Na manhã seguinte, dentro do Grupo Silva.Quando Beatriz lentamente acordou, se viu deitada no sofá do escritório, coberta por um grosso cobertor. Ao lado, na mesa, havia um copo de leite quente. Ela esfregou a cabeça dolorida, suas memórias da noite anterior ainda um pouco turvas. Sua boca estava seca, então ela rapidamente pegou o leite e o bebeu de uma só vez. Após beber, seu estômago se aqueceu e o desconforto em seu corpo amenizou um pouco.- Beatriz, você acordou. - Nesse momento, Ademir entrou, carregando um café da manhã fumegante.- Por que é você que está aqui?Beatriz imediatamente franzia a testa, seu rosto ficando frio e distante.- Eu não sabia onde você mora, então te trouxe para passar a noite na empresa. - Disse Ademir, enquanto retirava o café da manhã da sacola.- Eu vou perguntar novamente. Por que você está aqui? - Beatriz questionou com uma voz fria.- Você não se lembra do que aconteceu ontem à noite? - Ademir perguntou, um pouco surpreso.- Ontem à noite? - Beat
Ambos estavam no trigésimo andar, saltar significaria se esmagar em pedaços, e Beatriz queria que Ademir desistisse e partisse logo.- Certo, eu vou saltar! - Exclamou Ademir, acenando com a cabeça. Sem hesitação, ele se virou e com um impulso, quebrou a janela de vidro e saltou do trigésimo andar.Beatriz ficou paralisada e atordoada por um momento.Ela só tinha falado aquilo de raiva, nunca em seus sonhos mais loucos imaginou que ele realmente saltaria.- Ademir! - Gritou Beatriz ao se recuperar do choque, correndo até a janela quebrada e olhando para baixo. Fora da janela, Ademir já havia desaparecido. Um humano, ao saltar de uma altura de cem metros, significaria morte certa, sem deixar rastros. Então, ela lamentou: - Como isso pode acontecer? Ademir, por que você foi tão tolo, por que saltou? O que eu vou fazer se você morrer? O que eu faço agora?Beatriz caiu de joelhos, se sentando diretamente no chão, chorando convulsivamente, suas lágrimas caíam como chuva.Beatriz se arrepend
- Pronto, pare de chorar, eu ainda estou vivo, não é? - Disse Ademir, batendo nas costas de Beatriz, como um gesto de conforto.Era a primeira vez que os dois se abraçavam tão apertado, sentindo o perfume sedutor do outro e a incrível elasticidade contra seu peito.Ademir, por um momento, não pôde evitar se sentir atraído.- Você ainda tem coragem de falar? Você quase morreu agora há pouco! - Disse Beatriz, desferindo um soco no peito dele.- Eu não tinha escolha, foi você quem me mandou pular do prédio. - Retrucou Ademir, inocente.- Se eu mandar você comer merda, você come? - Indagou Beatriz, irritada.- Isso eu teria que pensar um pouco. - Refletiu Ademir, constrangido.- Pensaria um pouco antes de comer merda, mas não de pular de um prédio? O que você tem na cabeça? - Disse Beatriz, apontando o dedo indicador na testa de Ademir, pressionando com força.- Foi apenas um impulso naquele momento, eu prometo, não vai acontecer de novo. - Admitiu Ademir, rapidamente reconhecendo seu erro
- Filha! Que diabos de poção de amor esse desgraçado te deu? Como você pode confiar tanto nele? - Questionou Eduarda, chocada e furiosa.Ela realmente não esperava que sua filha tivesse caído tão baixo.Por causa de um homem nojento, ela ignorava a morte do próprio irmão e até defendia o assassino.Era simplesmente inacreditável!- Eu confio nele porque realmente há dúvidas sobre este caso, não quero acusar um inocente injustamente. - Explicou Beatriz.- Que absurdo! Esse cara à primeira vista já não parece nada bom, hoje eu tenho que levar ele para a delegacia! - Gritou Eduarda, pronta para agir.- Mãe, você não pode se acalmar um pouco? - Pediu Beatriz, impedindo sua mãe.- Sai da minha frente! - Ordenou Eduarda, furiosa, tentando empurrar sua filha.Mas Beatriz não cedeu, bloqueando Eduarda com seu corpo.Então, as duas começaram a se agarrar uma à outra.- Mãe! Me escuta, sobre esse assunto... - Pediu Beatriz. Beatriz estava prestes a dizer algo quando Eduarda, furiosa, desferiu u
Ao retornar para a Gangue do Dragão Vermelho, o celular de Ademir tocou repentinamente.Ao atender, era uma ligação de Violeta.Ela começou a falar imediatamente com um tom de urgência.- Tio! Temos um problema! Minha casa está em apuros! - Exclamou Violeta. - Problemas? Que tipo de problemas? - Questionou Ademir, franzindo a testa em sinal de preocupação.- Não sei ao certo, mas há muitas pessoas do lado de fora e duas escavadeiras. Parecem querer demolir minha casa à força. - Explicou Violeta.- Eles ousam demolir à força? Isso é demais! - Afirmou Ademir, com uma expressão séria. Pediu então: - Vocês tentem adiar a demolição um pouco, estou chegando.- Não podemos! Eles já começaram! - Respondeu Violeta. Enquanto falava, Violeta pareceu ter visto algo e gritou de repente: - Seus bastardos, como ousam bater no meu pai? Vou lutar com vocês!- Violeta! Não seja impulsiva! - Advertiu Ademir, tentando a acalmar, mas a ligação já havia sido encerrada.Era óbvio que Violeta estava em perig
- Isso aí! Bata neles! - Ecoou uma voz feminina. - Esses valentões que só intimidam os fracos merecem uma lição severa! - Gritou um homem alto e magro.Ao ver Violeta vencer com destreza, uma multidão ao redor começou a aplaudir e comemorar.Eram vizinhos da região que frequentemente sofriam assédio desses arruaceiros.Ao ver Violeta os derrotando, finalmente sentiram que a justiça estava sendo feita.- Violeta! Você é muito impulsiva, não deveria ter batido neles! - Ecoou uma voz masculina. Nesse momento, Reginaldo se aproximou mancando, com uma expressão preocupada no rosto.- Como assim não deveria? Eles estavam nos atacando, você queria que eu simplesmente aguentasse calada? - Retrucou Violeta, franzindo a testa.Ela esperava ser elogiada pelo pai por sua bravura, mas foi surpreendida por suas palavras.- Violeta, você é jovem e não entende a malícia da sociedade. Esses homens têm protetores influentes, e os agredindo, você só piorará a situação! - Disse Reginaldo, com uma expres
- O quê? - Questionou Violeta, atônita, olhando para o taco de beisebol que de repente se partiu. Violeta realmente não esperava que um taco de beisebol, mais grosso que seu braço, fosse simplesmente esmagado nas mãos de alguém."Que tipo de força monstruosa esse cara tem?"- Com essa pouca habilidade, ainda se atreve a atacar o Sr. Zeca? - Debochou o guarda-costas, rindo com desdém e chutando diretamente o abdômen de Violeta.Ela soltou um grunhido abafado, sendo arremessada a dois ou três metros de distância, caindo pesadamente no chão.O sangue fresco escorria do canto de sua boca.Por um momento, ela não conseguia nem se levantar.Nesse momento, ela já havia esgotado toda a sua energia, seu corpo estava no limite, sem mais força para revidar.Mas seus olhos ainda mostravam uma determinação feroz, sem sinal de rendição.- Garota insolente, não pense que por saber um pouco de luta, pode se exibir na minha frente. Na minha Gangue do Tigre, há muitos mestres. Lidar com alguém como voc
- Moleque! De onde você surgiu? Como ousa se meter nos meus assuntos? - Disse Zeca, com um olhar hostil.- Quem ouve falar da Gangue do Tigre não sente um arrepio na espinha? - Murmurou um homem alto.- Este sujeito aqui se atreve a ajudar, será que ele realmente não teme a morte? - Comentou uma mulher robusta. - As casas que vocês destruíram, paguem dez vezes mais. As mãos que usaram para bater, quero que as cortem. Assim, eu deixo vocês escaparem. - Disse Ademir.- Nos deixar escapar? - Disse Zeca. Ao ouvir isso, Zeca não pôde evitar de rir alto, olhando como se Ademir fosse um idiota e disse: - Garoto! Você sabe o que está falando? Quer ser o herói, mas nem se olha no espelho para ver quem realmente é!- Quem é esse jovem atrevido se metendo nos assuntos da Gangue do Tigre? Está cansado de viver? - Comentou uma senhora. - Coragem admirável, mas falta cérebro. - Murmurou o senhor grisalho. - A fama terrível da Gangue do Tigre, utiliza métodos brutais, esse cara vai se dar mal hoje