Lucca.Chegamos ao Brasil uma semana antes do Natal.O Rio está simplesmente lindo, com o clima natalino.Nossas famílias estão nos aguardando no salão do aeroporto e fizeram questão de vendar os nossos olhos antes de entramos no carro.O tempo todo escutamos os cochichos e risadinhas das nossas mães.Alice aperta a minha mão._ Falta muito pra chegar?_ Resmunga impaciente.Sorrio e beijo o seu rosto._ Falta pouco filha. Tenta relaxar aí atrás._ Isa retruca.Ela solta uma respiração alta e se acomoda na lateral do meu corpo, colocando a cabeça sobre o meu peito, eu a envolvo em meus braços.Aos poucos sinto que o carro está perdendo velocidade.Alice logo se ajeita.Ansiosa como sempre. Penso. uando o carro para finalmente levo a mão a faixa de seda que está em meu rosto e recebo um tapa na mão._ Ainda não genrinho._ Isa diz em um tom baixo e levemente ríspido._ Mas já chegamos certo?_ Retruco._ Sim, chegamos. Vamos aguardar os outros..._ Avisa.Me pergunto quem são os outros?Bom
Lucca_ Por onde quer começar?Escuto o som da sua risada perto do meu ouvido e o som faz um estrago lá em baixo, bem perto da minha virilha.Caralho! Pego a minha garota nos braços e a levo para a escadaria._ Acho que aqui é um bom lugar pra começar..._ Digo em um tom baixo e sugestivo.O som da voz rouca. Eu a ponho bem devagar de volta ao chão e a tomo em um beijo que começa bem calmo e que aos poucos perdem os limites e vira deliciosas chupadas, mordidas, que arrancaram suspiros e gemidos enlouquecidos.***_ Vamos lá buxudinha, só falta a estrela agora._ Digo.Ela olha para o topo da árvore de natal e suspira._ Acho melhor a Sindy por ela no lugar.Minha irmã adotiva arregala os olhos abrindo um enorme sorriso feliz._ Eu?Alice faz um sim com a cabeça, retribuindo o gesto e lhe estendendo a estrala dourada.Sindy pega o objeto como se esse fosse se quebrar a qualquer movimento brusco.Eu a pego em meus braços em um rompante e a levando a altura dos meus ombros e ela solta algu
LuccaJuro que tentei, mas aquilo tudo ali não é a minha praia._ Daqui a duas semanas irei fazer a prova para chefe do departamento dos bombeiros. _ Digo e procuro os olhos do meu pai.Eles não me dizem nada.Não vejo raiva.Nem decepção.Tão pouco alegria por mim._ Sério? O que isso quer dizer?_ Meu sogro me pergunta com curiosidade._ A prova foi adiada por muitas vezes por conta do caso do incensário. Mas agora não vejo motivos pra não fazê-la. É uma patente maior. Vou ter a minha própria equipe e..._ Puxo a respiração. _ Ter o comando em minhas mãos._ Tipo uma promoção?_ Luís pergunta e eu dou um meio sorriso._ Tipo uma promoção._ Repito as suas palavras._ Meu uísque acabou. Alguém quer mais?_ Daniel pergunta se afastando da grade de programação de madeira._ Eu aceito._ Luís diz lhe estendendo o copo vazio._ Vou ao banheiro enquanto isso._ Avisa.E agora estamos apenas eu e meu pai.Encaro o meu copo pela metade e me debruço sobre a grade, apreciando o vento frio da noite ba
Alguns dias...Alice._ O senhor ouviu um não da minha cliente?_ Amanda pergunta encarando firme o meu ex chefe, sentado em uma cadeira de réu.Os olhos de gato me encaram por cima do ombro da minha advogada.Vejo determinação neles.Ele parece contar vitória e começo a pensar, se estou fazendo certo?Eu e Amanda mergulhamos de cabeça nesse processo.Sem prova alguma que nos garanta que ele vá pagar pelo que fez.Solto um suspiro baixo quando Mônica segura a minha mão que está sobre o meu colo.Amanda achou melhor envolvê-la no caso, por causa dos seus métodos Investigativos._ Senhor Lamborghini, o senhor ouviu a minha cliente dizer não? _ Ela insiste na pergunta. O homem volta a encará-la. Ele abre um sorriso largo._ Ela disse sim. A cada toque meu e a cada palavra sussurrada. Ela disse sim. _ Fecho as minhas mãos em punhos.Alguns burburinhos começam a soar na sala e a juíza Laura Fontana bate o seu martelo exigindo silêncio de todos. Amanda continua lá, em pé, parada e olhando o
Alice_ Pode me dizer como ?Seu olhar vai para o seu chefe, que tem um olhar furioso e intimidante sobre a mulher.A mesma volta a engolir com dificuldade.Ela respira fundo e se encoraja a continuar._ Quando Alice chegou a sala destinada a ela, já havia uma câmera instalada lá a alguns dias. O senhor Lamborghini assistia a sua felicidade em escolher os móveis durante toda dá a semana. No dia em que ela finalmente iria assumir o seu cargo como diretora de redação, ele me pediu para que o deixasse a sós com ela no andar. E eu o fiz..._ Carla respira fundo._ O que havia naquele andar?_ A sala do senhor Lamborghini, a minha sala e agora a sala da Alice._ A sala da direção de redação não costumava ficar naquele andar?A mulher faz não com a cabeça._ O senhor Lamborghini não costuma se misturar aos cargos inferiores._ Inferiores?Ela assente._ Era assim que ele se referia aos cargos de direção menores._ Mas a sala da Alice se mudou. Porque?_ Ele queria estar perto dela._ O que a
Alice_ Oi amor!_ Lucca diz se aproximando com dois copos nas mãos. Jean o olha de cima a baixo com extrema curiosidade e depois volta a olhar pra mim._ Esse é o Lucca, meu marido. Lucca, esse é Jean Pierre, meu ex-professor de comunicações._ Ah, claro.Ele me entrega um dos copos pra mim e estende a mão para o meu ex professor. Jean aperta a mão do Lucca e há um sorriso mecânico em seu rosto. Que situação chata. Penso me sentindo sem graça. Mas é claro que isso um dia tinha que acontecer. Jean deixou bem claro que gostava de mim. Mas também deixou bem claro que não teria volta, caso saísse pela porta do seu apartamento. Está na cara que veio até mim para tentar uma segunda chance. Solto um suspiro baixinho. Foi melhor assim. Quem sabe agora ele não segue em frente? Deixo os dois homens conversando e sigo andando perdida em minhas idealizações.Desde que recebi a papelada me dando plenos poderes sobre toda a redação de jornalismo, não perdi o meu tempo. Houve algumas demissões e nov
Primeira parte.LuccaO calor insuportável percorre as minhas veias. As chamas chegam até três metros de altura e uma fumaça negra, e densa nos cerca impedindo a nossa visão para chegarmos do outro lado.— Temos que sair daqui! — Joe grita atrás de mim.— Só mais um pouco, Joe! — insisto, adentrando ainda mais o prédio em chamas.— Porra, Lucca, você vai acabar nos matando, cara! — Ele rosna exasperado, porém, ele também não desiste e continua aqui comigo.— Ali! — grito, apontando uma direção. — Peguem a mangueira! Eu sei que ouvi alguma coisa — ordeno.— Que grande merda! — Meu amigo retruca.Entretanto, Joe segura firme a mangueira e dou um sinal pelo rádio. Imediatamente os jatos fortes de águas começam a jorrar sufocando o fogo faminto, que insiste em devorar o telhado e a porta por onde preciso passar.— Vou contar até três, Joe. Quando eu disser três, pare o jato d'água e eu pulo sobre as chamas. Vou procurar lá dentro.— Ficou maluco, porra?! Não posso deixar você ir sozinho,
LuccaA garota é simplesmente muito gata e mesmo nunca tendo encostado um dedo nela. Quer dizer… houve um beijo e isso já faz muito tempo. Mas esse não conta por que ela só tinha dezoito e tudo não passou de uma brincadeira de adolescente. Mesmo assim, ainda me sinto muito mexido.É inevitável. Eu chego a transpirar quando a vejo de longe como agora, olhando aquela loirinha sentada próximo ao balcão do bar, conversando com uma amiga e bebendo algo que eu não sei o que é.Tomo mais um gole longo da minha cerveja e faço sinal para o garçom pedindo mais uma. As horas se avançam e os rapazes agora estão falando sobre tudo: trabalho, jogos, mulheres, mulheres outra vez, sexo e mulheres.A loira ainda está lá no balcão com a tal amiga. Minutos depois, ela se levanta e se prepara para ir embora e…Puta que pariu! Eu quase engasgo com a minha bebida.— Alice? — sussurro, largando a garrafa em cima da mesa.— O que disse? — Max pergunta, chamando a minha atenção.— O quê? Nada. Eu tenho que i