Na entrada do salão de festas.Beatriz, vestindo um elegante smoking preto, caminhava lentamente para dentro.Sua beleza deslumbrante, a estatura elevada, o porte elegante e nobre eram inegavelmente marcantes.Ela era extremamente notável.Assim que apareceu, imediatamente atraiu a atenção da maioria das pessoas presentes.Havia admiração, alegria, inveja, desejo e uma agitação palpável.- Prima, se eu soubesse, não teria vindo com você. Passei tanto tempo me arrumando, e todos estão olhando para você, me deixando completamente sem presença.Quiteria, que a acompanhava, reclamava em voz baixa, visivelmente descontente.Sabendo que iriam ao evento noturno de Thomas, ela se arrumou especialmente para conhecer algumas personalidades importantes.O vestido de festa que usava custava dezenas de milhares, e as joias que adornavam seu corpo valiam vários milhões.Foi, sem dúvida, um grande investimento. Mas para qual resultado?Ao lado de Beatriz, ela parecia apenas uma folha verde realçando
Beatriz franziu a testa, com uma expressão preocupada:- Não posso deixar isso acontecer, preciso ajudar ele! - Disse ela, prestes a sair.- Prima! - Quiteria a agarrou, tentando convencer ela. - De que adianta você ir? A prisão negra é um lugar de onde só se entra e não se sai, isso é uma regra de ferro. Se você agir precipitadamente, pode acabar trazendo mais problemas para si!- Então, o que devo fazer? Não posso simplesmente ficar parada vendo ele sofrer! - Beatriz estava claramente ansiosa.Todos sabiam que a prisão negra era um lugar perigoso e que quanto mais tempo se passava lá, mais sofrimento se enfrentava.- Prima, tenha calma, temos o Thomas aqui. - Quiteria olhou para Thomas, que estava ao lado, e disse. - Thomas tem muita influência e ocupa uma posição de destaque. Salvar alguém da prisão negra não deveria ser difícil para você, seria?- Thomas?Beatriz olhou esperançosa na direção dele.- A prisão negra é uma terra sem lei, até mesmo o exército tem dificuldade para inter
- Não pode ser? Esse cara já foi solto tão rápido?Sérgio ficou surpreso ao ver Ademir entrar de repente pela porta, não conseguindo esconder sua expressão de espanto.Ele achou que Thomas estava só brincando, mas não esperava que realmente mandasse alguém para resgatar a pessoa.A questão era que, tinha sido Thomas quem usou a influência para prender Ademir, e agora, misteriosamente, ele estava solto.Qual era o significado de tudo aquilo?Tirar as calças para soltar um pum?Mesmo querendo conquistar o coração de uma bela mulher, não precisava ser tão complicado, né?- Estranho, como ele conseguiu sair?Thomas franziu a testa levemente, também surpreso.Outros podiam não saber, mas ele estava bem ciente de que não tinha pedido a seus subordinados para entrar em contato com o diretor da prisão negra.Além disso, não haveria tempo suficiente.Em outras palavras, a pessoa já havia sido solta há muito tempo.A questão era: a prisão negra era um lugar de onde só se entrava, não se saía. Co
Quem era Thomas? Herdeiro da família Peixoto da Cidade YJ, um major-general do exército, uma figura tão influente que um simples estalar de dedos dele poderia abalar toda a província.Como alguém ousaria bater em uma pessoa tão importante? Ele estava procurando a morte?!- Ademir! Você é um ingrato! Se Thomas soubesse, ele não teria te salvado, teria deixado você morrer na prisão negra! - Quiteria estava furiosa. - Depois de tudo que ele fez por você, você ainda bateu nele, isso é traição.- Ousa me bater? Você sabe as consequências disso? - Thomas tocou sua face ardente, e sua expressão se tornou sombria em um instante.Em toda sua vida, ninguém jamais havia ousado dar um tapa nele em público.- Eu bati sim. Você me colocou naquele lugar, não merecia isso? - Disse Ademir, friamente.- Ademir! O que você está falando? Foi Thomas quem te salvou! - Beatriz franziu a testa.- Me salvou? - Ademir deu uma risada sarcástica. - Ele me prejudicou, isso sim. Se não fosse pelas maquinações dele,
- O quê?Ademir tocou seu rosto ardente e se virou para olhar para Beatriz, meio incrédulo.Ele realmente não esperava que ela, por alguém que acabara de conhecer, desse um tapa nele em público.Essa sensação era quase como ter o coração perfurado por uma faca.- Eu...Beatriz olhou para a própria mão, hesitante em falar.Depois de bater nele, ela começou a se arrepender.No entanto, a situação era urgente naquele momento, e ela agiu por impulso.Se não parasse Ademir a tempo, as consequências seriam inimagináveis.Valia lembrar que Thomas era um major do exército, com poder e influência enormes.Ferir alguém como ele poderia levar à pena de morte.- Você me bateu? - Ademir franziu a testa, surpreso. - Por ele, por um estranho, você realmente me bateu?- Ademir, se acalme, eu fiz isso pelo seu bem. - Beatriz tentou explicar.- Me acalmar? - Ademir riu, com os olhos cheios de decepção. - Beatriz, como você espera que eu me acalme? Eu já disse claramente, foi Thomas quem armou para mim,
Neste momento, de repente uma multidão invadiu o salão.Todos eram soldados armados, exalando uma aura assassina.Assim que entraram, cercaram Ademir, com os canos das armas apontados para ele.Apenas esperando uma ordem para atirar e matar ele ali mesmo.- Thomas! Não o machuque! - Beatriz gritou alarmada.- Já que a Srta. Beatriz falou, naturalmente vou considerar. - Thomas sorriu levemente, limpando o sangue no canto da boca, e logo acenou com a mão. - Dispersem, deixem ele ir!- Sim, senhor! - Os soldados responderam em uníssono, imediatamente se dividindo em duas fileiras.Os movimentos deles eram coordenados, claramente bem treinados.Ademir se virou, lançou um olhar frio para trás, e saiu diretamente.Ao sair do hotel, a chuva começou a cair levemente.O vento frio soprava, trazendo um certo frescor, assim como o coração dele naquele momento.Nesse instante, um carro de luxo prateado parou repentinamente na entrada.A porta se abriu e Gabriela desceu, com uma expressão surpresa
Naquele momento, Gabriela estava realmente furiosa.A maneira como Ademir tratava Beatriz transparecia uma sinceridade inabalável em seus olhos. Logo, uma intensa onda de ciúmes e inveja a invadiu. No entanto, Beatriz não apenas ignorava esses sentimentos, como também se mostrava arrogante e até mesmo agressiva.Era uma atitude de ingratidão.Neste dia, Gabriela estava simplesmente exausta, incapaz de suportar mais essa situação. "Você pode bater nos outros, mas bater no meu homem, já é demais!"- Deixa para lá, Gabriela, vamos embora, não tem mais o que falar. - Disse Ademir, indiferente.- Reflita bem sobre o seu comportamento! - Rebateu Gabriela, bufando friamente e se virando para entrar no carro.Depois, fechou a porta bruscamente e foi embora.- Como pôde acontecer isso? - Murmurou Gabriela para si mesma, observando as luzes traseiras do carro se distanciando, parecendo um tanto desorientada.Ela tinha sido impulsiva, mas só não queria que Ademir cometesse um grande erro, apen
A marca vermelha de cinco dedos no rosto do outro nunca desapareceu.- Não dói. - Disse Ademir, sorrindo levemente.- O rosto pode não doer, mas o coração deve estar, né? A esta altura, você deveria desistir. Por qual motivo está sempre se torturando assim? Não seria melhor seguir comigo? - Sugeriu Gabriela, com as sobrancelhas arqueadas. - Como um homem de verdade, não posso sempre depender de uma mulher. - Afirmou Ademir. Gabriela estendeu seu dedo esbelto, tocou o queixo de Ademir e sorriu maliciosamente. - Qual o problema em depender de uma mulher? Isso também é uma habilidade! Além disso, com esse seu rostinho, seria um desperdício não estar comigo. Eu gosto do seu tipo. Tome um banho hoje à noite e venha aquecer minha cama. - Disse Gabriela.O canto da boca de Ademir se contraiu.Ele se sentia como se estivesse sendo assediado por um pervertido.- E então? Já decidiu? Vamos para a sua casa ou para a minha? - Indagou Gabriela. Gabriela olhou para ele sedutoramente. Seus lábios