Sem querer perder tempo com conversas, Beatriz pisou forte em Ademir e se virou para sair. A tempestade havia passado. Devido ao incidente da explosão, as autoridades chegaram rapidamente ao local. Uns faziam a limpeza, outros apagavam o fogo. Quanto ao resultado final, foi declarado publicamente como um vazamento de gás que explodiu....Num piscar de olhos, três dias se passaram. Beatriz e sua família voltaram temporariamente para a casa antiga da família Silva, acompanhados de Bruno. Já a família Silva de Cidade S enviou pessoas para investigar à morte de Joyce e Noemia. E, ao descobrirem que o assassino, Thiago, havia se matado, decidiram não tomar mais nenhuma medida. Nesse interim, sob o aval do patriarca Kaué, o título de presidente de uma corporação bilionária foi oficialmente concedido a Beatriz. Assim, se tornar chefe era apenas uma questão de tempo para ela. Durante esses três dias, Ademir não se moveu mais do que o necessário, para recuperar suas energias completamente. C
- Por que você não escuta os conselhos dos outros? - A obstinação de Ademir irritava demasiadamente Luísa. - Minha irmã não te contou para o seu próprio bem. Você pode estar se colocando em perigo por ser tão intrometido!- Já enfrentei todos os tipos de situações ao longo dos anos. Se você não falar, eu vou perguntar pessoalmente! - O tom de Ademir era firme.- Você... - Luísa estava tão furiosa que começou a pisar forte no chão, mas não sabia o que dizer. Depois de um momento, ela sacudiu a cabeça em resignação. - Parece que minha irmã estava certa, você realmente não vai desistir. É uma bênção ou uma maldição? Você quer ir para a capital encontrar minha irmã? Tudo bem, eu posso te levar, mas você tem que seguir minhas instruções. Você não pode ser impulsivo! Caso contrário, não será apenas você que sofrerá as consequências, mas também minha irmã, entendeu?- Certo! - Ademir concordou imediatamente. Ele só queria agora encontrar Gabriela segura e bem.- Faça as malas rapidamente. Est
- Reginaldo, vou te incomodar nesses próximos dias. – Ademir tentou puxar assunto.- Não é incômodo nenhum, é o mínimo que eu posso fazer. - Reginaldo sorriu. - Srta. Gabriela já salvou minha vida, e é mais do que generosa com minha família. Ter a oportunidade de retribuir é uma honra para mim.- Sério? Não sabia que Gabriela era tão querida assim. - Ademir riu.- Claro que é! - Reginaldo disse com um toque de orgulho. - Eu vi a Srta. Gabriela crescer, e posso afirmar que ela é de caráter impecável. Em toda a província, poucos se comparam a ela.- É o que parece. - Ademir assentiu com um sorriso.- Sr. Ademir, me perdoe, estava tão envolvido na conversa que quase esqueci o principal. Ainda não jantou, certo? Espere um pouco, vou preparar algo para você agora mesmo. - Reginaldo entrou apressado na cozinha, vestiu um avental e começou seus afazeres. Ele tinha toda a aparência de um chef de família. Ademir sorriu ligeiramente e começou a olhar em volta. O pequeno prédio tinha dois andare
- Um problema? Que tipo de problema? - Reginaldo ficou atônito, demorando um momento para processar a informação.- Minha filha acabou de me ligar e disse que Violeta se envolveu em uma confusão com alguém no bar. As coisas esquentaram e eles estão brigando. Parece que já até quebraram algumas coisas no meio da briga. Você precisa ir lá agora! - Instigou a vizinha.- O quê? Uma briga? - Reginaldo ficou alarmado e largou os talheres apressadamente, correndo para fora. Chegando à porta, parou e voltou. - Sr. Ademir, peço desculpas. Aconteceu algo com minha filha e eu preciso ir lá resolver. - Eu vou com você. - Ademir se levantou decidido. Não se sentia confortável em comer e beber na casa de alguém sem oferecer ajuda em troca.- Bem... - Reginaldo hesitou, não sabia o que dizer, especificamente. - Fique tranquilo, eu não vou atrapalhar. - Ademir sorriu.- Reginaldo, pare de enrolar! Mais pessoas significam que teremos mais ajuda. Vamos! - A vizinha continuou a pressionar.- Certo... -
- Como você ousa bater no meu pai? - Violeta ficou furiosa. Pegou uma garrafa de vinho para atacar, mas Reginaldo a segurou imediatamente.- Violeta! Se controle! – Reginaldo a alertou.- O que? Vai me bater também? Experimente me tocar! Se um único fio de cabelo meu for tocado, nenhum de vocês sairá por aquela porta hoje! - Disse o homem de terno, com um sorriso sarcástico.- Jovem, tudo isso é um mal-entendido. Vamos conversar com calma. - Reginaldo continuou sorrindo.- Conversar? Que direito você tem de falar comigo? - O homem de terno levantou seu relógio quebrado e disse com desdém. - Sabe o que é isso? Um Patek Philippe edição limitada, custa oitenta mil! Sua filha acabou de quebrá-lo. O que você vai fazer a respeito?- Oitenta mil? É tão caro assim? - Reginaldo levou um susto. Com um salário de alguns milhares por mês, levaria anos para ele economizar oitenta mil.- E então? Não era você que queria conversar? Então pague. Se você conseguir me dar oitenta mil hoje, considero não
Paulo era imponente, com um olhar afiado. Combinado com seu corpo grande e robusto, era realmente intimidante. As meninas que estavam atrás dele brilhavam os olhos, encantadas. Qual garota não sonha com o amor na primavera? Cenas heroicas como essa, elas já haviam imaginado mais de uma vez.- Moleque! Você sabe quem eu sou? Como ousa se intrometer? - O homem de terno segurava a cabeça sangrando, com um olhar sinistramente sombrio.- Não me importa quem você seja. Se não se ajoelhar e pedir desculpas hoje, não me culpe por quebrar suas pernas! - Paulo agitava seu bastão.- Isso mesmo! Peça desculpas agora! - Os seguidores atrás dele começaram a gritar em uníssono. Jovens e destemidos como eram, tinham a coragem de enfrentar qualquer coisa.- Muito bem! Um bando de garotos ainda cheirando a leite, ousando ser arrogantes diante de mim? Esperem só! - O homem de terno deixou cair uma frase ameaçadora e estava prestes a fugir.- Merda! Quem disse que você poderia ir? - Paulo ficou irritado e
O olhar de Paulo mudou repentinamente ao ver Ademir ao lado de Reginaldo. O homem não só tinha uma expressão impassível, como também era incrivelmente atraente, fazendo Paulo se sentir ligeiramente ameaçado.- Este é o Sr. Ademir, um convidado honrado da minha casa. Ele veio para nos ajudar. - Reginaldo explicou apressadamente.- Ajudar? - Violeta zombou. - Desde que apareceu, não disse uma palavra. Você chama isso de ajuda?- Exatamente! Não trouxe nem uma arma, ou algo do tipo. Ele pode ser bonito, mas quem diria que ele é tão covarde? Ficou parado ali depois de ser intimidado. Que vergonha. - A garota de cabelo curto balançou a cabeça em desaprovação.As outras meninas não disseram nada, mas interiormente também perderam algum respeito por ele. - Meu amigo, um homem deve assumir suas responsabilidades. Se você está com medo, é melhor não interferir. Você pode se machucar. Mas se precisar de ajuda, estou à disposição! - Paulo disse com um sorriso sarcástico, dando um tapinha no ombr
Ao ouvir essas palavras, todos deram um pulo de surpresa. - O irmão mais novo do Sr. Douglas? -Paulo ficou totalmente paralisado, com o rosto pálido como um fantasma. Ele jamais imaginara que a pessoa à sua frente tivesse conexões tão influentes. Seu pai apenas conhecia o Sr. Douglas, sem uma relação mais profunda. - Acabou, nos metemos em encrenca hoje!- Garoto! Você não estava todo cheio de si agora há pouco? Vamos, seja arrogante de novo! - O homem de terno espetou um chute no estômago de Paulo, fazendo-o cair no chão. - Você ousou interferir nos meus assuntos? E agora está correndo? Acho que você está cansado de viver, isso sim! - Dizendo isso, deu mais dois fortes chutes.Paulo apertou os dentes, furioso mas impotente. Por mais humilhante que fosse, ele só podia aguentar naquele momento.- Um bando de garotos mimados e insensatos, ousando me desafiar? Vocês são realmente inconsequentes! Todos vocês, ase ajoelhem! Quem resistir, terá as pernas quebradas! – O homem de terno brandi