A marca vermelha de cinco dedos no rosto do outro nunca desapareceu.- Não dói. - Disse Ademir, sorrindo levemente.- O rosto pode não doer, mas o coração deve estar, né? A esta altura, você deveria desistir. Por qual motivo está sempre se torturando assim? Não seria melhor seguir comigo? - Sugeriu Gabriela, com as sobrancelhas arqueadas. - Como um homem de verdade, não posso sempre depender de uma mulher. - Afirmou Ademir. Gabriela estendeu seu dedo esbelto, tocou o queixo de Ademir e sorriu maliciosamente. - Qual o problema em depender de uma mulher? Isso também é uma habilidade! Além disso, com esse seu rostinho, seria um desperdício não estar comigo. Eu gosto do seu tipo. Tome um banho hoje à noite e venha aquecer minha cama. - Disse Gabriela.O canto da boca de Ademir se contraiu.Ele se sentia como se estivesse sendo assediado por um pervertido.- E então? Já decidiu? Vamos para a sua casa ou para a minha? - Indagou Gabriela. Gabriela olhou para ele sedutoramente. Seus lábios
No dia seguinte, pela manhã.Na Mansão dos Dragões.Débora vestia um deslumbrante vestido de gala prateado e, ao se observar no espelho, se sentia desconfortável.Normalmente, ela usava roupas mais práticas, uniforme militar ou roupas casuais.Era a primeira vez que estava usando um vestido de gala tão justo.- Líder, você está realmente linda hoje, olha só essa carinha, essa silhueta, é de tirar o fôlego, que homem não se encantaria? - Disse a vice-comandante Gargantas que estava ao lado, com os olhos fixos nela. Débora, que já era muito bonita, parecia ainda mais deslumbrante após se arrumar um pouco.Combinando sua beleza com a energia masculina em sua expressão, ela parecia linda e charmosa, atraente tanto para homens quanto para mulheres.- Você tem certeza de que esse vestido é bonito? Por que eu sinto que ele é meio estranho? - Murmurou Débora.- Claro que é bonito! Vestidos de gala são elegantes e destacam a figura, todas as belas mulheres se vestem assim, veja só, essa cintur
- Como assim? Não está bonito? - Perguntou Débora. Débora baixou a cabeça e deu uma olhada rápida, parecendo um pouco insegura.- Não é que não esteja bonito, é só que parece meio estranho, prefiro suas roupas de antes. - Respondeu Ademir com franqueza.Débora, que sempre esteve nos campos de batalha, tinha um ar de heroísmo que atraia as pessoas.Quando usava roupas de combate, ela era tanto bela quanto imponente, cheia de charme.Agora, vestida com roupas femininas, parecia um pouco deslocada.Continuava muito bonita, mas não parecia adequado.- O quê? - Murmurou Débora.Ao ouvir isso, o olhar incisivo de Débora imediatamente se voltou para gargantas, com um ar de interrogação.- Vou buscar um chá! - Disse Gargantas, assustado, rapidamente aproveitando a oportunidade para sair de fininho.- Bernardo, espere um pouco, vou trocar de roupa. - Disse Débora. Débora não hesitou e correu de volta para o quarto.Em pouco tempo, voltou vestindo um conjunto de roupas de combate vermelhas, de
Após deixarem a Mansão dos Dragões, Ademir e Débora, na companhia de alguns amigos, começaram explorando os pontos turísticos mais icônicos da capital provincial. Registraram momentos inesquecíveis com várias fotos, adquiriram lembranças para eternizar a experiência e, em seguida, se dirigiram à movimentada rua de comidas típicas no centro da cidade. Lá, se entregaram à degustação de diversas iguarias locais, imersos nas tradições culinárias.Para encerrar o dia com chave de ouro, decidiram assistir a um filme de ficção científica que estava em destaque nos cinemas. Quando saíram da sessão, o céu já estava mergulhado na noite, proporcionando o fechamento perfeito para um dia repleto de aventuras e novas descobertas.- Ademir, para onde vamos agora? - Perguntou Débora, animada, na porta do cinema. Aquela era a sua noite mais feliz e relaxante em dez anos.- Líder, já brincamos o dia todo, que tal voltarmos? - Sugeriu Cymbidium, que estava ao lado. Ela e Gargantas haviam protegido Débora
Para alguns pervertidos, isso tem um atrativo fatal.- Você, não merece ser amigo do minha líder, vá embora! - Disse Cymbidium em tom baixo.Ao ouvir isso, o homem magro ficou instantaneamente irritado.- Você está me desprezando? Você sabe quem eu sou? Sabe quem é meu pai? Então te dizer, eu sou Adriano Garcia das Seitas Negras e Brancas! - Rebateu Adriano. Assim que disse isso, muitos dos convidados ao redor mudaram suas expressões.- Seitas Negras e Brancas? Não é uma das oito grandes facções da Cidade S? - Comentou um.- Ouvi dizer que as Seitas Negras e Brancas tem milhares de discípulos, com um poder imenso. No mundo das artes marciais, eles chamam e todos respondem, ninguém ousa provocar! - Murmurou outro. - Estranho, por que uma pessoa das Seitas Negras e Brancas viria para a Cidade N? - Questionou um senhor. - Deve ser para participar do congresso caminho marcial. O local deste ano é no Lago Esmeralda da Cidade N, não muito longe da capital da província. Recentemente, muita
Adriano soltou mais um grito de agonia.Suas duas pernas foram inutilizadas, a dor distorcia todo o seu rosto.Ele só queria flertar com uma bela mulher, mas quem poderia imaginar que, em vez de conquistar o coração dela, encontraria tais lunáticos?Sem qualquer discussão, partiram para quebrar mãos e pernas, claramente não dando a mínima para as Seitas Negras e Brancas.- Quem são essas pessoas? Como ousam ferir alguém das Seitas Negras e Brancas? Que coragem é essa? - Comentou um.- Não é mesmo? São tão bonitas, mas tão cruéis. - Disse outro. Observando Adriano gritar de dor, os espectadores ao redor ficaram chocados.- Chega, tirem ele daqui para não atrapalhar meu jantar com Ademir. - Disse Débora acenando para que levassem Adriano embora.Do começo ao fim, ela nem sequer olhou para trás.Para ela, esse tipo de ralé não merecia nem um segundo do seu tempo.- Hoje, nossa líder está de bom humor e vai poupar sua vida miserável. Reze bastante quando voltar. - Disse Gargantas. Gargan
Vendo isso, Gargantas e Cymbidium ficaram furiosas instantaneamente.Justo quando estavam prestes a agir novamente, foram interrompidos por um gesto de Débora.- Vocês não são páreo para ele, deixem comigo. - Disse Débora. Ela se levantou lentamente, com um olhar frio varrendo a multidão.As pessoas, que até então riam e brincavam, de repente sentiram um arrepio inexplicável, e suas vozes se calaram instantaneamente.Por algum motivo, sentiram como se a própria morte os estivesse observando.- Não esperava encontrar uma beleza tão excepcional aqui, que sorte a minha hoje. - Disse o homem de branco. Ao ver o rosto de Débora, o homem de branco se iluminou, um sorriso malicioso aparecendo em seus lábios.- Vocês parecem menosprezar muito as mulheres, não? Vou dar a vocês uma chance agora. Se conseguirem resistir a três golpes meus, pouparei suas vidas. - Disse Débora, indiferente, sem um pingo de emoção em seus olhos.- Poupar nossas vidas? - Debochou o homem de branco. Ao ouvir isso,
- Solte ele! Senão vou te matar! - Ameaçou Débora.Ao ver Ademir sendo feito refém, Débora não conseguiu conter a transformação de sua expressão encantadora em frieza, enquanto uma aura mortal avassaladora emergiu instantaneamente ao seu redor.De repente, um vento frio soprou.A temperatura ao redor caiu rapidamente, e até as luzes começaram a piscar.Os discípulos das Seitas Negras e Brancas caídos no chão sentiram como se tivessem sido atingidos por um raio, tremendo incessantemente.Se antes Débora apenas pretendia dar uma lição naqueles homens, agora, ela estava determinada a matar.Em razão de Ademir ser sua linha vermelha intransponível.Quem quer que ousasse cruzar, mesmo que fugisse para os confins da Terra, ela perseguiria até o fim.- Deixo claro que qualquer movimento resultará na morte imediata dele! - Ameaçou o homem de branco, com ferocidade.Ele não esperava que Débora fosse tão poderosa, e que ele não era páreo para ela.A única opção agora era usar o refém para virar