- O ajudante do Nicolas? O que ele está fazendo aqui? - Guilherme ficou um pouco surpreso.- Por enquanto, ainda não sabemos. - O guarda da prisão falou de cabeça baixa.- Tudo bem, deixe ele entrar. - Guilherme fez um sinal com a mão.- Sim.O guarda concordou e logo saiu. Após um momento, ele voltou, trazendo consigo um homem vestido de cinza.- Sr. Guilherme, bom dia.Assim que entrou, o homem de cinza prestou uma reverência respeitosa.Era preciso saber que esta pessoa, diferente dos diretores de prisões comuns, possuía um poder e uma rede de contatos tão extensos que até Nicolas tinha que dar algum respeito a ele.- Veio me procurar para quê? - Guilherme perguntou, cruzando as pernas.- Sr. Guilherme, estou aqui por ordem do Sr. Nicolas, para pedir uma pessoa. - O homem de cinza falou, de cabeça baixa.- Pedir uma pessoa? Quem? - Guilherme retrucou.- Um jovem chamado Ademir. - O homem de cinza respondeu diretamente.- Ademir? - Guilherme franziu o cenho. - Desculpe, mas eu não po
Olhando para Guilherme pendurado na parede, os dois homens de cinza ficaram completamente atordoados.Eles nunca poderiam imaginar que o diretor da famosa prisão negra, um grande mestre de destaque, seria lançado contra a parede com um simples tapa.E ainda por cima ficou incrustado na parede, sem conseguir se desvencilhar por um bom tempo.Aquela cena era simplesmente chocante!Eles instintivamente olharam para trás e viram uma mulher de beleza estonteante.Ela tinha cabelos curtos prateados e vestia um uniforme de combate vermelho, com uma arma ligeiramente trêmula presa nas costas.Parecia uma guerreira valente e imponente.Como uma valquíria descida à Terra!Especialmente seus olhos, frios, arrogantes, desprezando tudo e todos, faziam com que ninguém ousasse encará-los.- Audaciosa! Como ousa me atacar? Você sabe quem sou eu?! - Guilherme, furioso e envergonhado, exclamou.Ele nunca havia sido atingido dessa forma antes.- Solte o Ademir. - Débora disse friamente.- Você acha que p
Após uma longa reflexão, o homem forte e careca de repente soltou uma frase inesperada.- Não fale besteira! Lá fora, há inúmeros postos de controle e especialistas formidáveis, nós jamais conseguiremos escapar com asas! - O velho magro repreendeu irritado.Mesmo se ele estivesse no auge de seu poder, não haveria a menor chance.- De qualquer forma, estamos fadados à morte, é melhor lutar com tudo que temos! - O homem forte e careca mordeu o lábio e disse. - Eu já pensei sobre isso, se conseguirmos capturar um guarda como refém, ainda teremos uma chance de sobreviver.- Isso mesmo, isso mesmo, com o refém em mãos, talvez tenhamos uma chance de escapar. - Os outros concordaram acenando com a cabeça.Se fosse apenas um guarda comum, seria impossível.Mas se esse guarda fosse o irmão do diretor da prisão, o fato se tornaria importante. Essa seria a maior vantagem deles.- Ninguém jamais escapou da prisão negra, vocês devem saber muito bem as consequências de uma fuga fracassada. É melhor
Quando Guilherme se ajoelhou, todos ficaram como se tivessem sido atingidos por um raio, paralisados no local. O gordo ficou atônito. O velho magro ficou atônito. O homem forte e careca ficou atônito. Os prisioneiros ao redor, todos ficaram atônitos. Eles arregalaram os olhos e ficaram com o horror estampado nos rostos. Não poderia ser verdade, poderia? A pessoa diante deles era o diretor da prisão negra! Um poderoso grande mestre! Uma existência aterrorizante que fazia as pessoas tremerem só de ouvir seu nome, detendo o poder de vida e morte sobre todos os prisioneiros! Não era exagero dizer que, aqui, o diretor era como um deus! Qualquer um que o visse deveria prestar homenagens. No entanto, eles nunca imaginaram que esse deus, tão alto e desdenhoso, se ajoelharia publicamente diante de um prisioneiro. Como isso era possível? - Cunhado? Por que você se ajoelhou? Rápido, se levante... - O primeiro a reagir foi o gordo, que correu até Guilherme tentando ajudar ele a se le
- Claro que não há problemas, Sr. Ademir. Seus amigos, certamente, são cavalheiros nobres e corajosos! - Guilherme começou com elogios, depois acenou com a mão. - Soltem-nos!As correntes de ferro negro foram soltas uma a uma.Todos pareciam estar sonhando, com rostos de incredulidade.Pensaram que teriam que passar o resto de suas vidas na prisão negra, mas, inesperadamente, naquele dia puderam ver novamente a luz do dia.Era realmente uma alegria caída do céu!- Muito obrigado, líder da prisão!O ancião magro e seu grupo se ajoelharam novamente.- Não me agradeçam, agradeçam ao Sr. Ademir. - Guilherme era muito perspicaz.- Muito obrigado, Sr. Ademir!As pessoas batiam a cabeça no chão repetidamente, chorando de alegria.Nesse momento, aos olhos deles, Ademir era como um salvador.- Afinal, sou membro da Gangue do Arruaceiros, não posso deixar vocês sofrerem aqui. Vamos sair juntos. - Ademir sorriu levemente e caminhou com passos largos para fora da prisão.Apesar do breve contato, e
Débora e Ademir trocaram gestos íntimos que surpreenderam todos ao redor. Não só o grupo que acabara de sair da prisão ficou atônito, mas também os dois subordinados de Débora, Gargantas e Cymbidium, ficaram boquiabertos. Na memória deles, a líder, uma guerreira conhecida por suas decisões rápidas e crueldade, sempre mantinha uma expressão fria e distante. A ira dela era temida, como se pudesse destruir qualquer obstáculo em seu caminho. Normalmente, qualquer homem que ousasse tocá-la acabaria gravemente ferido. No entanto, agora, a líder guerreira, ao ser acariciada na cabeça publicamente, não só não se enfureceu, mas até sorriu alegremente. Se eles não tivessem visto com os próprios olhos, jamais acreditariam que a líder pudesse mostrar um lado tão suave. Ela ainda era aquela guerreira intimidadora e inalcançável?- Bernardo, como você passou esses anos? - Perguntou Débora, olhando para o rosto familiar à sua frente, com sentimentos misturados. Fazia dez anos que eles não se viam. O
- Não fique tão nervoso, eu sei que não tem a ver com você, mas tem a ver com alguns dos seus subordinados. - Ademir disse batendo.- Entendi! Vou investigar agora mesmo, espere um pouco!Guilherme não hesitou e agiu rapidamente.Em pouco tempo, ele capturou um homem gordo com o nariz sangrando e o rosto inchado, trazendo ele até Ademir:- Foi esse cara que fez isso, você pode matá-lo ou esquartejá-lo sem problemas, se não quiser sujar as mãos, eu posso fazer isso por você.- Não me mate, não tenho nada a ver com isso, alguém me pagou para te capturar, por favor, me dê uma chance de viver! – Suplicava o gordo.O gordo estava desesperado, ajoelhado no chão batendo a cabeça freneticamente até sangrar.- Quem mandou você fazer isso? - Ademir perguntou.- Foi a família Peixoto, foi o Thomas da família Peixoto! - O gordo respondeu rapidamente."Então foi ele." Ademir estreitou os olhos.Antes ele só suspeitava, mas agora estava confirmado.- Por favor, prepare um carro para mim. - Disse Ade
Na entrada do salão de festas.Beatriz, vestindo um elegante smoking preto, caminhava lentamente para dentro.Sua beleza deslumbrante, a estatura elevada, o porte elegante e nobre eram inegavelmente marcantes.Ela era extremamente notável.Assim que apareceu, imediatamente atraiu a atenção da maioria das pessoas presentes.Havia admiração, alegria, inveja, desejo e uma agitação palpável.- Prima, se eu soubesse, não teria vindo com você. Passei tanto tempo me arrumando, e todos estão olhando para você, me deixando completamente sem presença.Quiteria, que a acompanhava, reclamava em voz baixa, visivelmente descontente.Sabendo que iriam ao evento noturno de Thomas, ela se arrumou especialmente para conhecer algumas personalidades importantes.O vestido de festa que usava custava dezenas de milhares, e as joias que adornavam seu corpo valiam vários milhões.Foi, sem dúvida, um grande investimento. Mas para qual resultado?Ao lado de Beatriz, ela parecia apenas uma folha verde realçando