- Prima! Acabei de receber uma ligação da minha mãe, dizendo que alguém viu o Breno jantando fora. Ela e a tia já estão a caminho, e pediu a nossa ajuda para pegar ele! - Respondeu Quitéria.- Breno? Esse trapaceiro ainda tem coragem de aparecer? - Beatriz franziu as sobrancelhas.Recentemente, por causa daquele terreno abandonado, sua família quase foi à falência, até que Ademir o comprou.Naturalmente, ela tinha um desgosto especial por Breno.- Ademir! Pare de ficar aí parado, vá logo pegar o carro. Hoje vamos que recuperar todo o dinheiro que Breno nos roubou! - Disse Quitéria indignada.- Mas eu já comprei aquele terreno abandonado, vocês não perderam dinheiro, por que tanta agitação? - Ademir estava confuso.- O que você está dizendo? Trapaceiros como Breno merecem ser punidos, temos que fazer justiça! - Quitéria falou com convicção.- É mesmo? - Sorriu Ademir.Justiça, claro, era só uma desculpa.Provavelmente, eles não queriam admitir que foram enganados e queriam recuperar alg
Assim que Eduarda entrou, começou a gritar e a xingar com veemência.Para se impor ainda mais, ela levou algumas mulheres robustas e barulhentas para apoiá-la.- Como vocês vieram parar aqui?Breno mudou de cor e, inexplicavelmente, sentiu-se culpado.Não esperava que um simples jantar terminasse em caos completo.- Não importa! Viemos buscar o que é nosso, charlatão! - Exclamou Rosana, com os olhos arregalados.- Exato! Você nos enganou, levou nosso dinheiro e ainda tem a cara de pau de comer e beber aqui, é o cúmulo da falta de vergonha! Eduarda colocou as mãos na cintura.- Breno, quem são essas mulheres barulhentas? Quer que eu as expulse?Alguns amigos próximos olharam ameaçadoramente.Breno era um convidado importante para eles, então precisavam se mostrar úteis.- Não, não, eu conheço elas. - Breno disse rapidamente. - Vocês podem ir, tenho um assunto pessoal para resolver. Outro dia eu os convido para jantar novamente.Dizendo isso, ele gentilmente pediu que saíssem.- Breno,
Elas haviam chegado furiosas para cobrar a dívida, estavam até mesmo preparadas para usar violência se necessário.Se Breno ousasse qualquer truque, elas estavam prontas para bater nele.No entanto, para surpresa delas, ele não só admitiu o erro, mas também insistiu em compensar o prejuízo delas.Por um momento, as duas ficaram vacilantes.Seria Breno realmente inocente?- Breno, se você também foi enganado, como vai conseguir tanto dinheiro para pagar a dívida? - Questionou Eduarda, desconfiada.- Realmente não tenho dinheiro, mas posso pedir emprestado. - Breno suspirou. - Tenho alguns contatos na capital, conheço muitos amigos. Aqueles que vocês viram mais cedo, eu os convidei para jantar justamente para pedir dinheiro emprestado e cobrir o prejuízo de vocês.Ao ouvir isso, as duas finalmente se comoveram.Pedir dinheiro emprestado para pagar uma dívida mostrava um caráter louvável.Parecia que elas realmente haviam entendido mal a situação.- Breno, então você conseguiu o dinheiro?
Assim que Eduarda terminou de falar, três pessoas entraram no restaurante.Eram Ademir, Beatriz e Quitéria.- Breno! Quando Quitéria entrou, ela logo notou Breno no camarote, então avançou furiosamente.- Quitéria, me escuta... Breno tentou manipular a situação, mas Quitéria o interrompeu com um tapa forte no rosto. Ele ficou atordoado, segurando o rosto, sem falar nada por um momento.- Filha! Como você sai batendo nas pessoas assim? - Rosana rapidamente a repreendeu. - Mãe! Por que você ainda protege ele? Esse mentiroso merece uma surra! - Quitéria furiosa. Já não bastava ter sido enganada no amor, ela não suportava ter sido engana nos negócios também.- Você está enganada! Breno não é um mentiroso! - Rosana rapidamente puxou a filha para o lado. - Ele não é um mentiroso? Então eu sou? Mãe! Como você pode defender ele? - Quitéria ainda estava furiosa.- Não se apresse, me deixe explicar... Sem hesitar, Rosana rapidamente repetiu o que Breno tinha dito, explicando com e
Isso sim é um verdadeiro homem! Um verdadeiro herói!- Ademir, hoje é seu dia de sorte, Breno está disposto a comprar aquele seu prédio inacabado. Você não vai agradecer? - Quitéria disse com orgulho.- Agradecer não é necessário, somos amigos, e eu não suporto te ver prejudicado. Traga o contrato que vamos fazer o negócio aqui mesmo. - Breno disse com um sorriso.- Eu disse que queria negociar com você? - Ademir soltou de repente.- O quê?Breno ficou atônito, surpreso.Quitéria e os outros também pareciam perplexos, sem entender.Aquele cara enlouqueceu?Por que ele recusaria dinheiro e ficaria com um monte de lixo?- Ademir, você não ouviu o que eu disse? Aquele prédio não vale nada, para que você quer ele? Melhor vender para mim. - Breno tentou persuadí-lo.- Se não vale nada, por que você o quer? - Ademir retrucou.- Claro que é para o seu bem. - Breno falou seriamente. - No final das contas, a culpa é minha, eu que confiei nas pessoas erradas, mas não posso prejudicar vocês. Entã
Beatriz hesitou várias vezes antes de falar.Ademir, observando isso, não pôde deixar de sorrir e disse:- Se tem algo que quer perguntar, pergunte.- Eu estou intrigada, por que você não concordou em vender o prédio inacabado para Breno? - Beatriz finalmente falou. - Todos sabem que aquele terreno não vale nada, mantê-lo não tem valor algum. Você deveria vender e minimizar as perdas.Embora anteriormente tivesse jurado que não se envolveria nos assuntos de Ademir, ela estava um pouco relutante ao ver que ele perdeu uma boa oportunidade.- Se todos acham que não vale nada, então por que Breno quer comprar? - Ademir devolveu a pergunta.- Ele não disse agora pouco? Que todos somos amigos e ele não quer te prejudicar. - Beatriz respondeu.- Você acha que Breno tem boas intenções? - Ademir sorriu significativamente. - Se ele realmente fosse responsável e comprometido, não teria desaparecido antes.- Isso...Beatriz franziu as sobrancelhas, pensativa.Ela inicialmente tinha suas dúvidas so
- Não se preocupe, posso morar em uma casa menor. Vocês, jovens, têm muita pressão. Nós, os mais velhos, devemos aliviar o fardo de vocês.- Eu não tenho nenhum fardo, estou vivendo muito bem.Os dois conversavam ao telefone, indo e vindo, mas sem dizer a verdade.Eduarda tratava Ademir como um tolo, e Ademir, com um sorriso no rosto, fingia ser um.Mas Beatriz, no banco do passageiro, já estava cansada de ouvir.Ela acreditava completamente nas palavras de Ademir. Senão, sua mãe nunca seria tão calorosa.Quando enganava os outros, ela ficava toda sorridente.Agora que sabia que tinha feito um mau negócio, não só escondia a verdade, mas ainda agia com grande dignidade, planejando recomprar pelo preço original.Que ganância!- Por que você não aceita um conselho? Estou fazendo isso pelo seu bem, me venda logo esse prédio inacabado! - Eduarda começou a se irritar.Se não fosse pelo dinheiro, ela o teria xingado sem pensar duas vezes.- Tia, por que está tão ansiosa para comprar o prédio
Ao cair da tarde, em um cassino subterrâneo.Carlos estava eufórico jogando pôquer do Texas, ao seu lado, sentava-se uma garota de cabelos curtos e vestimenta sensual.Pela quantidade de fichas na mesa, era evidente que ambos tinham ganhado bastante.- Eu tenho um par de damas, revele suas cartas! - Exclamou Carlos.De repente, um homem de nariz adunco do outro lado da mesa virou suas cartas abruptamente.- Um mero par de damas ousando me enfrentar? Abra bem os olhos e veja, eu tenho um trio de seis! - Provocou o homem.Carlos sorriu ironicamente e revelou suas cartas, mais dois seis.Junto com o seis já presente nas cinco cartas comunitárias, formava um trio.As regras do pôquer do Texas eram simples: cinco cartas comunitárias e duas na mão, combinando-se para formar a melhor mão de cinco cartas.Um straight flush é o mais alto, seguido por quatro iguais, full house, flush, trio, dois pares, um par, e a carta alta.- Carlos! Você ganhou de novo, incrível! - A garota de cabelos curtos