Acho que podemos nos aposentar, tirando o dinheiro que já era nosso. Cara, tem um conjunto que vale vinte, escutem com muita atenção... Vinte milhões no mercado informal. Se pusermos a leilão, podemos receber mais... O restante somando dá uns trinta milhões...
- Acho que agora posso vender as joias do ano passado.
- Claro, ninguém mais lembra-se dessas.
- Vou naquele meu amigo da Colômbia. Ele me ofereceu uma boa grana por todas elas.
- Olha mano, menos de cem milhões não dá!
- Querida, por favor! Oitenta milhões acha pouco?
- Vinte para cada?
- E as que pegou para você?
- Ok! Venda por oitenta então...
- Fiquei esperando você ligar! Achei que nem fosse me procurar... - Eu estava esperando meu irmão e nosso agente viajarem. Odeio os dois no meu pé. - Fiquei preocupado com você aquele dia. Queria tanto ter ficado com você em meus braços! Só que eu não podia. Tinha que seguir o protocolo. - Nossa, nunca ouvi isso antes! - Nunca? No seu mundo, nunca achou ninguém que dissesse isso para você? - Não que fosse sincero assim! Só um pouco. Bella atendeu seu telefone: - Onde você está? - Saí. - Eu notei, não atende o telefone de casa! Está com aquele inspetor, não é mesmo? Só esperou nós viajarmos... - Sim estou, e sim, esperei vocês viajarem! Agora bom desfile e nos falamos amanhã! Beijo, maninho. Ela desligou e retornou para junto do inspetor. - Ele parecia bravo! - E estava mesmo, amanhã ele vai encher muito minha paciência. - Eu irei fazer valer a pena! Enquanto os doi
- Adorei que você tenha me ligado novamente, e espero que não me liguem outra vez. - Eu que adorei vir conhecer sua casa, ela é linda. E você cozinha isso é muito legal! - Você sabe cozinhar? - Ih! Nem água eu sei ferver... - Posso ensinar você, vem aqui! - O que iremos fazer? - Legumes refogados, arroz e frango. E você gostou mesmo da minha casa? Já deve ter conhecido casas melhores e bem mais bonitas. - Eu gostei sim. Achei muito aconchegante. - Você é encantadora! Corta isso aqui para mim, por favor. - Claro, de qualquer jeito? - Sim, de qualquer jeito. Você não está trabalhando no momento? - Meu agente ainda não voltou, na verdade, eu vou contar um segredo. Meu irmão e nosso agente estão em viagem de lua de mel. - Sério? Nossa seu irmão é tão... - Homem? Mas é gay. Sim ele é gay! Algum problema com isso? - Éééé, bom! Não sei o que dizer, sabe, eu não estou tão acostuma
Bella acordou com batidinhas na porta do seu quarto. - Bom dia! Trouxe seu café... - Demétrio, o Teo sabe que você voltou? - Sabe, eu posso entrar? Vou derrubar isso no chão. - Acho melhor eu descer! - Desde quando você não me quer mais no seu quarto? - Desde o dia que o vi matando pessoas inocentes. - Eu precisava fazer aquilo. Mas eu não sou o único que mata inocentes... Você matou um inocente e ainda pior que isso, era nosso filho! Ela olhou-o e abriu a porta deixando-o entrar. - O Teo te falou pra você, então! - É, ele me contou. Por que não me falou antes de eu ir embora. Teria levado você junto comigo, nunca teria a abandonado daquela forma. - Eu não sabia. Fiquei sabendo depois que você foi embora. - Trouxe isso, preciso que pinte o cabelo de novo, consegui enfiar você em um desfile através de um amigo cubano. Paga muito bem por sinal, não mais do que está acostumada a receber, mas
- Meu Deus o que aconteceu? - Que bom que chegaram! - Eu sabia que alguma coisa iria dar errado. Onde está seu juízo Marco? Aquele plasta do meu irmão eu sei que não tem, mas você? Vocês não sabem fazer as coisas, por isso que não me falam. - Meu juízo foi junto com o outro assaltante, o que tive que matar quando ele atirou no seu irmão! Por isso a polícia está por todo canto. - É, e por isso que não podemos sair de casa... Me conta em detalhes enquanto costuro esse animal vestido de gente. Tomara que doa muito! Não irei poupar minha raiva. - Ele achou um cara por aí, e perguntou se ele topava, disse quanto o cara iria receber. Até aí tudo bem! Mas quando chegou a hora de pagar, ele quis dividir em três. Seu irmão disse que não, o cara simplesmente levantou a arma e atirou. E eu atirei nele, foi um reflexo, eu nunca havia atirado em ninguém, não imaginei que fosse matá-lo. Enfiamos algumas joias no bolso dele, atiramos em um canto e fugimos.
- Vai ver o inspetor “bugiganga”, querida? - Sim, vamos almoçar juntos hoje. - Estou temendo por você, bonitinha! Seu irmão ainda não sabe dos encontros de vocês dois. - Nem irá saber do que depender de mim. - Cuidado, querida. Isso pode se tornar perigoso. Bella foi ao encontro do seu inspetor, Jinwoo. - Isabella! Você não é ruiva? - Oi inspetor. Não, eu sou loira. - Trouxe para você, ficou linda! Gostei mais assim! Parece que combina mais com seu rosto. - Obrigada. Foi exigência do contratador. Mas eu gostei de voltar a ter o meu cabelo da cor natural. - Ele fez uma ótima escolha. Aprendeu a comer coisas cruas? - Aprendi... - Mas não irei fazer isso com você! - Está muito ocupado? - Não muito, estamos quase conseguindo algo dos ladrões. - Sério? Que bom! E são os mesmo em todas elas? - Esse é o problema, não tem padrão nos assaltos que possamos ligar um c
I Isabella chegou à joalheria e começou a conversar sobre as joias que ela iria levar, largou a sacola com o dinheiro, depois do código dito, os três entraram, desta vez Demétrio ficou encarregado de ficar com Bella como refém. Renderam o gerente e Demétrio largou Bella dando-lhe um tiro no ombro, não contente, Teo deu-lhe um tiro no abdômen, enquanto Bella caia devagar Marco entra em desespero. - O que você fez, cara? - Vamos logo! Eles fugiram levando o gerente, enquanto isso, os funcionários tentavam socorrer Isabella, que estava caída perdendo muito sangue. Ligaram para emergência pedindo uma ambulância imediatamente. A polícia chegou primeiro no local. Ela estava consciente ainda, mas não conseguia falar. - Senhor Jang, sua amiga foi baleada. – Disse um policial eu havia entrado na joalheria. - Isabella? - Ele passou a faixa de isolamento e correu até ela que já estava sendo atendida pelo paramédico. Ele segurou sua mão. - Querida
- Onde estava, Teodoro? Andou chorando? - Claro que não. - Tira o óculos! - Me deixa, eu vim esperar para ver como ela irá ficar! - Ainda na mesma! - E o namorado dela? - Está lá dentro. Eles pegaram as balas que estavam nela para a investigação. - Você reparou o relógio dele? - Deixa, o dinheiro é dela! Se ela está feliz e quer dar presentes caros, o que tem isso de errado? Jinwoo chegou próximo aos dois. - Bom dia! Consegui entrar e vê-la. - Mudou alguma coisa? - Não. Ainda na mesma. - Bonito relógio! - Teodoro, por favor! - É, foi ela quem me deu! - Não dá bola para ele, inspetor. - Jinwoo, pode me chamar assim. É meu nome. - Qual a ligação de vocês dois? - Para Teo! Agora não é hora de fazer um escândalo. - Eu concordo que não seja a hora, porém, eu sou o namorado dela. - Sério mesmo? Por que ela nunca falou de vo
- E aí, doutor? - Jin, não podemos fazer mais nada por ela, desculpe, amigo. - Pode me dar um tempo com ela sozinho, por favor? - Cara, só porque nunca vi você assim, meu amigo. Nunca havia te visto desse jeito. - Mas primeiro quero dar a notícia para a família. Jinwoo foi até a sala de espera. - Marco, Teodoro está na hora! Eles irão desligar os aparelhos... - Meu amor! – Marco abraçou Teo que estava segurando as flores preferidas de Bella, rosas laranjas – Você ficará bem? - Sim! Eu acho que sou um estupido! Amor, o que farei da minha vida sem ela... Minha irmãzinha. Eu matei minha irmã! - Venha Jin, te darei alguns minutos. Força, meu amigo! Jinwoo tomou a mão dela e a beijou. – Eu nunca tive ninguém na minha vida. Você foi à primeira mulher, àquela que eu amei de verdade e que correspondeu esse sentimento verdadeiramente. As coisas que mais queria agora, era poder te abraçar e te beijar, poder te ter nos meus braços