A noite passada realmente tinha sido difícil, mas, felizmente, tudo havia sido esclarecido sem maiores perigos.- Gabriela, o que aconteceu com seu rosto? - Nesse momento, Edson pareceu notar algo e seu sorriso abruptamente se desfez.- É apenas um pequeno machucado, nada demais. - Gabriela não parecia se importar.- O que de fato aconteceu? - Edson franziu a testa.- Edson, enquanto você estava detido, muitas coisas aconteceram... - Ursula se aproximou e sussurrou algo em seu ouvido.Ouvindo aquilo, Edson ficou imediatamente furioso:- De novo a família Gomes? Eles estão realmente passando dos limites! - Não bastava incriminá-lo, ainda ousaram machucar sua filha. Era intolerável!- Pai, não precisa se preocupar. Estou bem agora. – Gabriela tentou confortar Edson.- Gabriela, me sinto responsável por deixar você passar por tudo isso. - Edson estava angustiado. Ele se culpava por ter concordado com o acordo matrimonial com os Gomes, sem compreender o quão cruéis eles poderiam ser. .- P
Na manhã, no escritório do presidente do Grupo Silva. Beatriz estava tomando café enquanto analisava os relatórios financeiros. Nesse momento, alguém bateu na porta. - Entre. - Beatriz colocou a xícara de café de lado.- Presidenta Beatriz, você queria falar comigo? - Ademir entrou no escritório. Como chefe da segurança, ele se reportava diariamente ao escritório. - Onde você estava ontem? Não consegui te ligar - Beatriz perguntou, sondando. - Um amigo estava em apuros, fui ajudar. - Ademir deu um sorriso sem jeito. - Amigo? Não me diga que era a Gabriela? - Beatriz arqueou uma sobrancelha, parecendo desconfiada. - Não é à toa que você está tão solícito, foi encontrar uma mulher bonita. - Presidenta Beatriz, você me chamou aqui só para falar sobre isso? - Ademir rapidamente mudou de assunto. Se continuassem falando, Beatriz provavelmente ficaria com ciúmes. - Eu sou tão desocupada assim? - Beatriz rolou os olhos. - Chamei você porque temos um assunto sério. Hoje vamos re
Nos olhos, havia um toque de insinuação. Ademir, por outro lado, olhava fixamente para Srta. Cecília sem qualquer restrição. Ele sempre sentiu que ela parecia familiar, como se já a tivesse visto antes. No entanto, não conseguia lembrar onde. Era uma sensação muito estranha.- Você continua olhando! - Beatriz percebeu rapidamente que algo estava errado e pisou forte no pé de Ademir como um aviso. "Uma olhada é suficiente, mas ele olha de novo. Ele ficou tão ousado em tão poucos dias? Ele realmente não sabe ser discreto."- Presidenta Beatriz, há algumas partes aqui que eu não entendo bem. Poderia me explicar? – A Srta. Cecília colocou os documentos sobre a mesa e apontou para algumas áreas complicadas.- Claro. - Com um sorriso no rosto, Beatriz deu uma explicação detalhada para a Srta. Cecília. No entanto, ela não estava realmente prestando atenção. Secretamente, ela tirou seus saltos altos e, com seus pés cobertos por meias de nylon, tocou levemente no sapato de Ademir.- O quê? - Ad
- Ademir! O que você está fazendo?! - Os olhos de Beatriz se arregalaram, como se quisesse decapitar Ademir ali mesmo. Inicialmente, ela só tinha percebido que a expressão de Ademir estava estranha, pensando que ele apenas estava admirando uma mulher bonita. Ela não esperava que ele tivesse a audácia de, logo no primeiro encontro, começar a flertar com outra mulher e até tocá-la. Ela se sentiu como se fosse invisível.- Beatriz, você entendeu errado. Foi ela quem estendeu a perna primeiro. - O rosto de Ademir ficou vermelho. Apesar de não ter feito nada escandaloso, ele se sentiu um pouco culpado.- A Srta. Cecília tem pernas longas, e daí? Isso te dá o direito de tocá-las? - O rosto de Beatriz permaneceu sério.- Eu... - Ademir começou a falar, mas parou, sem saber como se explicar.- Eu já tinha percebido que você não era confiável. Ficou o tempo todo olhando para a Srta. Cecília. Está tramando algo, não está? - O peito de Beatriz subia e descia em irritação. "Será que eu não sou bon
- Uma mansão não é suficiente para me comprar, o que você acha que eu sou? - Ademir manteve sua postura inabalável.- Parece que preciso jogar pesado, então. – A Srta. Cecília sorriu de forma insinuante. - Aqui está um furo: os edifícios inacabados no leste da cidade, em breve, se tornarão um ponto de desenvolvimento. Se você conseguir comprá-los, o retorno será, no mínimo, dez vezes o valor investido. A quantidade de prédios que você pode comprar depende apenas do seu capital. Com capital suficiente, é fácil fazer um ou até mesmo dois bilhões. O que você acha? A oferta é atraente o suficiente?Ao ouvir isso, Ademir não pôde evitar de estreitar os olhos:- A Srta. Cecília está realmente disposta a gastar muito, mas o que não entendo é por que você compartilharia essa oportunidade bilionária comigo? Na primeira vez que se encontraram, ela lhe ofereceu um carro, uma casa e dinheiro. Parecia uma generosidade exagerada. Ele poderia ser atraente, mas não tinha tanta autoestima a ponto de a
Em um hospital, dentro de um quarto de enfermaria. Ademir e Gabriela chegaram, e se depararam com Eduarda deitada na cama do hospital, soluçando sem parar. Seu rosto estava enrolado em bandagens, manchadas com alguns pontos de sangue. Com aqueles gemidos de dor, parecia que ela estava gravemente ferida.- Mãe! Como você está? - Beatriz entrou no quarto com uma expressão preocupada.- Minha filha! Você finalmente chegou! - Ao ver Beatriz, Eduarda não pôde evitar soltar um grito de angústia. - Eu errei, eu falhei com você! Não tenho mais cara para viver! - Dizendo isso, ela bateu a cabeça contra a parede algumas vezes. Lágrimas surgiram de seus olhos com a dor.- Mãe! O que você está fazendo?! - Beatriz se assustou e rapidamente segurou Eduarda. - Por que não podemos conversar calmamente? Por que você está agindo assim?- Não tenho coragem de falar sobre isso! - Eduarda batia no peito e pisava forte no chão, angustiada.- Carlos, o que realmente aconteceu aqui? - Beatriz desviou o ol
Carlos não disse nada, apenas estendeu um dedo.- Dez milhões? - Beatriz respirou fundo, controlando a raiva. - Embora não seja uma quantia pequena, felizmente é algo que podemos absorver. Vamos considerar isso como uma lição aprendida.- Irmã, você entendeu errado. Não são apenas dez milhões, são cem milhões. - Carlos disse, timidamente.- Cem milhões?! - A expressão de Beatriz mudou. - Você está brincando? De onde vocês tiraram tanto dinheiro?- Nós tínhamos algumas economias, cerca de alguns milhões, depois hipotecamos duas mansões, pegamos alguns milhões emprestados, e o resto, bem... Mamãe usou o seu dinheiro. - Carlos encolheu os ombros.- O quê?! - Ao ouvir isso, Beatriz ficou instantaneamente furiosa. - Vocês estão loucos? Vendendo casas, roubando dinheiro. Quem deu permissão para vocês fazerem isso? Quem em sã consciência venderia suas casas para investir? É uma completa insanidade!- Filha, foi minha culpa, eu falhei com você. Vou acabar com tudo agora! - Ao ver Beatriz irada
- O quê?Quando o olhar de Eduarda o fisgou, Ademir não pôde evitar um leve franzir de sobrancelhas.- Por que está me olhando assim? Pareço um tolo para você? - Disse Ademir, cerrando os olhos.- Ademir... Está com fome? Tome, coma uma maçã. - Disse Eduarda, forçando um sorriso e estendendo a maça para Ademir. - O que você está tentando fazer? - Disse Ademir, desconfiado.Ademir estava achando tudo aquilo muito suspeito.Não há cortesia sem algum propósito, definitivamente, o que está por vir não é nada bom.- Você deve ter ouvido o que acabamos de discutir, não é? - Revelou Eduarda, com um sorriso extremamente gentil e continuou: - Você sempre teve um bom coração, certamente não suportaria nos ver perder dinheiro, então, espero que você possa nos ajudar.- Ajudar com o quê? - Questionou Ademir.Os olhos de Ademir estavam cautelosos.- Eu me lembro que você mantém contato com pessoas muito ricas, que tal ajudar a vender esse empreendimento inacabado? - Sugeriu Eduarda.- Você quer qu