- Pai, como você pode dizer isso? Você sempre foi o chefe da família. - Délcio disse, com um sorriso forçado.- Então, já que vocês ainda me reconhecem como chefe da família, me permitam dizer algumas palavras. - Fabio olhou ao redor. - Ademir salvou minha vida e ajudou nossa família Ribeiro várias vezes. Ele é um benfeitor da nossa família. Se alguém tentar prendê-lo hoje, terá que enfrentar a mim!- O quê? – Délcio perguntou. A expressão no rosto de todos mudou ao ouvir as palavras de Fábio. Ninguém esperava que, neste momento, o patriarca apoiasse Ademir.- Pai! Esse cara matou a Srta. Carina da família Gomes! Se não o prendermos, toda a nossa família Ribeiro poderá ser prejudicada! - Délcio falou, com um semblante sério.- É, pai! Todos nós estamos pensando no bem da família! - Décio acrescentou.- Palavras nobres, mas vejo que vocês estão apenas com medo! - Fabio bateu no chão com sua bengala. - A família Gomes já está abusando de nós, e vocês, além de não reagirem, ainda querem
Antes de conhecer a verdade, a família Ribeiro ainda mantinha uma esperança. No entanto, depois da grande revelação, eles entenderam que fugir e ter medo não serviria para nada. Se até o patriarca da família Ribeiro foi atacado, por que a família Gomes se importaria com eles?- Então ninguém tem nada a dizer? Da próxima vez, usem a cabeça! - Repreendeu Fabio, se voltando para Ademir. - Ademir, peço desculpas. Foi um erro da minha parte que você tenha sofrido tal injustiça. - Sr. Fabio, o senhor é muito gentil. A família Ribeiro pode ter alguns ingratos, mas também há aqueles que são sensatos. -Ademir sorriu. - Que vergonha. Se você não tivesse intervindo e capturado o verdadeiro culpado, não sei o que teria acontecido conosco. - Fabio suspirou. A família Ribeiro se considera uma família rica e nobre, cheia de pessoas talentosas, mas quando o patriarca teve problemas, tiveram que contar com um jovem para salvar a situação.- Pai, mas o verdadeiro culpado foi apreendido pelos nossos gu
A noite passada realmente tinha sido difícil, mas, felizmente, tudo havia sido esclarecido sem maiores perigos.- Gabriela, o que aconteceu com seu rosto? - Nesse momento, Edson pareceu notar algo e seu sorriso abruptamente se desfez.- É apenas um pequeno machucado, nada demais. - Gabriela não parecia se importar.- O que de fato aconteceu? - Edson franziu a testa.- Edson, enquanto você estava detido, muitas coisas aconteceram... - Ursula se aproximou e sussurrou algo em seu ouvido.Ouvindo aquilo, Edson ficou imediatamente furioso:- De novo a família Gomes? Eles estão realmente passando dos limites! - Não bastava incriminá-lo, ainda ousaram machucar sua filha. Era intolerável!- Pai, não precisa se preocupar. Estou bem agora. – Gabriela tentou confortar Edson.- Gabriela, me sinto responsável por deixar você passar por tudo isso. - Edson estava angustiado. Ele se culpava por ter concordado com o acordo matrimonial com os Gomes, sem compreender o quão cruéis eles poderiam ser. .- P
Na manhã, no escritório do presidente do Grupo Silva. Beatriz estava tomando café enquanto analisava os relatórios financeiros. Nesse momento, alguém bateu na porta. - Entre. - Beatriz colocou a xícara de café de lado.- Presidenta Beatriz, você queria falar comigo? - Ademir entrou no escritório. Como chefe da segurança, ele se reportava diariamente ao escritório. - Onde você estava ontem? Não consegui te ligar - Beatriz perguntou, sondando. - Um amigo estava em apuros, fui ajudar. - Ademir deu um sorriso sem jeito. - Amigo? Não me diga que era a Gabriela? - Beatriz arqueou uma sobrancelha, parecendo desconfiada. - Não é à toa que você está tão solícito, foi encontrar uma mulher bonita. - Presidenta Beatriz, você me chamou aqui só para falar sobre isso? - Ademir rapidamente mudou de assunto. Se continuassem falando, Beatriz provavelmente ficaria com ciúmes. - Eu sou tão desocupada assim? - Beatriz rolou os olhos. - Chamei você porque temos um assunto sério. Hoje vamos re
Nos olhos, havia um toque de insinuação. Ademir, por outro lado, olhava fixamente para Srta. Cecília sem qualquer restrição. Ele sempre sentiu que ela parecia familiar, como se já a tivesse visto antes. No entanto, não conseguia lembrar onde. Era uma sensação muito estranha.- Você continua olhando! - Beatriz percebeu rapidamente que algo estava errado e pisou forte no pé de Ademir como um aviso. "Uma olhada é suficiente, mas ele olha de novo. Ele ficou tão ousado em tão poucos dias? Ele realmente não sabe ser discreto."- Presidenta Beatriz, há algumas partes aqui que eu não entendo bem. Poderia me explicar? – A Srta. Cecília colocou os documentos sobre a mesa e apontou para algumas áreas complicadas.- Claro. - Com um sorriso no rosto, Beatriz deu uma explicação detalhada para a Srta. Cecília. No entanto, ela não estava realmente prestando atenção. Secretamente, ela tirou seus saltos altos e, com seus pés cobertos por meias de nylon, tocou levemente no sapato de Ademir.- O quê? - Ad
- Ademir! O que você está fazendo?! - Os olhos de Beatriz se arregalaram, como se quisesse decapitar Ademir ali mesmo. Inicialmente, ela só tinha percebido que a expressão de Ademir estava estranha, pensando que ele apenas estava admirando uma mulher bonita. Ela não esperava que ele tivesse a audácia de, logo no primeiro encontro, começar a flertar com outra mulher e até tocá-la. Ela se sentiu como se fosse invisível.- Beatriz, você entendeu errado. Foi ela quem estendeu a perna primeiro. - O rosto de Ademir ficou vermelho. Apesar de não ter feito nada escandaloso, ele se sentiu um pouco culpado.- A Srta. Cecília tem pernas longas, e daí? Isso te dá o direito de tocá-las? - O rosto de Beatriz permaneceu sério.- Eu... - Ademir começou a falar, mas parou, sem saber como se explicar.- Eu já tinha percebido que você não era confiável. Ficou o tempo todo olhando para a Srta. Cecília. Está tramando algo, não está? - O peito de Beatriz subia e descia em irritação. "Será que eu não sou bon
- Uma mansão não é suficiente para me comprar, o que você acha que eu sou? - Ademir manteve sua postura inabalável.- Parece que preciso jogar pesado, então. – A Srta. Cecília sorriu de forma insinuante. - Aqui está um furo: os edifícios inacabados no leste da cidade, em breve, se tornarão um ponto de desenvolvimento. Se você conseguir comprá-los, o retorno será, no mínimo, dez vezes o valor investido. A quantidade de prédios que você pode comprar depende apenas do seu capital. Com capital suficiente, é fácil fazer um ou até mesmo dois bilhões. O que você acha? A oferta é atraente o suficiente?Ao ouvir isso, Ademir não pôde evitar de estreitar os olhos:- A Srta. Cecília está realmente disposta a gastar muito, mas o que não entendo é por que você compartilharia essa oportunidade bilionária comigo? Na primeira vez que se encontraram, ela lhe ofereceu um carro, uma casa e dinheiro. Parecia uma generosidade exagerada. Ele poderia ser atraente, mas não tinha tanta autoestima a ponto de a
Em um hospital, dentro de um quarto de enfermaria. Ademir e Gabriela chegaram, e se depararam com Eduarda deitada na cama do hospital, soluçando sem parar. Seu rosto estava enrolado em bandagens, manchadas com alguns pontos de sangue. Com aqueles gemidos de dor, parecia que ela estava gravemente ferida.- Mãe! Como você está? - Beatriz entrou no quarto com uma expressão preocupada.- Minha filha! Você finalmente chegou! - Ao ver Beatriz, Eduarda não pôde evitar soltar um grito de angústia. - Eu errei, eu falhei com você! Não tenho mais cara para viver! - Dizendo isso, ela bateu a cabeça contra a parede algumas vezes. Lágrimas surgiram de seus olhos com a dor.- Mãe! O que você está fazendo?! - Beatriz se assustou e rapidamente segurou Eduarda. - Por que não podemos conversar calmamente? Por que você está agindo assim?- Não tenho coragem de falar sobre isso! - Eduarda batia no peito e pisava forte no chão, angustiada.- Carlos, o que realmente aconteceu aqui? - Beatriz desviou o ol