Noite, no escritório do segundo andar da Gangue do Dragão Vermelho.- Sr. Ademir, você foi realmente impressionante hoje! Não só bateu forte na cara da família Reis, mas também fez o nome da nossa gangue brilhar na Cidade N! Agora, mais de mil pessoas na Gangue do Dragão Vermelho admiram você profundamente! - Douglas, enquanto servia chá para Ademir, não parava de elogiar seu líder, transbordando de entusiasmo e excitação. Antes, ele estava sempre ansioso, com medo de que, se Ademir falhasse, a família Reis aproveitasse a oportunidade para se vingar. Quem diria que seu chefe seria tão poderoso, vencendo Raul contra todas as expectativas! Dessa forma, ficou famoso em apenas uma batalha!- Chega, você já disse isso oitocentas vezes, não tem algo novo para dizer? - Ademir falou, um tanto exasperado.Desde que voltou, Douglas não parou de elogiar, usando todos os adjetivos que conseguia pensar. Seu comportamento bajulador era tão evidente que parecia até que estava apaixonado:- Quer ouvir
- Provas? Onde estão? - Beatriz perguntou surpresa.- Estou carregando comigo. - Ademir parecia preparado, mostrando duas evidências. - Este é o relatório da autópsia, que prova que a morte de Carlos foi por envenenamento, e esta agulha negra é a arma do crime.- O quê? - Beatriz, um pouco confusa, começou a examinar cuidadosamente.- Se você não acredita em mim, pode mandar verificar por conta própria. - Ademir acrescentou.Apesar das provas, ainda era difícil convencer as pessoas sem identificar o assassino.- Não é necessário, eu acredito em você. - Beatriz falou com uma expressão complexa. - Na verdade, eu sei que você não é o assassino, tudo isso foi um mal-entendido desde o início.- Fico feliz que você pense assim. - Ademir sorriu levemente.- Desculpe, eu te entendi mal antes. Mas por favor entenda, eu realmente não tinha outra opção. A morte do meu irmão me deixou em grande dor e confusão, eu não sabia o que fazer. Estava com medo, receio de te perder também, medo de nos torna
- O que você está fazendo?! - Beatriz mudou de expressão e começou a se debater loucamente.Seu peito tremia a cada movimento, tornando ele ainda mais tentador.- Você não gosta de brincar? Então eu vou acompanhar até o fim! - Ademir disse com uma expressão fria.- Seu louco, pare já com isso! - Beatriz gritou furiosamente.- Ainda está atuando? A pele do seu rosto está caindo, você não percebeu? - Ademir disse.- O quê?Beatriz encolheu as pupilas e instintivamente estendeu a mão para tocar seu rosto. No entanto, no meio do caminho, ela de repente se deu conta. Independentemente de seu rosto estar danificado ou não, esse gesto já havia revelado sua falha.- Eu sempre achei que minha atuação era boa, mas não esperava que você descobrisse tão rápido. - Vendo que foi desmascarada, ela não se escondeu mais e estendeu a mão para o ouvido, puxando com força.Uma máscara de pele humana foi rapidamente arrancada. Beatriz desapareceu, substituída pelo rosto de uma mulher estranha. Ela era boni
Um grupo de mulheres mascaradas rapidamente desembainhou suas espadas e as colocou no pescoço de Beatriz. A lâmina afiada cortou a pele, e gotas de sangue fresco começaram a escorrer.A postura delas era clara: se Ademir ousasse fazer qualquer movimento, Beatriz morreria na hora. O rapaz, então, franziu a testa e finalmente soltou a mão.Havia muitas adversárias; ele não podia arriscar a vida de Beatriz.- Isso mesmo. - Valéria torceu o pescoço, com um ar de quem já ganhou. - Ademir, ser escolhido pelo meu mestre é uma honra para você. Basta você concordar, e seremos uma família. Mas, se você recusar, não só você morrerá, como todos ao seu redor também!- Precisa ser tão definitivo? - Perguntou Ademir, com o rosto sério.- Essa é a nossa maneira de fazer as coisas. Se não podemos ter um gênio como você, então o destruiremos. - Disse Valéria.- Você acha que pode me matar? - Ademir retrucou.- Sei que você é forte, mas eu vim preparada. - Valéria disse com um sorriso frio. - Naquela xíc
Valéria ficou petrificada. Ela olhou para Cecília, que sorria levemente, e depois baixou os olhos para a faca cravada em seu peito, seu rosto estampado com choque e surpresa. Nunca em seus sonhos mais selvagens ela imaginou que sua sorridente irmã discípula, no segundo seguinte, se tornaria sua assassina com tal decisão. Não havia um único sinal de aviso do início ao fim.- O quê? - Indagou Ademir, atordoado após a reviravolta súbita.Ele tinha mencionado isso casualmente, sem esperar nada, mas Cecília levou a sério! Não só isso, mas ela agiu com determinação, esfaqueando sua irmã mais velha no coração. Essa mulher era cruel e impiedosa ou simplesmente louca?- Por quê? - Valéria, com os olhos arregalados, lutou para falar. Em seu rosto, havia espanto, raiva, rancor, relutância, mas, acima de tudo, incompreensão. Ela simplesmente não podia entender por que Cecília a mataria. Por causa de uma frase de Ademir?- Irmã mais velha, não me olhe assim. Você ouviu, Ademir me pediu para matar v
- Ademir, eu traí e até matei minha irmã de ordem por você. Não acha que é muito cruel falar assim comigo? - Cecília disse com um olhar melancólico.- O que você realmente quer? - Ademir perguntou.- Não pense demais, eu só quero ser sua amiga, sem segundas intenções. - Cecília disse com um sorriso.- Eu não mereço uma amiga como você. Quem sabe um dia você não me apunhale pelas costas? - Ademir foi direto, fazendo ela rir.- Ademir, eu não teria coragem de te apunhalar. Se alguém fizer isso, seria você comigo. - Cecília riu sedutoramente.Ao ouvir isso, Ademir não pôde evitar um sorriso irônico."Essa mulher, parece que está falando de outra coisa?"- Se não tem mais nada, vou indo. - Ademir, não querendo se envolver mais, pegou a desmaiada Beatriz e se preparou para ir embora.- Espere. - Cecília de repente tirou um pequeno frasco de porcelana e o entregou a Ademir. - Isto é um antídoto para pó para músculos moles. Beba, senão os efeitos colaterais serão graves.- Não preciso, eu não
Na manhã seguinte, dentro do Grupo Silva.Quando Beatriz lentamente acordou, se viu deitada no sofá do escritório, coberta por um grosso cobertor. Ao lado, na mesa, havia um copo de leite quente. Ela esfregou a cabeça dolorida, suas memórias da noite anterior ainda um pouco turvas. Sua boca estava seca, então ela rapidamente pegou o leite e o bebeu de uma só vez. Após beber, seu estômago se aqueceu e o desconforto em seu corpo amenizou um pouco.- Beatriz, você acordou. - Nesse momento, Ademir entrou, carregando um café da manhã fumegante.- Por que é você que está aqui?Beatriz imediatamente franzia a testa, seu rosto ficando frio e distante.- Eu não sabia onde você mora, então te trouxe para passar a noite na empresa. - Disse Ademir, enquanto retirava o café da manhã da sacola.- Eu vou perguntar novamente. Por que você está aqui? - Beatriz questionou com uma voz fria.- Você não se lembra do que aconteceu ontem à noite? - Ademir perguntou, um pouco surpreso.- Ontem à noite? - Beat
Ambos estavam no trigésimo andar, saltar significaria se esmagar em pedaços, e Beatriz queria que Ademir desistisse e partisse logo.- Certo, eu vou saltar! - Exclamou Ademir, acenando com a cabeça. Sem hesitação, ele se virou e com um impulso, quebrou a janela de vidro e saltou do trigésimo andar.Beatriz ficou paralisada e atordoada por um momento.Ela só tinha falado aquilo de raiva, nunca em seus sonhos mais loucos imaginou que ele realmente saltaria.- Ademir! - Gritou Beatriz ao se recuperar do choque, correndo até a janela quebrada e olhando para baixo. Fora da janela, Ademir já havia desaparecido. Um humano, ao saltar de uma altura de cem metros, significaria morte certa, sem deixar rastros. Então, ela lamentou: - Como isso pode acontecer? Ademir, por que você foi tão tolo, por que saltou? O que eu vou fazer se você morrer? O que eu faço agora?Beatriz caiu de joelhos, se sentando diretamente no chão, chorando convulsivamente, suas lágrimas caíam como chuva.Beatriz se arrepend