POV Elena
Os raios de sol entrando pela minha janela me fazem acordar com falta de paciência, quem deixou a porcaria da cortina aberta? Levanto estressada e vou até meu banheiro, escovo os dentes e faço minhas necessidades. Agradeço mentalmente por ser domingo, são quase meio dia e meu cansaço da noite passada ainda não acabou. Sorrio lembrando da festa de quinze anos da minha amiga Sophia. Mal posso esperar pela minha.
Vou descendo as escadas calmamente até meu irmão me beliscar e sair correndo.
— Eu vou te matar, Eric! — Corro atrás dele, mas o chato é bem mais rápido que eu.
— Você nem me alcança, Elena, parece um pinscher — cruzo os braços com raiva do que ele está falando e ele começa a rir.
— Gente, parem de correr, por favor — nosso pai pede e obedecemos, sentamos na bancada da cozinha onde nossa mãe está dando comida pra nossa irmãzinha Emily, ela completou dois anos.
Parece um dia normal como qualquer domingo em família, eu só não esperava que minha vida mudaria totalmente a partir daí.
— Mãe, deixa eu ir com você — peço olhando pra ela pela janela do carro.
— Filha, só preciso comprar algumas coisas no supermercado, vai ser rápido, ajuda seu pai com a Emily, ele não tem o menor jeito com ela — minha mãe passa o polegar na minha bochecha e sorrio. — Eu te amo, Elena, sabe que eu não seria nada sem você!
— Também te amo, mamãe — digo dando um beijo na sua mão. Escutamos o choro da Emily vindo de dentro de casa. — Tá, eu vou ver o que estar acontecendo, tchau mãe! — Aceno e ela acelera o carro.
Coloquei a Emily pra dormir e fiquei na sala mexendo no meu celular ainda de pijama, eu estava bem até o Eric aparecer de novo pra me perturbar.
— Eric, sai daqui, não estou com paciência pra você hoje — falo vendo ele se preparando pra me dar um susto com uma maldita aranha de brinquedo, esse cara nem parece que já tem dezenove anos, por isso que dizem que meninas evoluem muito mais rápido.
— Chata você, em... — ele reclama se jogando do outro lado do sofá.
O telefone fixo toca e ficamos discutindo quem iria atender, até que meu pai chega, atende mandando a gente ficar em silêncio.
— Sim, é o Derek Marin — ele fala e ficamos atentos. — Como assim? Como isso aconteceu? Quem teve culpa disso? — Ele começa a alterar a voz, fico assustada e meu irmão se aproxima de mim. — Onde? — Praticamente grita.
Ele solta o telefone, vira pra gente e percebe como estamos.
— Pai, o que aconteceu? — O Eric toma a iniciativa de perguntar.
— Vistam uma roupa, peguem a irmã de vocês e vamos para o hospital, a mãe de vocês sofreu um acidente muito grave, o carro caiu em um barranco por causa da pista escorregadia da chuva — eu já estou entrando em desespero, meu irmão segura minha mão e me abraça forte. — Parece que o carro pegou fogo.
Eu comecei a chorar desesperadamente, meu pai subiu as escadas e foi pegar as coisas necessárias para irmos para o hospital, isso não pode estar acontecendo.
— Eu estou com medo, muito medo — meu irmão me abraça ainda mais forte.
— Calma, nossa mãe é forte, ela vai passar por isso. Vem, temos que se arrumar — ele segura minha mão até chegar no meu quarto.
Em pouco tempo já estamos no carro, ainda bem que a Emily não acordou, seria ainda pior ela vendo isso tudo. Meu pai está abalado, meu irmão não olha pra gente e eu só fico vendo minha irmãzinha dormir tranquilamente.
Chegamos ao hospital e já têm médicos do lado de fora nos esperando, fico com a Emily dentro do carro com a porta aberta vendo meu pai e o Eric irem falar com os médicos.
— NÃO! — Escuto meu pai gritar e começar a andar de um lado pro ouro, meu irmão se escora na parede, baixa a cabeça e começa a chorar. — Vocês deveriam ter feito mais por ela, como deixaram minha mulher morrer?
Morrer. Ele falou morrer. Minha respiração começa a ficar irregular, fica mais ainda quando vejo os médicos tentando acalmar meu pai, mas ele se recusa receber ajuda. Minha mãe, minha mãezinha, ela não pode ter morrido.
— Não, não, não... — fico repetindo pra mim mesma, tento levantar do carro, mas minhas pernas estão trêmulas e não obedecem meus comandos. — Por favor, alguém diz que isso é um engano — falo e sai mais baixo do que eu queria. Levanto e só consigo dar dois passos, caio de joelho no chão quando vejo a cara do meu irmão me olhando, ele corre até mim, se abaixa ao meu lado e me abraça — Não, Eric... Não!
— Calma — ele diz me abraçando e desabo, eu começo a chorar compulsivamente, isso não deveria ter acontecido, não pode ser.
— Eric, por favor, não... — estou soluçando e ele também, me abraça mais forte e coloco minha cabeça apoiada em seu peito.
Aos poucos percebo que nosso pai está se distanciando, ele vai saindo da parte externa do hospital, e ficamos sem entender nada.
Uma médica veio até nós dois e começou a tentar nos acalmar, mas por que meu pai saiu? Precisamos dele!
E foi essa a última vez que o vi, saindo desesperado do hospital após saber da morte da nossa mãe e foi horrível. A partir dali ela seria outra, eu conheceria uma vida que jamais achei que fosse ter, todas as minhas prioridades mudaram, meus interesses, tudo que eu pensava.
Agora só existe nós três
— Elle, acorda, Elle! Eu estou apertada!— Já estou indo, Emily... — digo já me levantando pra levar minha irmã mais nova ao banheiro. Olho a hora e percebo que são 00:36 da noite.Sou a Elena, tenho dezoito anos e moro com meu irmão mais velho Eric que tem vinte e três anos e minha irmãzinha mais nova de seis anos. Moramos em Londres desde que nascemos. Nossa mãe sofreu um acidente de carro há alguns anos atrás e morreu, nosso pai simplesmente desapareceu e nunca mais voltou. Fazem quatro anos que tudo isso aconteceu, que nossa vida mudou completamente, nós conhecemos outra realidade e precisamos nos adaptar a ela sem direito de escolha.Desde então meu irmão trabalha em uma galeria de arquitetura e sonha em abrir seu próprio escritório de arquiteto. E eu comecei a trabalhar em uma loja de roupas, pois só o dinheiro dele não es
“E se soubesse que tudo ia ficar bem no final, não me importaria em nada com o que acontece agora. Mas é horrível passar um dia depois do outro sem ter certeza de nada.”The Vampire DiariesChegando lá, percebo que já tem algumas pessoas sentadas nas cadeiras e conversando como se já se conhecessem há muito tempo.— Olá, como é o seu nome? — uma menina que sentou ao meu lado pergunta simpática.— Oi, meu nome é Elena — eu digo e ela estende a mão.— Prazer, Natalie! — ela fala com um sorriso. — Você vai fazer moda?— Sim, você também?— Sim! – Ela abre um sorriso maior ainda. — Você não sabe como estou feliz de ter falado com alguém da minha turma, pois até agora só conheci pessoas de outros
— Não acredito que já fazem duas semanas que começamos a faculdade — Sophia diz enquanto eu entro no carro agradecendo por já ser sexta feia, pois eu estou exausta.— SÓ duas semanas, você quis dizer, não é Sophia? Parece que faz uma eternidade! — Falo tentando lembrar o que eu vou falar no seminário.— Nossa, tá precisando uma festinha, em Elena? — Ela bate no meu ombro me olhando maliciosamente. — Que estresse, garota.— Nem gosto dessas coisas, só preciso descansar mesmo.— Tá chata hoje, em... — ela comenta e reviro os olhos sem dar importância.— Só não concordo com o que você falou — balanço os ombros.— Olha, vai ter a inauguração daquela casa de festas amanhã à noite, eu vou, com o Justin, Jason, um amigo dele que n
Quando já estamos quase chegando, a Sophia baixa o som e começamos a conversar.— Alguma de vocês sabe quem é o amigo do Jason que ele tinha falado? — Sophia pergunta.— Não — Nat e eu falamos juntas.— Pra que amigo do Jason, se temos o próprio Jason? — Nat diz e arregalamos o olho pra ela. — Gente, temos que aproveitar as oportunidades, ora mais...— Esse casal é o tipo que coisa que preciso ver — provoco e ela ri.— Vocês dois derrubam o campus, se sozinhos já são como são, imagina juntos — Sophia completa e rimos mais ainda.— Minha meta hoje é conseguir alguém pra Elena — Nat retruca e me aproximo exasperada.— Vocês precisam parar com essa besteira de arranjar gente pra mim, entendam, não aceito menos que um Ian Somerhalder — falo convencid
Acordo com a luz do sol ultrapassando a cortina do meu quarto, olho a hora e quase dei um pulo quando vi que já são onze da manhã. Me espreguiço lembrando da noite anterior e sorrio com os detalhes. Não lembro a última vez que me diverti tanto, já devo ter repetido esses pensamentos um milhão de vezes, mas estou tão feliz.Sabe quando você percebe que pode estar encontrando seu espaço? As pessoas certas, talvez as que façam parte do resto da sua vida, acho que é isso que eu estou sentindo.Ajeito minha cama, visto uma roupa e vou até a cozinha.— A Elle acordou! — Emily pula em meus braços.— Bom dia, princesa — lhe dou um beijo. — Bom dia, Eric — ele está fazendo algo no notebook enquanto nossa irmã brinca de Barbie.— Bom dia, bela adormecida — responde sem tirar atençã
Mais um dia de faculdade, já falei que estou amando? A sensação de estar estudando algo que ama pra trabalhar com isso é muito bom. Faz pouquíssimo tempo que começamos o curso, mas já aprendi tantas coisas, já melhorei muito minha técnica e pretendo aperfeiçoar ainda mais. Meu sonho é ser uma grande estilista, quem sabe ter minha própria marca.Infelizmente hoje recebemos a notícia que um dos professores precisaram faltar, ou seja, teremos duas aulas vagas. As meninas estão terminando um trabalho que eu já finalizei, então resolvo ir passar meu tempinho livre em um lugar fora da sala de aula.Vou pra uma das várias mesinhas que tem pelo campus, espalho alguns materiais e começo a rabiscar qualquer coisa. Fico meio cabisbaixa ao lembrar da Emily cada vez mais perguntando pelos nossos pais, isso me deixa péssima, mas não posso fazes
Acordo com o som do maldito despertador do celular. Acho que essa musiquinha é o som que mais odeio na vida. Me espreguiço e sorrio vendo minha irmã dormir tranquilamente do outro lado da cama. Como ela não acorda com esse barulho do despertador? Essa garotinha dorme igual sei lá o que.Levanto, vou ao banheiro, coloco uma música no meu celular e escovo os dentes, lavo meu rosto e faço minhas higienes matinais ao som de Beyonce.Não entendo pessoas que não toma café da manhã, porque ainda no banheiro minha barriga começa a roncar. Desço as escadas e vou até a cozinha preparar nossa comida. Pego os ingredientes para fazer torradas e começo. Enquanto isso penso sobre coisas aleatórias.— Bom dia, flor do dia — tenho um susto com meu irmão atrapalhando meus devaneios enquanto eu preparava meu café da manhã.—
"Só porque alguém te machucou uma vez, não significa que tem que excluir totalmente de sua vida. As coisas mudam. Pessoas crescem."Pretty Little LiarsAcordo com o despertador tocando, olho para o lado e vejo minha irmã dormindo como um anjinho, pensei "não tem jeito mesmo pra ela”. Sorrio por ela está bem. Chego mais perto e lhe dou um beijinho.— Bom dia, minha princesinha — falo baixinho sem acordar ela.Levanto e faço todas as minhas higienes matinais, escovo os dentes e já escolho uma roupa para o trabalho, mas deixo ela em cima da cama. Peguei uma calça de moletom cinza escura, e um moletom coral, tá bem frio hoje.Desço as escadas e percebo que meu irmão está no telefone, fico em silêncio e vou até a cozinha fazer meu café.— Quem está ligando nessa hora? —