Com uma ordem do Sr. Douglas, o bar foi rapidamente esvaziado. Todas as câmeras de vigilância foram desligadas. Paulo e alguns outros estudantes foram acuados em um canto, tremendo de medo, sem ousar se mover. Todos entenderam que o Sr. Douglas estava prestes a tomar medidas sérias.- Jovem, você parece bem calmo, sabe que está prestes a enfrentar uma grande calamidade? - Sr. Douglas disse, surpreso. Normalmente, as pessoas ficariam inquietas ao ouvi-lo falar em esvaziar o local. Mas o homem à sua frente estava estranhamente calmo, como se não tivesse medo. Seria ele um idiota ou alguém confiante?- Sério? Eu realmente não percebi. - Ademir deu de ombros.- Jovem, não diga que não te dei uma chance. Corte uma de suas mãos agora e peça desculpas de joelhos, e então eu vou considerar poupar sua vida. - Sr. Douglas pegou uma faca e a jogou aos pés de Ademir.- Eu também te dou uma chance. Pegue seu irmão idiota e saia daqui. Caso contrário, vou te dar uma surra. - Ademir falou calmamente.
- Você trouxe alguns homens inúteis, que já foram todos derrotados. Agora, é minha vez de te dar algumas bofetadas, não é? - Ademir bocejou, completamente entediado.O semblante de Sr. Douglas mudou imediatamente, assumindo uma expressão extremamente séria. Ele conhecia praticamente todos os jovens habilidosos da cidade. No entanto, o homem à sua frente era totalmente desconhecido.- Jovem, admito que você sabe lutar. Mas, posso te dar uma sugestão? Faça o que estou ordenando. Ou você pode superar uma arma? - Depois do choque inicial, Sr. Douglas rapidamente se recompôs com seus olhos afiados. - Já vi pessoas como você antes, arrogantes por terem algum poder, e o resultado? Todos foram mortos por uma saraivada de tiros. Nesta sociedade, a força bruta não é suficiente. Você também precisa de influência e de um bom background. Acredite ou não, com uma única palavra minha, posso mandá-lo para a prisão.- De que adianta saber lutar? Você ainda é manipulado por Sr. Douglas. - Paulo mostrou
- Então, você está planejando se juntar à minha A Gangue do Dragão Vermelho? - Sr. Douglas se recompôs, acendendo outro cigarro.- Eu me unirei à A Gangue do Dragão Vermelho, mas quero ser o líder. - Ademir surpreendeu com sua declaração.Sr. Douglas tremeu de novo, e o cigarro caiu de sua boca mais uma vez. Ele olhou para Ademir com uma expressão de incredulidade. -Você está brincando comigo, não está? – Sr. Douglas perguntou. - Não estou brincando. Eu sou o líder que vocês precisam. - Ademir manteve uma expressão impassível. O homem de terno avançou um passo, furioso. - Você está louco? Meu irmão é o vice-líder da Gangue do Dragão Vermelho. O que te faz pensar que você pode ser o líder? - O homem de terno falou, claramente descontente.Sr. Douglas deu um tapa na mesa, fazendo o homem de terno recuar. - Jovem, você tem noção do quão grande é minha A Gangue do Dragão Vermelho? Até mesmo na cidade inteira, somos uma força a ser reconhecida. Você não tem background nem força, o que
Do outro lado da rua de bares, dentro de uma cafeteria. Paulo e seus amigos não haviam saído, optando por encontrar um lugar para se sentar e assistir ao espetáculo. As garotas se juntaram, começando a cochichar entre si. - Violeta, aquele rapazinho é algum parente seu? Ele é bem bonito, além de ser corajoso o suficiente para enfrentar o Sr. Douglas.- É verdade, bonito e valente, dá uma sensação de segurança.Ao mencionarem Ademir, todas estavam visivelmente entusiasmadas e cheias de admiração.- O que importa se ele sabe lutar? Na sociedade de hoje, o que conta é a inteligência, as conexões e o histórico familiar. - Paulo, um tanto quanto invejoso, comentou. - Além disso, desafiando o Sr. Douglas, ele nem sabe se sairá vivo do bar. O que há para se gabar?Os rapazes começaram a concordar, mostrando clara insatisfação.- Exato! Quem enfrenta o Sr. Douglas, desafia a Gangue do Dragão Vermelho. Não importa o quão bom ele seja, só vai se dar mal, muito mal. - No final das contas, ele
- Ele realmente saiu? - Paulo ficou atordoado, um tanto perplexo. Ele também não esperava que Ademir pudesse sair ileso. Afinal, ele só tinha ligado despretensiosamente para seu pai, sem qualquer expectativa.- Você está bem? - Violeta foi a primeira a sair do café, olhando para Ademir. Atrás dela, vinha um grupo de colegas.- O que poderia ter me acontecido? - Ademir deu de ombros. - E você, por que ainda não voltou?- Violeta ficou preocupada que você pudesse ser morto a facadas, então decidiu ficar e ver o que aconteceria. - Uma garota de cabelos curtos interrompeu. - Tenho que admitir, você tem sorte. Conseguir sair ileso depois de cruzar com o Sr. Douglas.- O Sr. Douglas é tão poderoso assim? Poupei ele justamente por ser generoso. - Disse Ademir, impassível.- O quê? Você queria bater no Sr. Douglas? - A garota de cabelos curtos olhou para ele como se ele fosse idiota. - Você está louco? O Sr. Douglas é o subchefe da Gangue do Dragão Vermelho, ele tem centenas de pessoas sob seu
Assim que Ademir e seu acompanhante desceram do carro, viram Reginaldo hesitante na entrada da casa. Sua expressão estava carregada de preocupação e ansiedade.- Sr. Ademir, está tudo bem com você? - Reginaldo se aproximou com alegria assim que viu Ademir. - Acabei de falar com Luísa ao telefone, não imaginei que ela conseguiria resgatá-lo tão rapidamente.- Obrigado, Reginaldo, mas isso é um assunto menor, não precisamos incomodar a família Ribeiro com isso. - Disse Ademir, com um sorriso no rosto.- Um assunto menor? - Uma sobrancelha de Reginaldo se contraiu. Ofender o Sr. Douglas e chamar isso de "assunto menor"? O que, então, seria considerado um grande problema? Entretanto, ao ver que Ademir estava bem, Reginaldo sentiu um alívio.- Violeta, como você está? - Os olhos de Reginaldo se voltaram para sua filha.- Não é da sua conta, não apareça mais na frente dos meus amigos! - Violeta disse friamente, antes de entrar direto em casa. Obviamente, ela ainda ressentia a covardia de seu
Ademir ficou um tanto sem palavras. Ele não esperava que Violeta o acusasse de pensar demais. "Você vem até mim e agora me culpa? Isso faz sentido?" Mas ele não quis insistir e perguntou: - Então, do que você precisa da minha ajuda? - Eu vi você brigando hoje. Você parecia muito forte. Você derrotou mais de vinte pessoas sozinho. Como você fez isso? - Violeta perguntou, curiosa. Ademir balançou a cabeça, com um sorriso irônico. - Já ouviu falar de guerreiros marciais? Sou um. Não são apenas vinte ou trinta pessoas, até duzentos ou trezentos não seria um problema para mim. - Disse Ademir, com indiferença. - Pode parar de se gabar! Com duzentas ou trezentas pessoas, um simples xixi de cada uma delas te afogaria. - Violeta olhou para ele com incredulidade. Ademir riu.- Deixe estar, não há como você entender isso agora. Só precisa saber que sou muito poderoso e pronto. - Ademir não quis explicar mais. Para as pessoas comuns, os guerreiros marciais eram um enigma, mesmo que
No dia seguinte, ao amanhecer, Ademir recebeu uma ligação, assim que acordou. Era Douglas. - Sr. Ademir, você já acordou? – Douglas indagou.- Acabei de acordar. E então? Alguma novidade? Conseguiu conversar com seu chefe? - perguntou Ademir. - Sr. Ademir, nosso líder gostaria de conversar com você pessoalmente. Podemos conversar calmamente. - Douglas disse, com um sorriso amigável. - Certo, onde será? - Ademir foi direto ao ponto. - Na sede da Gangue do Dragão Vermelho. – Douglas respondeu. - Ok, estarei aí em breve. - Após desligar o telefone e fazer uma higiene rápida, Ademir pegou um táxi e saiu. Ele já suspeitava que não seria fácil dobrar a Gangue do Dragão Vermelho. " Mas, já que estou de folga, posso bem brincar com esses caras", pensou.Meia hora depois, o veículo parou em frente à sede da Gangue do Dragão Vermelho. Douglas e alguns outros membros o receberam com sorrisos. - Sr. Ademir, você chegou. Por favor, entre. Ademir apenas acenou com a cabeça, sem dizer