Depois de ser empurrado para dentro do carro, Ademir não ofereceu resistência, se permitindo ser manobrado pelas pessoas ao seu redor. Inicialmente, seus olhos foram vendados, e em seguida, um capuz foi colocado sobre sua cabeça, assegurando que ele não visse nada. A viagem que se seguiu foi longa e repleta de solavancos, indicando que o veículo havia deixado a área urbana. Era evidente que esses agentes não faziam parte da delegacia de polícia. Não se sabe quanto tempo passou, mas quando Ademir começou a sentir sono, o veículo finalmente parou devagar. Ao abrir a porta do carro, foi atingido por um forte cheiro de sangue. Nesse odor, se misturava o fedor de corpos em decomposição, algo nauseante.- Chefe, que lugar é esse que você me trouxe? - Ademir perguntou, curioso.- Cale a boca! Entre! - Uma voz repreensiva soou aos seus ouvidos.Ademir foi forçado a avançar, atravessando várias barreiras, abrindo pesadas portas de ferro e, por fim, descendo num elevador até o subsolo. Após um
Os demais também estavam da mesma maneira. No início, observavam ferozmente, ansiosos para agir. Depois de entender a situação, no entanto, começaram a rir e comentar. - Rapaz! Se você fosse uma pessoa muito maligna, já estaria morto agora. Mas, felizmente, você agiu em defesa de sua esposa, isso sim é ser um homem!- Isso mesmo! Parece que nós, a Gangue do Arruaceiros, ganhamos um novo membro!Eles o olhavam de cima a baixo, não de forma muito amigável, mas sem hostilidade.- O que está acontecendo aqui? - Ademir perguntou, confuso.- Nesta prisão, existem várias gangues. As regras da Gangue dos Arruaceiros são claras, se vingue se tiver motivos, revide se tiver inimigos. Você pode matar, mas não pode maltratar os inocentes ou cometer maldades sem limites. Se alguém fizer isso, será executado! - O homem careca e forte sorriu, mostrando os dentes.- Exatamente! Embora não sejamos pessoas boas, pelo menos somos homens de verdade. Não suportamos ver pessoas cometendo injustiças! - Os ou
- Prisão Negra? - Ao ouvir esse nome, Ademir não pode deixar de franzir a testa em preocupação.O nome da Prisão Negra ecoava por toda a Cidade N. Segundo os rumores, as pessoas encarceradas ali eram ou extremamente cruéis e perigosas, ou uma desgraça para a nação. Assassinos de elite, renegados das artes marciais, maníacos sanguinários, senhores das guerras internacionais, todos estavam lá. O mais importante era que a Prisão Negra tinha uma regra de ferro: só se entra, nunca se sai! Uma vez dentro, era impossível sair.Em outras prisões, bom comportamento poderia levar à redução da pena. Mas aqui, não importava quem você fosse ou qual fosse sua posição, havia apenas duas opções. Ou morrer, ou ficar preso para sempre.Desde a fundação da Prisão Negra, ninguém jamais havia saído vivo de lá, sem exceção.Sergio, anteriormente, havia sido enviado para a Prisão Negra.- Pequeno amigo, agora você deve entender a gravidade da situação, certo? - Disse o ancião magro, com voz cheia de signific
- Sou eu. - Ademir deu um passo à frente.- Garoto, sabe as regras daqui? - O gordo o examinava de cima a baixo.- Que regras? - Ademir retrucou. - Todo mundo que entra aqui apanha, claro, quão leve ou pesado, quanto mais ou menos, depende de mim, entendeu? - Disse o gordo.- Então, vocês querem dinheiro? - Ademir arqueou uma sobrancelha.- Espertinho! - O gordo acenou com a cabeça, satisfeito. - Meus irmãos cuidam de vocês, esse lixo, todos os dias, uma pequena taxa de incômodo não é demais, né? - Enquanto falava, o gordo esfregava os dedos, com uma expressão de ganância.- Desculpe, não tenho dinheiro. - Ademir balançou a cabeça.- Sem dinheiro? - O gordo franziu a testa e seu semblante se escureceu. - Então escreva uma carta, peça dinheiro à sua família, quanto mais conseguir, mais leve será a surra.- Minha família é pobre, não tem como conseguir dinheiro. - Ademir deu de ombros.- Então é um pobretão, que perda de tempo. - O gordo cuspiu no chão e xingou. - Alguém! Levem esse gar
Uma cena repentina assustou a todos.Os guardas da prisão negra não eram indivíduos comuns. Cada um deles possuía habilidades extraordinárias e fortes. Do contrário, não conseguiriam conter os criminosos mais violentos e desesperados.Ninguém esperava que esses peritos fossem derrubados por Ademir num único confronto.Foi uma cena verdadeiramente assustadora. Claro, além do choque, havia um sentimento predominante de medo.Na prisão negra, havia muitos mestres habilidosos, incluindo até mesmo alguns com a força de um grande mestre. Atacar os guardas certamente alertaria as figuras poderosas por trás deles. As consequências seriam inimagináveis! - Jovem! Você tem muita coragem! Como ousa atacar alguém assim?! - Depois de se recompor, o homem gordo começou a rugir furiosamente. Não era a primeira vez que alguém desafiava a autoridade dele, mas o destino final desses desafiadores era sempre um sofrimento atroz.- E daí se eu ataquei? - Ademir respondeu com indiferença.- Você atacou algu
Um som estalado.O rosto do gordo foi deformado pelo golpe, sua corpulenta estrutura foi lançada a metros de distância, colidindo bruscamente contra a cela.Ele desmaiou na hora.Seu nariz torcido, boca enviesada, rosto distorcido, dentes todos caídos, uma visão verdadeiramente miserável.- Isso é ruim!Observando o gordo caído no chão como um cachorro morto, a expressão de todos mudou drasticamente.Embora o gordo não fosse competente, ele era de fato irmão do diretor da prisão.Bater nele era como ofender o diretor.Até a morte seria um luxo.- Jovem! Você causou um grande problema agora! - O velho magricela disse preocupado.- Seu louco! Entenda que nós somos a Gangue dos Arruaceiros, não loucos! - O fortão careca disse quase chorando.- Estamos perdidos, batemos no líder dos guardas, agora todos nós vamos sofrer por sua causa! - Todos entraram em pânico.Pensavam que era apenas um novato chegando, mas acabou sendo uma calamidade.Mal havia entrado na prisão e já estava causando um
Na Mansão dos Ribeiro, dentro de um certo escritório.- Pai, você realmente pretende deixar a Vanda se casar com o Samuel? - Gabriela franzia levemente as sobrancelhas, com alguma dificuldade em entender. Há pouco tempo, ela recebeu a notícia de que a família Ribeiro planejava mais uma vez uma aliança matrimonial com a família Gomes. E que, desta vez, os envolvidos na aliança seriam Vanda e Samuel.- Mesmo com a morte de Geraldo, o lado da família Gomes continua sendo um grande problema. Eles trouxeram à tona a questão do casamento novamente e escolheram a Vanda, eu realmente não consegui recusar. - Edson balançou a cabeça.- O que ele disse? Ele realmente deixaria sua filha pular para dentro do fogo? - Gabriela insistiu.- O problema é exatamente esse. - Edson suspirou levemente. – Com relação ao casamento, seu tio e sua prima, concordaram muito rápido, além de ter o apoio de um grupo de anciãos da família Ribeiro. Eu não tenho como interferir.- O quê? Eles concordaram? - Gabriela es
- O ajudante do Nicolas? O que ele está fazendo aqui? - Guilherme ficou um pouco surpreso.- Por enquanto, ainda não sabemos. - O guarda da prisão falou de cabeça baixa.- Tudo bem, deixe ele entrar. - Guilherme fez um sinal com a mão.- Sim.O guarda concordou e logo saiu. Após um momento, ele voltou, trazendo consigo um homem vestido de cinza.- Sr. Guilherme, bom dia.Assim que entrou, o homem de cinza prestou uma reverência respeitosa.Era preciso saber que esta pessoa, diferente dos diretores de prisões comuns, possuía um poder e uma rede de contatos tão extensos que até Nicolas tinha que dar algum respeito a ele.- Veio me procurar para quê? - Guilherme perguntou, cruzando as pernas.- Sr. Guilherme, estou aqui por ordem do Sr. Nicolas, para pedir uma pessoa. - O homem de cinza falou, de cabeça baixa.- Pedir uma pessoa? Quem? - Guilherme retrucou.- Um jovem chamado Ademir. - O homem de cinza respondeu diretamente.- Ademir? - Guilherme franziu o cenho. - Desculpe, mas eu não po