- Quero que se ajoelhe. Agora mesmo! - Thiago ordenou com voz severa.- E se eu não me ajoelhar? - Ademir estreitou os olhos.- Não vai se ajoelhar? Então vou matá-la primeiro! - Thiago agarrou Joyce e a puxou para perto de si, apontando uma arma para a têmpora dela. Ele sabia que Ademir era habilidoso, então era necessário ter um escudo humano.- Thiago! Estou te avisando, não faça besteira! - A expressão de Ademir endureceu.- Então você se importa muito com ela? - Thiago deu um sorriso sinistro. - Se você não quer que ela morra, faça o que eu digo!- Ademir! O que você está esperando? Se ajoelhe agora! - Noemia começou a instigar freneticamente.- Seu idiota! Se ajoelhe! Você quer me matar? - O rosto de Joyce estava pálido de medo.- Avó, mantenha a calma. Vou te resgatar em breve. - Ademir falou fingindo indignação. - Thiago! Se você ousar tocar um fio de cabelo dela, você vai pagar caro!- Acho que você está sendo muito arrogante! - Irritado, Thiago atirou diretamente no joelho de
Noemia tremeu, sua voz abruptamente cortada. Olhando para o cano escuro da arma e o rosto cruel de Thiago, sua consciência começou a desvanecer. Finalmente, ela caiu de costas, seu rosto cheio de terror, seus olhos ainda abertos na morte. Tudo aconteceu tão subitamente que ela nunca imaginou que seu destino seria assim.Olhando para os corpos de Noemia e Joyce, Eduarda e os outros tremiam de medo, suas expressões eram de horror absoluto. As pessoas da alta sociedade que sempre foram arrogantes e mandonas, foram mortas assim, de repente. O resultado parecia surreal.Noemia estava deitada de bruços no chão, com o rosto ensanguentado. Joyce estava sentada em uma cadeira, com uma bala na cabeça. Eduarda não conseguia acreditar no que estava vendo. Apesar de todos os acontecimentos, ela ainda nutria um sentimento por Noemia e Joyce.- Ela morreu? – Eduarda perguntou com voz trêmula. -Sim, ela morreu. – Ademir respondeu, sem emoção. – Joyce e Noemia se foram.Ademir observava friamente as
O som de dois disparos ecoara. As balas pararam no ar, a meros centímetros de Ademir, como se encontrassem uma barreira invisível. Um escudo semitransparente de energia pura se manifestou do nada, bloqueando os projéteis. - O quê? - Os olhos de Thiago se estreitaram. Mesmo tendo se preparado psicologicamente, ele ainda ficou chocado ao ver o oponente bloquear balas à distância.- Você realmente achou que algo assim poderia me ferir? - Ademir balançou a cabeça.- Se as balas não funcionam, então irei para o inferno com você! - Thiago abruptamente puxou um controle remoto de uma bomba do bolso e começou a rir descontroladamente. – Ademir, nos veremos no inferno!...Nesse instante, fora da Mansão da família Silva, Beatriz estava ajudando seu irmão a se afastar quando ouviu os dois disparos. Ela se virou e percebeu que Ademir não os havia seguido.- Ademir? - O pânico invadiu o rosto de Beatriz, que imediatamente correu de volta para a Mansão.- O que você está fazendo? Quer morrer? - Ed
Com a bela mulher em seus braços, sentindo seu aroma familiar, Ademir não pôde deixar de sorrir. Ele percebeu que ela estava realmente preocupada com ele. Do contrário, não teria chorado tão desesperadamente.- Tudo bem, tudo bem, pare de chorar. Você molhou minha roupa, e eu a comprei há apenas alguns dias. - Após o abraço, Ademir finalmente falou.- Então eu vou te pagar por ela! - Beatriz soltou os braços e beliscou a cintura de Ademir com força, fazendo-o contorcer o rosto de dor.- Além disso, o que aconteceu com você? Por que demorou tanto para aparecer? - Beatriz questionou.- Eu tinha que neutralizar Thiago, esse risco, antes de poder sair. - Ademir respondeu como se fosse óbvio.- Eu sei que você era bom em lutas, mas também precisa pensar na sua própria segurança. Ele estava com uma bomba, e se ele te explodisse junto? - Beatriz estava descontente.- Mas eu estou bem, não estou? - Ademir sorriu.- Você teve sorte dessa vez, mas não seja imprudente no futuro! - Beatriz adverti
Sem querer perder tempo com conversas, Beatriz pisou forte em Ademir e se virou para sair. A tempestade havia passado. Devido ao incidente da explosão, as autoridades chegaram rapidamente ao local. Uns faziam a limpeza, outros apagavam o fogo. Quanto ao resultado final, foi declarado publicamente como um vazamento de gás que explodiu....Num piscar de olhos, três dias se passaram. Beatriz e sua família voltaram temporariamente para a casa antiga da família Silva, acompanhados de Bruno. Já a família Silva de Cidade S enviou pessoas para investigar à morte de Joyce e Noemia. E, ao descobrirem que o assassino, Thiago, havia se matado, decidiram não tomar mais nenhuma medida. Nesse interim, sob o aval do patriarca Kaué, o título de presidente de uma corporação bilionária foi oficialmente concedido a Beatriz. Assim, se tornar chefe era apenas uma questão de tempo para ela. Durante esses três dias, Ademir não se moveu mais do que o necessário, para recuperar suas energias completamente. C
- Por que você não escuta os conselhos dos outros? - A obstinação de Ademir irritava demasiadamente Luísa. - Minha irmã não te contou para o seu próprio bem. Você pode estar se colocando em perigo por ser tão intrometido!- Já enfrentei todos os tipos de situações ao longo dos anos. Se você não falar, eu vou perguntar pessoalmente! - O tom de Ademir era firme.- Você... - Luísa estava tão furiosa que começou a pisar forte no chão, mas não sabia o que dizer. Depois de um momento, ela sacudiu a cabeça em resignação. - Parece que minha irmã estava certa, você realmente não vai desistir. É uma bênção ou uma maldição? Você quer ir para a capital encontrar minha irmã? Tudo bem, eu posso te levar, mas você tem que seguir minhas instruções. Você não pode ser impulsivo! Caso contrário, não será apenas você que sofrerá as consequências, mas também minha irmã, entendeu?- Certo! - Ademir concordou imediatamente. Ele só queria agora encontrar Gabriela segura e bem.- Faça as malas rapidamente. Est
- Reginaldo, vou te incomodar nesses próximos dias. – Ademir tentou puxar assunto.- Não é incômodo nenhum, é o mínimo que eu posso fazer. - Reginaldo sorriu. - Srta. Gabriela já salvou minha vida, e é mais do que generosa com minha família. Ter a oportunidade de retribuir é uma honra para mim.- Sério? Não sabia que Gabriela era tão querida assim. - Ademir riu.- Claro que é! - Reginaldo disse com um toque de orgulho. - Eu vi a Srta. Gabriela crescer, e posso afirmar que ela é de caráter impecável. Em toda a província, poucos se comparam a ela.- É o que parece. - Ademir assentiu com um sorriso.- Sr. Ademir, me perdoe, estava tão envolvido na conversa que quase esqueci o principal. Ainda não jantou, certo? Espere um pouco, vou preparar algo para você agora mesmo. - Reginaldo entrou apressado na cozinha, vestiu um avental e começou seus afazeres. Ele tinha toda a aparência de um chef de família. Ademir sorriu ligeiramente e começou a olhar em volta. O pequeno prédio tinha dois andare
- Um problema? Que tipo de problema? - Reginaldo ficou atônito, demorando um momento para processar a informação.- Minha filha acabou de me ligar e disse que Violeta se envolveu em uma confusão com alguém no bar. As coisas esquentaram e eles estão brigando. Parece que já até quebraram algumas coisas no meio da briga. Você precisa ir lá agora! - Instigou a vizinha.- O quê? Uma briga? - Reginaldo ficou alarmado e largou os talheres apressadamente, correndo para fora. Chegando à porta, parou e voltou. - Sr. Ademir, peço desculpas. Aconteceu algo com minha filha e eu preciso ir lá resolver. - Eu vou com você. - Ademir se levantou decidido. Não se sentia confortável em comer e beber na casa de alguém sem oferecer ajuda em troca.- Bem... - Reginaldo hesitou, não sabia o que dizer, especificamente. - Fique tranquilo, eu não vou atrapalhar. - Ademir sorriu.- Reginaldo, pare de enrolar! Mais pessoas significam que teremos mais ajuda. Vamos! - A vizinha continuou a pressionar.- Certo... -