Neste momento, Dimitri, que estava em silêncio até então, finalmente falou:- Enrico, as regras do submundo não podem ser quebradas. Uma vez que se entra no ringue, viver ou morrer depende apenas da própria habilidade.- Mas meu filho... - Enrico tentou retrucar, mas foi interrompido pelo olhar frio de Dimitri:- O quê? Está tentando provocar minha raiva?- De maneira nenhuma. - Enrico apertou os dentes e abaixou a cabeça.A posição de Dimitri era incontestável, seja em termos de prestígio no submundo ou poder familiar. A família Reis não se comparava.- Enrico, leve seu filho rapidamente ao Vale do Rei da Medicina. Se conseguir convencer o Rei dos Remédios a te ajudar, talvez haja uma chance de salvar seu filho. - Dimitri sugeriu.- Alguém! Prepare o carro imediatamente!Assim que se deu conta, Enrico, sem hesitar, correu para fora do campo de batalha com seu filho nos braços. Os membros da família Reis o seguiram apressadamente. Naquele momento, tratar os ferimentos era mais importan
Fora do portão da família Reis.Um carro de luxo ligava o motor, deixando para trás um grupo de pessoas que corriam atrás dele. Não demorou muito para que desaparecesse ao longe.- Ainda bem que saímos rápido, senão nem teríamos tempo para conversar.Dimitri olha para trás, vendo as pessoas frenéticas no portão da Caminho Marcial, admirando sua própria previsão.- Não é tão sério assim, é? - Ademir se mostrava um pouco confuso.- Parece que você ainda não sabe o quão valioso é. - Dimitri sorriu e balançou a cabeça. - Você derrotou Raul, o que já prova sua força e talento. Em toda a Cidade N, entre os mais jovens, há poucos que podem se igualar a você. Agora, muitos poderosos querem te trazer para o seu lado.- Que incômodo, eu deveria ter sido mais discreto. - Suspirou Ademir levemente.Ele desafiou Raul simplesmente para advertir a família Reis para não mexerem com ele. Porém, não esperava que eles, para criar alvoroço, convidasse tantas pessoas para assistir. No fim, a tentativa dele
Ademir sorriu amargamente:- Tudo bem, afinal, são apenas algumas lutas. Eu aceito.Problemas que podem ser resolvidos com força não são realmente problemas.- Ótimo, então está decidido. - Dimitri sorriu levemente.- Sr. Dimitri, se você já se aposentou, por que ainda se preocupa com os assuntos da aliança? - Ademir perguntou, um tanto resignado.- Embora eu não esteja mais na aliança, meu coração ainda está lá. Além disso, o atual líder da aliança é meu principal discípulo. Por que não posso ajudar a recrutar talentos para ele? - Dimitri respondeu, sorrindo.- Você é realmente impressionante, eu o admiro. - Ademir fez um gesto de respeito com as mãos.- Chega, pare de me elogiar. Para onde vamos? Eu te dou uma carona.- Estou voltando para A Gangue do Dragão Vermelho....À tarde. No Vale do Rei da Medicina.Raul jazia pálido em uma cama de jade, coberto de suor. Vários médicos de branco cuidavam dele com extrema cautela. Quanto a Enrico, só podia ficar de pé ao lado, visivelmente an
Noite, no escritório do segundo andar da Gangue do Dragão Vermelho.- Sr. Ademir, você foi realmente impressionante hoje! Não só bateu forte na cara da família Reis, mas também fez o nome da nossa gangue brilhar na Cidade N! Agora, mais de mil pessoas na Gangue do Dragão Vermelho admiram você profundamente! - Douglas, enquanto servia chá para Ademir, não parava de elogiar seu líder, transbordando de entusiasmo e excitação. Antes, ele estava sempre ansioso, com medo de que, se Ademir falhasse, a família Reis aproveitasse a oportunidade para se vingar. Quem diria que seu chefe seria tão poderoso, vencendo Raul contra todas as expectativas! Dessa forma, ficou famoso em apenas uma batalha!- Chega, você já disse isso oitocentas vezes, não tem algo novo para dizer? - Ademir falou, um tanto exasperado.Desde que voltou, Douglas não parou de elogiar, usando todos os adjetivos que conseguia pensar. Seu comportamento bajulador era tão evidente que parecia até que estava apaixonado:- Quer ouvir
- Provas? Onde estão? - Beatriz perguntou surpresa.- Estou carregando comigo. - Ademir parecia preparado, mostrando duas evidências. - Este é o relatório da autópsia, que prova que a morte de Carlos foi por envenenamento, e esta agulha negra é a arma do crime.- O quê? - Beatriz, um pouco confusa, começou a examinar cuidadosamente.- Se você não acredita em mim, pode mandar verificar por conta própria. - Ademir acrescentou.Apesar das provas, ainda era difícil convencer as pessoas sem identificar o assassino.- Não é necessário, eu acredito em você. - Beatriz falou com uma expressão complexa. - Na verdade, eu sei que você não é o assassino, tudo isso foi um mal-entendido desde o início.- Fico feliz que você pense assim. - Ademir sorriu levemente.- Desculpe, eu te entendi mal antes. Mas por favor entenda, eu realmente não tinha outra opção. A morte do meu irmão me deixou em grande dor e confusão, eu não sabia o que fazer. Estava com medo, receio de te perder também, medo de nos torna
- O que você está fazendo?! - Beatriz mudou de expressão e começou a se debater loucamente.Seu peito tremia a cada movimento, tornando ele ainda mais tentador.- Você não gosta de brincar? Então eu vou acompanhar até o fim! - Ademir disse com uma expressão fria.- Seu louco, pare já com isso! - Beatriz gritou furiosamente.- Ainda está atuando? A pele do seu rosto está caindo, você não percebeu? - Ademir disse.- O quê?Beatriz encolheu as pupilas e instintivamente estendeu a mão para tocar seu rosto. No entanto, no meio do caminho, ela de repente se deu conta. Independentemente de seu rosto estar danificado ou não, esse gesto já havia revelado sua falha.- Eu sempre achei que minha atuação era boa, mas não esperava que você descobrisse tão rápido. - Vendo que foi desmascarada, ela não se escondeu mais e estendeu a mão para o ouvido, puxando com força.Uma máscara de pele humana foi rapidamente arrancada. Beatriz desapareceu, substituída pelo rosto de uma mulher estranha. Ela era boni
Um grupo de mulheres mascaradas rapidamente desembainhou suas espadas e as colocou no pescoço de Beatriz. A lâmina afiada cortou a pele, e gotas de sangue fresco começaram a escorrer.A postura delas era clara: se Ademir ousasse fazer qualquer movimento, Beatriz morreria na hora. O rapaz, então, franziu a testa e finalmente soltou a mão.Havia muitas adversárias; ele não podia arriscar a vida de Beatriz.- Isso mesmo. - Valéria torceu o pescoço, com um ar de quem já ganhou. - Ademir, ser escolhido pelo meu mestre é uma honra para você. Basta você concordar, e seremos uma família. Mas, se você recusar, não só você morrerá, como todos ao seu redor também!- Precisa ser tão definitivo? - Perguntou Ademir, com o rosto sério.- Essa é a nossa maneira de fazer as coisas. Se não podemos ter um gênio como você, então o destruiremos. - Disse Valéria.- Você acha que pode me matar? - Ademir retrucou.- Sei que você é forte, mas eu vim preparada. - Valéria disse com um sorriso frio. - Naquela xíc
Valéria ficou petrificada. Ela olhou para Cecília, que sorria levemente, e depois baixou os olhos para a faca cravada em seu peito, seu rosto estampado com choque e surpresa. Nunca em seus sonhos mais selvagens ela imaginou que sua sorridente irmã discípula, no segundo seguinte, se tornaria sua assassina com tal decisão. Não havia um único sinal de aviso do início ao fim.- O quê? - Indagou Ademir, atordoado após a reviravolta súbita.Ele tinha mencionado isso casualmente, sem esperar nada, mas Cecília levou a sério! Não só isso, mas ela agiu com determinação, esfaqueando sua irmã mais velha no coração. Essa mulher era cruel e impiedosa ou simplesmente louca?- Por quê? - Valéria, com os olhos arregalados, lutou para falar. Em seu rosto, havia espanto, raiva, rancor, relutância, mas, acima de tudo, incompreensão. Ela simplesmente não podia entender por que Cecília a mataria. Por causa de uma frase de Ademir?- Irmã mais velha, não me olhe assim. Você ouviu, Ademir me pediu para matar v