Aquela provocação fez com que Tristão não pudesse evitar um escurecimento em sua expressão, se sentindo menosprezado.- Tristão! Não pegue leve, acabe com ele! - Heloísa disse friamente.- Garoto! Vou mostrar como se humilha alguém! - Tristão deu um impulso com as pernas e subitamente avançou.Ao se aproximar, Tristão torceu o corpo e transformou suas palmas em uma sombra fugaz que desferiu um golpe feroz no queixo de Ademir. Esse movimento englobou tanto defesa quanto ataque, proporcionando flexibilidade para avançar ou recusar. As variações subsequentes eram inúmeras, tornando Tristão imprevisível. Ademir, sem mover os pés, levantou uma mão e a pressionou para baixo com força. Uma energia vital feroz, com força esmagadora, despedaçou a técnica de Tristão e atingiu seu peito com a palma da mão.Simples e eficaz. Tristão cuspiu sangue na hora, sendo lançado para trás instantaneamente, e finalmente bateu com força no carro. Um estrondo ressoou e o carro foi amassado com o impacto, fic
- Tio, quem é esse Sérgio que você acabou de mencionar? - Violeta perguntou, curiosa, enquanto observava o veículo se afastando.- Apenas um tolo, não precisa se preocupar com ele. - Ademir respondeu impulsivamente.Violeta sentiu um leve tique no canto do olho. Em seu coração, ela dedicou três segundos de silêncio a esse tal de Sérgio. Ele foi injustamente usado como bode expiatório, apesar de não saber de nada.Depois de voltar para a Gangue do Dragão Vermelho, Eusébio se despediu e partiu.Ademir, depois de guardar cuidadosamente a flor de lótus milenar, ainda encontrou tempo para ensinar a Violeta uma técnica de bastão.Violeta já tinha uma boa base, energia abundante e também habilidades básicas de combate. No entanto, seu estilo de ataque era muito limitado e faltava estratégia, tornando fácil para ela sofrer nas mãos de oponentes mais habilidosos.Como Violeta usava um bastão, então era apropriado treinar técnicas de bastão.Ademir, desde jovem, era habilidoso em diversas áreas,
- Beatriz, o que está acontecendo? - Ademir franziu a testa levemente.- Ontem fui visitar o patriarca da família Silva, que está doente. Hoje de manhã, no caminho de volta, fomos emboscados. Felizmente, um general que passava por lá nos salvou. - Explicou Beatriz.- Por que você foi para Cidade S sem me contar? Pelo menos eu poderia ter enviado alguém para te auxiliar. - Ademir disse, um pouco descontente.- Levei alguns guarda-costas comigo, mas não esperava um encontro desses. - Beatriz respondeu com certa resignação. Se fosse apenas um conflito comum, alguns guarda-costas seriam suficientes. Mas, uma tentativa de assassinato premeditado, claramente, não foi o bastante.- Você sabe quem foi o responsável? - Ademir perguntou.- Ainda não tenho certeza. - Beatriz balançou a cabeça.- Você acabou de visitar o ancião da Cidade S e foi alvo de um assassinato. Isso é muito conveniente. Se eu não estiver enganado, isso deve ter algo a ver com a família Silva. - Ademir estreitou os olhos.-
- Beatriz, você pode parar de fazer drama, por favor? - Ademir franziu a testa. - Se fosse qualquer outra coisa, mesmo que valesse uma fortuna, eu daria para você, mas essa raiz de ginseng, eu realmente não posso.- Sim! Sou eu fazendo drama! Se você não quer dar, então esquece, vou dar um jeito por conta própria! - Beatriz virou a cabeça, furiosa. Antes, não importava o que ela pedisse, Ademir quase sempre concordava. Mas agora, ela só queria uma raiz de ginseng, e ele recusou tão categoricamente. Era óbvio que ele não a levava mais a sério. Parece que, com um novo amor, ela, a antiga paixão, já não era mais importante.- Ademir! Minha filha está pedindo ginseng para você, é uma oportunidade de você mostrar seu valor. Não seja ingrato! - Eduarda disse firmemente.- Exatamente! Com a posição, beleza e status da minha prima, há muitos jovens talentosos loucos para dar o ginseng que ela deseja. Você deveria aproveitar essa oportunidade! - Quitéria falou, erguendo a cabeça orgulhosamente.
- Acabei de voltar ao quartel-general e passei por aqui por acaso, então decidi dar uma olhada. Espero que não tenha problema. - Thomas Peixoto sorriu.- É um prazer conhecê-lo, Sr. Thomas. - Assim que se deu conta, Beatriz rapidamente se levantou para cumprimentar o soldado. - Não precisa ser tão formal. - Thomas tocou delicadamente no ombro de Beatriz, indicando que ela poderia se deitar novamente. – Beatriz, você está machucada e precisa descansar bastante. - É só um arranhão, nada demais. - Beatriz sorriu levemente.- Beatriz, quem é este... - Ademir examinava o homem de cima a baixo, um tanto confuso. Pelo distintivo no ombro dele, ficava claro que era um general. Com cerca de trinta anos e já na patente de general, ele devia ter uma origem notável ou ser excecionalmente habilidoso. - Este é o Sr. Thomas, fui emboscada esta manhã e foi ele quem me salvou. - Beatriz apresentou.A experiência anterior ainda estava fresca em sua memória. Se não fosse pela chegada oportuna deste ho
- Sr. Thomas, agradeço sua gentileza, mas este ginseng de primeira linha é demais para mim aceitar. - Disse Beatriz, após a surpresa inicial, rapidamente se sentindo embaraçada. Ela ainda não tinha tido a chance de retribuir o favor que salvou a sua vida, e agora, se aceitasse o ginseng de alta qualidade dele, ela não sabia como retribuir o favor. - Srta. Beatriz, o ginseng é destinado para curar doenças. Não me serve de nada deixar guardado. É melhor você levar para salvar alguém. Considere isso como uma boa ação. – Disse Thomas, sorrindo. - Mas... - Antes que Beatriz pudesse responder, foi interrompida por Eduarda.- Vamos lá, Beatriz, é um gesto gentil do Sr. Thomas, aceite e encontre uma forma de retribuir depois. - Enquanto falava, ela fazia sinais com os olhos.- É isso aí, prima, salvar vidas é o que importa. Sem esse ginseng de primeira linha, como vamos tratar a doença do chefe da família? - Quitéria também a aconselhou.- Isso... - Beatriz ficou sem palavras. Embora fosse
- Eu só estou falando a verdade, é sempre bom ficar de olho. - Ademir disse calmamente.- Ademir, o Sr. Thomas não é a pessoa que você pensa. - Beatriz disse com uma expressão séria. Ela estava claramente descontente com a difamação de seu salvador.- O que você sabe sobre ele, realmente? Além do nome dele, o que mais você sabe? - Ademir perguntou em resposta.- Eu... - Beatriz foi pega de surpresa. Se recuperando, ela rapidamente corrigiu. - De qualquer forma, o Sr. Thomas não é uma má pessoa, não julgue os outros com sua mente mesquinha!- Mesquinho? Nobre? - Ademir sorriu ironicamente. - Sim, eu sou o mesquinho e ele o nobre. Já que vocês acreditam nele, eu, o mesquinho, vou embora para não atrapalhar. - Dito isso, ele se virou e saiu pela porta.- Ademir, espere. - Beatriz abriu a boca para tentar deter o jovem, mas percebeu que ele já tinha ido embora.- Deixe ele ir! Que mania irritante! Não pode nem ouvir uma palavra? - Eduarda disse com desprezo.- Exato! Um homem adulto agindo
Depois de ser empurrado para dentro do carro, Ademir não ofereceu resistência, se permitindo ser manobrado pelas pessoas ao seu redor. Inicialmente, seus olhos foram vendados, e em seguida, um capuz foi colocado sobre sua cabeça, assegurando que ele não visse nada. A viagem que se seguiu foi longa e repleta de solavancos, indicando que o veículo havia deixado a área urbana. Era evidente que esses agentes não faziam parte da delegacia de polícia. Não se sabe quanto tempo passou, mas quando Ademir começou a sentir sono, o veículo finalmente parou devagar. Ao abrir a porta do carro, foi atingido por um forte cheiro de sangue. Nesse odor, se misturava o fedor de corpos em decomposição, algo nauseante.- Chefe, que lugar é esse que você me trouxe? - Ademir perguntou, curioso.- Cale a boca! Entre! - Uma voz repreensiva soou aos seus ouvidos.Ademir foi forçado a avançar, atravessando várias barreiras, abrindo pesadas portas de ferro e, por fim, descendo num elevador até o subsolo. Após um