Um grupo de mulheres mascaradas rapidamente desembainhou suas espadas e as colocou no pescoço de Beatriz. A lâmina afiada cortou a pele, e gotas de sangue fresco começaram a escorrer.A postura delas era clara: se Ademir ousasse fazer qualquer movimento, Beatriz morreria na hora. O rapaz, então, franziu a testa e finalmente soltou a mão.Havia muitas adversárias; ele não podia arriscar a vida de Beatriz.- Isso mesmo. - Valéria torceu o pescoço, com um ar de quem já ganhou. - Ademir, ser escolhido pelo meu mestre é uma honra para você. Basta você concordar, e seremos uma família. Mas, se você recusar, não só você morrerá, como todos ao seu redor também!- Precisa ser tão definitivo? - Perguntou Ademir, com o rosto sério.- Essa é a nossa maneira de fazer as coisas. Se não podemos ter um gênio como você, então o destruiremos. - Disse Valéria.- Você acha que pode me matar? - Ademir retrucou.- Sei que você é forte, mas eu vim preparada. - Valéria disse com um sorriso frio. - Naquela xíc
Valéria ficou petrificada. Ela olhou para Cecília, que sorria levemente, e depois baixou os olhos para a faca cravada em seu peito, seu rosto estampado com choque e surpresa. Nunca em seus sonhos mais selvagens ela imaginou que sua sorridente irmã discípula, no segundo seguinte, se tornaria sua assassina com tal decisão. Não havia um único sinal de aviso do início ao fim.- O quê? - Indagou Ademir, atordoado após a reviravolta súbita.Ele tinha mencionado isso casualmente, sem esperar nada, mas Cecília levou a sério! Não só isso, mas ela agiu com determinação, esfaqueando sua irmã mais velha no coração. Essa mulher era cruel e impiedosa ou simplesmente louca?- Por quê? - Valéria, com os olhos arregalados, lutou para falar. Em seu rosto, havia espanto, raiva, rancor, relutância, mas, acima de tudo, incompreensão. Ela simplesmente não podia entender por que Cecília a mataria. Por causa de uma frase de Ademir?- Irmã mais velha, não me olhe assim. Você ouviu, Ademir me pediu para matar v
- Ademir, eu traí e até matei minha irmã de ordem por você. Não acha que é muito cruel falar assim comigo? - Cecília disse com um olhar melancólico.- O que você realmente quer? - Ademir perguntou.- Não pense demais, eu só quero ser sua amiga, sem segundas intenções. - Cecília disse com um sorriso.- Eu não mereço uma amiga como você. Quem sabe um dia você não me apunhale pelas costas? - Ademir foi direto, fazendo ela rir.- Ademir, eu não teria coragem de te apunhalar. Se alguém fizer isso, seria você comigo. - Cecília riu sedutoramente.Ao ouvir isso, Ademir não pôde evitar um sorriso irônico."Essa mulher, parece que está falando de outra coisa?"- Se não tem mais nada, vou indo. - Ademir, não querendo se envolver mais, pegou a desmaiada Beatriz e se preparou para ir embora.- Espere. - Cecília de repente tirou um pequeno frasco de porcelana e o entregou a Ademir. - Isto é um antídoto para pó para músculos moles. Beba, senão os efeitos colaterais serão graves.- Não preciso, eu não
Na manhã seguinte, dentro do Grupo Silva.Quando Beatriz lentamente acordou, se viu deitada no sofá do escritório, coberta por um grosso cobertor. Ao lado, na mesa, havia um copo de leite quente. Ela esfregou a cabeça dolorida, suas memórias da noite anterior ainda um pouco turvas. Sua boca estava seca, então ela rapidamente pegou o leite e o bebeu de uma só vez. Após beber, seu estômago se aqueceu e o desconforto em seu corpo amenizou um pouco.- Beatriz, você acordou. - Nesse momento, Ademir entrou, carregando um café da manhã fumegante.- Por que é você que está aqui?Beatriz imediatamente franzia a testa, seu rosto ficando frio e distante.- Eu não sabia onde você mora, então te trouxe para passar a noite na empresa. - Disse Ademir, enquanto retirava o café da manhã da sacola.- Eu vou perguntar novamente. Por que você está aqui? - Beatriz questionou com uma voz fria.- Você não se lembra do que aconteceu ontem à noite? - Ademir perguntou, um pouco surpreso.- Ontem à noite? - Beat
Ambos estavam no trigésimo andar, saltar significaria se esmagar em pedaços, e Beatriz queria que Ademir desistisse e partisse logo.- Certo, eu vou saltar! - Exclamou Ademir, acenando com a cabeça. Sem hesitação, ele se virou e com um impulso, quebrou a janela de vidro e saltou do trigésimo andar.Beatriz ficou paralisada e atordoada por um momento.Ela só tinha falado aquilo de raiva, nunca em seus sonhos mais loucos imaginou que ele realmente saltaria.- Ademir! - Gritou Beatriz ao se recuperar do choque, correndo até a janela quebrada e olhando para baixo. Fora da janela, Ademir já havia desaparecido. Um humano, ao saltar de uma altura de cem metros, significaria morte certa, sem deixar rastros. Então, ela lamentou: - Como isso pode acontecer? Ademir, por que você foi tão tolo, por que saltou? O que eu vou fazer se você morrer? O que eu faço agora?Beatriz caiu de joelhos, se sentando diretamente no chão, chorando convulsivamente, suas lágrimas caíam como chuva.Beatriz se arrepend
- Pronto, pare de chorar, eu ainda estou vivo, não é? - Disse Ademir, batendo nas costas de Beatriz, como um gesto de conforto.Era a primeira vez que os dois se abraçavam tão apertado, sentindo o perfume sedutor do outro e a incrível elasticidade contra seu peito.Ademir, por um momento, não pôde evitar se sentir atraído.- Você ainda tem coragem de falar? Você quase morreu agora há pouco! - Disse Beatriz, desferindo um soco no peito dele.- Eu não tinha escolha, foi você quem me mandou pular do prédio. - Retrucou Ademir, inocente.- Se eu mandar você comer merda, você come? - Indagou Beatriz, irritada.- Isso eu teria que pensar um pouco. - Refletiu Ademir, constrangido.- Pensaria um pouco antes de comer merda, mas não de pular de um prédio? O que você tem na cabeça? - Disse Beatriz, apontando o dedo indicador na testa de Ademir, pressionando com força.- Foi apenas um impulso naquele momento, eu prometo, não vai acontecer de novo. - Admitiu Ademir, rapidamente reconhecendo seu erro
- Filha! Que diabos de poção de amor esse desgraçado te deu? Como você pode confiar tanto nele? - Questionou Eduarda, chocada e furiosa.Ela realmente não esperava que sua filha tivesse caído tão baixo.Por causa de um homem nojento, ela ignorava a morte do próprio irmão e até defendia o assassino.Era simplesmente inacreditável!- Eu confio nele porque realmente há dúvidas sobre este caso, não quero acusar um inocente injustamente. - Explicou Beatriz.- Que absurdo! Esse cara à primeira vista já não parece nada bom, hoje eu tenho que levar ele para a delegacia! - Gritou Eduarda, pronta para agir.- Mãe, você não pode se acalmar um pouco? - Pediu Beatriz, impedindo sua mãe.- Sai da minha frente! - Ordenou Eduarda, furiosa, tentando empurrar sua filha.Mas Beatriz não cedeu, bloqueando Eduarda com seu corpo.Então, as duas começaram a se agarrar uma à outra.- Mãe! Me escuta, sobre esse assunto... - Pediu Beatriz. Beatriz estava prestes a dizer algo quando Eduarda, furiosa, desferiu u
Ao retornar para a Gangue do Dragão Vermelho, o celular de Ademir tocou repentinamente.Ao atender, era uma ligação de Violeta.Ela começou a falar imediatamente com um tom de urgência.- Tio! Temos um problema! Minha casa está em apuros! - Exclamou Violeta. - Problemas? Que tipo de problemas? - Questionou Ademir, franzindo a testa em sinal de preocupação.- Não sei ao certo, mas há muitas pessoas do lado de fora e duas escavadeiras. Parecem querer demolir minha casa à força. - Explicou Violeta.- Eles ousam demolir à força? Isso é demais! - Afirmou Ademir, com uma expressão séria. Pediu então: - Vocês tentem adiar a demolição um pouco, estou chegando.- Não podemos! Eles já começaram! - Respondeu Violeta. Enquanto falava, Violeta pareceu ter visto algo e gritou de repente: - Seus bastardos, como ousam bater no meu pai? Vou lutar com vocês!- Violeta! Não seja impulsiva! - Advertiu Ademir, tentando a acalmar, mas a ligação já havia sido encerrada.Era óbvio que Violeta estava em perig