- Um problema? Que tipo de problema? - Reginaldo ficou atônito, demorando um momento para processar a informação.- Minha filha acabou de me ligar e disse que Violeta se envolveu em uma confusão com alguém no bar. As coisas esquentaram e eles estão brigando. Parece que já até quebraram algumas coisas no meio da briga. Você precisa ir lá agora! - Instigou a vizinha.- O quê? Uma briga? - Reginaldo ficou alarmado e largou os talheres apressadamente, correndo para fora. Chegando à porta, parou e voltou. - Sr. Ademir, peço desculpas. Aconteceu algo com minha filha e eu preciso ir lá resolver. - Eu vou com você. - Ademir se levantou decidido. Não se sentia confortável em comer e beber na casa de alguém sem oferecer ajuda em troca.- Bem... - Reginaldo hesitou, não sabia o que dizer, especificamente. - Fique tranquilo, eu não vou atrapalhar. - Ademir sorriu.- Reginaldo, pare de enrolar! Mais pessoas significam que teremos mais ajuda. Vamos! - A vizinha continuou a pressionar.- Certo... -
- Como você ousa bater no meu pai? - Violeta ficou furiosa. Pegou uma garrafa de vinho para atacar, mas Reginaldo a segurou imediatamente.- Violeta! Se controle! – Reginaldo a alertou.- O que? Vai me bater também? Experimente me tocar! Se um único fio de cabelo meu for tocado, nenhum de vocês sairá por aquela porta hoje! - Disse o homem de terno, com um sorriso sarcástico.- Jovem, tudo isso é um mal-entendido. Vamos conversar com calma. - Reginaldo continuou sorrindo.- Conversar? Que direito você tem de falar comigo? - O homem de terno levantou seu relógio quebrado e disse com desdém. - Sabe o que é isso? Um Patek Philippe edição limitada, custa oitenta mil! Sua filha acabou de quebrá-lo. O que você vai fazer a respeito?- Oitenta mil? É tão caro assim? - Reginaldo levou um susto. Com um salário de alguns milhares por mês, levaria anos para ele economizar oitenta mil.- E então? Não era você que queria conversar? Então pague. Se você conseguir me dar oitenta mil hoje, considero não
Paulo era imponente, com um olhar afiado. Combinado com seu corpo grande e robusto, era realmente intimidante. As meninas que estavam atrás dele brilhavam os olhos, encantadas. Qual garota não sonha com o amor na primavera? Cenas heroicas como essa, elas já haviam imaginado mais de uma vez.- Moleque! Você sabe quem eu sou? Como ousa se intrometer? - O homem de terno segurava a cabeça sangrando, com um olhar sinistramente sombrio.- Não me importa quem você seja. Se não se ajoelhar e pedir desculpas hoje, não me culpe por quebrar suas pernas! - Paulo agitava seu bastão.- Isso mesmo! Peça desculpas agora! - Os seguidores atrás dele começaram a gritar em uníssono. Jovens e destemidos como eram, tinham a coragem de enfrentar qualquer coisa.- Muito bem! Um bando de garotos ainda cheirando a leite, ousando ser arrogantes diante de mim? Esperem só! - O homem de terno deixou cair uma frase ameaçadora e estava prestes a fugir.- Merda! Quem disse que você poderia ir? - Paulo ficou irritado e
O olhar de Paulo mudou repentinamente ao ver Ademir ao lado de Reginaldo. O homem não só tinha uma expressão impassível, como também era incrivelmente atraente, fazendo Paulo se sentir ligeiramente ameaçado.- Este é o Sr. Ademir, um convidado honrado da minha casa. Ele veio para nos ajudar. - Reginaldo explicou apressadamente.- Ajudar? - Violeta zombou. - Desde que apareceu, não disse uma palavra. Você chama isso de ajuda?- Exatamente! Não trouxe nem uma arma, ou algo do tipo. Ele pode ser bonito, mas quem diria que ele é tão covarde? Ficou parado ali depois de ser intimidado. Que vergonha. - A garota de cabelo curto balançou a cabeça em desaprovação.As outras meninas não disseram nada, mas interiormente também perderam algum respeito por ele. - Meu amigo, um homem deve assumir suas responsabilidades. Se você está com medo, é melhor não interferir. Você pode se machucar. Mas se precisar de ajuda, estou à disposição! - Paulo disse com um sorriso sarcástico, dando um tapinha no ombr
Ao ouvir essas palavras, todos deram um pulo de surpresa. - O irmão mais novo do Sr. Douglas? -Paulo ficou totalmente paralisado, com o rosto pálido como um fantasma. Ele jamais imaginara que a pessoa à sua frente tivesse conexões tão influentes. Seu pai apenas conhecia o Sr. Douglas, sem uma relação mais profunda. - Acabou, nos metemos em encrenca hoje!- Garoto! Você não estava todo cheio de si agora há pouco? Vamos, seja arrogante de novo! - O homem de terno espetou um chute no estômago de Paulo, fazendo-o cair no chão. - Você ousou interferir nos meus assuntos? E agora está correndo? Acho que você está cansado de viver, isso sim! - Dizendo isso, deu mais dois fortes chutes.Paulo apertou os dentes, furioso mas impotente. Por mais humilhante que fosse, ele só podia aguentar naquele momento.- Um bando de garotos mimados e insensatos, ousando me desafiar? Vocês são realmente inconsequentes! Todos vocês, ase ajoelhem! Quem resistir, terá as pernas quebradas! – O homem de terno brandi
Ninguém poderia imaginar que Ademir teria coragem suficiente para agredir alguém. Principalmente, o homem de terno, que era intocável, por sua relação com o Sr. Douglas. Até Paulo, de boa linhagem, tinha que ser subserviente e sorridente quando o encontrava. Mas, Ademir tinha ido ainda mais longe, não só desafiou o homem de terno, mas também o agrediu.Logo, a tensão e os murmúrios começaram. Os olhos de todos estavam sobre Ademir, como se estivessem olhando para um homem morto.- Até o irmão mais novo do Sr. Douglas ele se atreve a bater, esse cara enlouqueceu?- Ofender o Sr. Douglas é como desafiar toda a Gangue do Dragão Vermelho, esse homem está condenado! Será que ele tem noção disso?- Realmente um homem sem medo de morrer! Parece que ele nem sabe contra quem está se metendo.- Maldito, como você ousa me bater? - O homem de terno cambaleou ao se levantar, metade do rosto já inchado e desfigurado. Enquanto falava, até cuspiu dois dentes.- Pare de fazer suspense. Eu acabei de diz
Com uma ordem do Sr. Douglas, o bar foi rapidamente esvaziado. Todas as câmeras de vigilância foram desligadas. Paulo e alguns outros estudantes foram acuados em um canto, tremendo de medo, sem ousar se mover. Todos entenderam que o Sr. Douglas estava prestes a tomar medidas sérias.- Jovem, você parece bem calmo, sabe que está prestes a enfrentar uma grande calamidade? - Sr. Douglas disse, surpreso. Normalmente, as pessoas ficariam inquietas ao ouvi-lo falar em esvaziar o local. Mas o homem à sua frente estava estranhamente calmo, como se não tivesse medo. Seria ele um idiota ou alguém confiante?- Sério? Eu realmente não percebi. - Ademir deu de ombros.- Jovem, não diga que não te dei uma chance. Corte uma de suas mãos agora e peça desculpas de joelhos, e então eu vou considerar poupar sua vida. - Sr. Douglas pegou uma faca e a jogou aos pés de Ademir.- Eu também te dou uma chance. Pegue seu irmão idiota e saia daqui. Caso contrário, vou te dar uma surra. - Ademir falou calmamente.
- Você trouxe alguns homens inúteis, que já foram todos derrotados. Agora, é minha vez de te dar algumas bofetadas, não é? - Ademir bocejou, completamente entediado.O semblante de Sr. Douglas mudou imediatamente, assumindo uma expressão extremamente séria. Ele conhecia praticamente todos os jovens habilidosos da cidade. No entanto, o homem à sua frente era totalmente desconhecido.- Jovem, admito que você sabe lutar. Mas, posso te dar uma sugestão? Faça o que estou ordenando. Ou você pode superar uma arma? - Depois do choque inicial, Sr. Douglas rapidamente se recompôs com seus olhos afiados. - Já vi pessoas como você antes, arrogantes por terem algum poder, e o resultado? Todos foram mortos por uma saraivada de tiros. Nesta sociedade, a força bruta não é suficiente. Você também precisa de influência e de um bom background. Acredite ou não, com uma única palavra minha, posso mandá-lo para a prisão.- De que adianta saber lutar? Você ainda é manipulado por Sr. Douglas. - Paulo mostrou