A dança do Amanhecer.

Capítulo 18

Entre passos e olhares, um talento desperta.

O sol mal tinha nascido quando Ariadne abriu os olhos. O pequeno quarto que ela dividia com Rosângela, a garçonete número 15, estava mergulhado na penumbra, iluminado apenas por uma fresta de luz que escapava pela janela entreaberta. A cama simples de madeira rangia sob seu peso enquanto ela se ajoelhava aos pés dela, as mãos unidas e a cabeça baixa.

— Obrigada, meu Deus, por mais um ano de vida. — sussurrou, com os olhos úmidos.

Dois anos haviam se passado desde a noite em que Rosângela a acolheu sob uma tempestade cruel, trazendo-a para a boate de Madame Estela. Durante esse tempo, Ariadne havia aprendido a rotina, respeitado as regras e trabalhado duro, sempre carregando a esperança de um dia conseguir entrar em contato com sua família e enviar dinheiro para eles.

O tempo havia moldado a menina frágil em uma jovem resiliente, mas a saudade era uma constante em seu coração. Ela respirou fundo, enxugou uma lágrima solitária que
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