Do outro lado da rua de bares, dentro de uma cafeteria. Paulo e seus amigos não haviam saído, optando por encontrar um lugar para se sentar e assistir ao espetáculo. As garotas se juntaram, começando a cochichar entre si. - Violeta, aquele rapazinho é algum parente seu? Ele é bem bonito, além de ser corajoso o suficiente para enfrentar o Sr. Douglas.- É verdade, bonito e valente, dá uma sensação de segurança.Ao mencionarem Ademir, todas estavam visivelmente entusiasmadas e cheias de admiração.- O que importa se ele sabe lutar? Na sociedade de hoje, o que conta é a inteligência, as conexões e o histórico familiar. - Paulo, um tanto quanto invejoso, comentou. - Além disso, desafiando o Sr. Douglas, ele nem sabe se sairá vivo do bar. O que há para se gabar?Os rapazes começaram a concordar, mostrando clara insatisfação.- Exato! Quem enfrenta o Sr. Douglas, desafia a Gangue do Dragão Vermelho. Não importa o quão bom ele seja, só vai se dar mal, muito mal. - No final das contas, ele
- Ele realmente saiu? - Paulo ficou atordoado, um tanto perplexo. Ele também não esperava que Ademir pudesse sair ileso. Afinal, ele só tinha ligado despretensiosamente para seu pai, sem qualquer expectativa.- Você está bem? - Violeta foi a primeira a sair do café, olhando para Ademir. Atrás dela, vinha um grupo de colegas.- O que poderia ter me acontecido? - Ademir deu de ombros. - E você, por que ainda não voltou?- Violeta ficou preocupada que você pudesse ser morto a facadas, então decidiu ficar e ver o que aconteceria. - Uma garota de cabelos curtos interrompeu. - Tenho que admitir, você tem sorte. Conseguir sair ileso depois de cruzar com o Sr. Douglas.- O Sr. Douglas é tão poderoso assim? Poupei ele justamente por ser generoso. - Disse Ademir, impassível.- O quê? Você queria bater no Sr. Douglas? - A garota de cabelos curtos olhou para ele como se ele fosse idiota. - Você está louco? O Sr. Douglas é o subchefe da Gangue do Dragão Vermelho, ele tem centenas de pessoas sob seu
Assim que Ademir e seu acompanhante desceram do carro, viram Reginaldo hesitante na entrada da casa. Sua expressão estava carregada de preocupação e ansiedade.- Sr. Ademir, está tudo bem com você? - Reginaldo se aproximou com alegria assim que viu Ademir. - Acabei de falar com Luísa ao telefone, não imaginei que ela conseguiria resgatá-lo tão rapidamente.- Obrigado, Reginaldo, mas isso é um assunto menor, não precisamos incomodar a família Ribeiro com isso. - Disse Ademir, com um sorriso no rosto.- Um assunto menor? - Uma sobrancelha de Reginaldo se contraiu. Ofender o Sr. Douglas e chamar isso de "assunto menor"? O que, então, seria considerado um grande problema? Entretanto, ao ver que Ademir estava bem, Reginaldo sentiu um alívio.- Violeta, como você está? - Os olhos de Reginaldo se voltaram para sua filha.- Não é da sua conta, não apareça mais na frente dos meus amigos! - Violeta disse friamente, antes de entrar direto em casa. Obviamente, ela ainda ressentia a covardia de seu
Ademir ficou um tanto sem palavras. Ele não esperava que Violeta o acusasse de pensar demais. "Você vem até mim e agora me culpa? Isso faz sentido?" Mas ele não quis insistir e perguntou: - Então, do que você precisa da minha ajuda? - Eu vi você brigando hoje. Você parecia muito forte. Você derrotou mais de vinte pessoas sozinho. Como você fez isso? - Violeta perguntou, curiosa. Ademir balançou a cabeça, com um sorriso irônico. - Já ouviu falar de guerreiros marciais? Sou um. Não são apenas vinte ou trinta pessoas, até duzentos ou trezentos não seria um problema para mim. - Disse Ademir, com indiferença. - Pode parar de se gabar! Com duzentas ou trezentas pessoas, um simples xixi de cada uma delas te afogaria. - Violeta olhou para ele com incredulidade. Ademir riu.- Deixe estar, não há como você entender isso agora. Só precisa saber que sou muito poderoso e pronto. - Ademir não quis explicar mais. Para as pessoas comuns, os guerreiros marciais eram um enigma, mesmo que
No dia seguinte, ao amanhecer, Ademir recebeu uma ligação, assim que acordou. Era Douglas. - Sr. Ademir, você já acordou? – Douglas indagou.- Acabei de acordar. E então? Alguma novidade? Conseguiu conversar com seu chefe? - perguntou Ademir. - Sr. Ademir, nosso líder gostaria de conversar com você pessoalmente. Podemos conversar calmamente. - Douglas disse, com um sorriso amigável. - Certo, onde será? - Ademir foi direto ao ponto. - Na sede da Gangue do Dragão Vermelho. – Douglas respondeu. - Ok, estarei aí em breve. - Após desligar o telefone e fazer uma higiene rápida, Ademir pegou um táxi e saiu. Ele já suspeitava que não seria fácil dobrar a Gangue do Dragão Vermelho. " Mas, já que estou de folga, posso bem brincar com esses caras", pensou.Meia hora depois, o veículo parou em frente à sede da Gangue do Dragão Vermelho. Douglas e alguns outros membros o receberam com sorrisos. - Sr. Ademir, você chegou. Por favor, entre. Ademir apenas acenou com a cabeça, sem dizer
Os quatro homens carecas encaravam Ademir com olhos vorazes. Eles eram homens grandes e musculosos, com faces marcadas pela violência.No rosto de cada um, um leve sorriso irônico. Eles já tinham visto muitos guerreiros da capital da província, incluindo alguns bastante habilidosos. Mas no final, todos foram derrotados por eles.Hoje não seria exceção. Ademir colocou a mão esquerda atrás das costas e estendeu lentamente a direita. Ele estava confiante em sua vitória, mas também estava determinado a não subestimar seus oponentes.Um dos carecas não aguentou mais, deu um passo à frente e disparou em direção a Ademir, acertando-o com um soco poderoso.O soco vinha com uma força tremenda, gerando um som de explosão ensurdecedor por onde passava.Várias mulheres bonitas exibiam expressões surpresas, subjugadas pelo soco poderoso de um dos quatro homens.Elder não disse nada, mas também balançou a cabeça em desaprovação.- Retiro o que disse antes. Esqueça três golpes. Esse homem não vai co
Por um momento, a consternação foi indescritível.Ademir deu um longo bocejo, exibindo um ar de desinteresse, como se não fosse preciso nem contra-atacar aqueles oponentes, de tão fracos que eram, se comparados a ele. Os quatro mestres ficaram enfurecidos, trocaram olhares e partiram para cima outra vez. Dessa vez, eles não se contiveram, e visaram diretamente os pontos vitais de Ademir. Desferiram cada golpe de forma mortal, implacavelmente cruel. Ademir pisou forte, formando uma grande depressão no palco. O local inteiro da "Gangue do Dragão Vermelho" estremeceu. Ao mesmo tempo, uma onda arrebatadora de "Força Vital Verdadeira" explodiu como um terremoto e um tsunami, atingindo os quatro.Eles foram arremessados como se tivessem sido atingidos por um caminhão, sangue jorrando de suas bocas e narizes. Finalmente, aterrissaram pesadamente no chão, desmaiando no ato.Olhando para os quatro homens que haviam sido lançados, a multidão abaixo estava atônita, com expressões de incredulid
O rosto de Ethan se iluminou de alegria e ele rapidamente se ajoelhou:- Meu respeito ao novo líder!Sem hesitação, todos seguiram o exemplo e se ajoelharam:- Respeitos ao novo líder!- Meu amigo, meus parabéns. Como devo chamá-lo? - Elder se levantou e fez um gesto de respeito com o punho. Um jovem tão talentoso merece ser bem recebido.- Ademir. - Ademir respondeu com o mesmo gesto.- Sou Elder. É um prazer te conhecer. Você tem interesse em visitar minha família Moraes? - Elder tomou a iniciativa de convidá-lo.- Quando tiver um tempo, farei uma visita com certeza. - Ademir respondeu amigavelmente. Ele estava realmente bem impressionado com Elder.- Chefe, por que não aproveitamos o dia? O bar ao lado é muito bom. Que tal irmos tomar algumas bebidas? - Ethan interrompeu subitamente.- Claro. - Ademir acenou com a cabeça e olhou para Elder. - Sr. Elder gostaria de se juntar a nós?- Com certeza. - Elder sorriu.Assim, liderados por Ethan, um grupo de mais de dez pessoas se dirigiu a