No dia seguinte, na Cidade A. Uma luxuosa carreata adentrou com grande estardalhaço o Jardim de Fragrância Celestial. Onde quer que passasse, a animação era inegável. Não havia nenhuma explicação para tanto alvoroço, porém, era exatamente assim que a família Gomes, costumava ser recepcionada em todos lugares que ia.Ursula, junto com vários membros da família Ribeiro, já esperava ansiosamente à porta. À medida que os veículos paravam lentamente, Carina, vestida de forma elegante e com um ar de altivez, foi descendo lentamente do primeiro carro estacionado a frente. - Carina, você chegou? Por favor, entre! - Ursula disse sorrindo, com uma atitude extremamente acolhedora, como se fossem melhores amigas desde a infância. - Sra. Ursula, há quanto tempo. - Carina respondeu com um aceno de cabeça. - E Gabriela? Por que não a vejo? - Ela está se arrumando dentro de casa, vai demorar apenas mais um momento. - Ursula explicou, ainda sorrindo. - Carina, sabendo que você viria, preparei um
Assim que essas palavras foram ditas, todos ficaram atônitos. Ninguém esperava que Gabriela fosse capaz de dizer algo assim.- Gabriela, o que você está falando? Ainda está sonolenta? - Ursula lançou olhares frenéticos para ela.- Estou perfeitamente acordada e sei muito bem o que estou dizendo. Lamento, mas devo dizer que eu e Samuel não somos compatíveis. - Gabriela falou serenamente.- Gabriela, o que você quer dizer com isso? - Carina franziu a testa, visivelmente perturbada.- Quero cancelar o casamento! - Gabriela surpreendeu a todos com sua declaração.- Cancelar o casamento? - Ao ouvir isso, Carina ficou visivelmente aborrecida. - Gabriela! Você enlouqueceu? Como ousa cancelar um casamento com a família Gomes? Quem te deu essa coragem?- Gabriela! Pare com isso! Você não pode falar essas coisas sem pensar! - Ursula a alertou rapidamente. Afinal, a família Gomes era uma das três grandes famílias, superando a família Ribeiro em influência, poder e legado. Se eles tivessem Samuel,
- Gabriela! Você enlouqueceu? Quem te deu permissão para romper o noivado? - Assim que Carina saiu, Ursula transpareceu toda a sua fúria. O casamento era uma questão que afetava a honra e o futuro da família, e ela não permitiria que sua filha agisse de acordo com seus próprios caprichos.- Irmã, ser capaz de se casar com Samuel é uma bênção para você. No que você está pensando, exatamente? Você realmente quer romper o noivado? - Ricardo olhava para ela como se estivesse vendo uma idiota. Afinal, Samuel era o pilar do País A, o gênio mais notável da Província N. Antes dos trinta anos, ele já havia se tornado um general que comandava exércitos e era respeitado por todos. Tantas jovens de grandes famílias estavam loucas por ele, o venerando como um deus. Mas a pessoa em questão não se importava. Para Ricardo, isso era definitivamente um problema de cabeça.- Meu casamento é de minha responsabilidade. Não gosto de Samuel, então não vou me casar com ele. - Disse Gabriela, friamente. - Se
Um Mercedes preto brilhante estaciona na frente de uma mansão à beira do rio. Beatriz sai do carro, vestindo um terno preto caro. Está nervosa, mas determinada. Ademir, sai logo em seguida. - Beatriz, não vou entrar contigo. Acabei de visitar Joyce ontem e ofereci a ela duas xícaras de chá, se ela me ver hoje, provavelmente não vai ser nada cortês. - Ademir disse com um sorriso.- Tudo bem, fique aqui esperando. Eu volto logo. – Beatriz acenou com a cabeça e caminhou até a porta da mansão.Dentro da mansão, Joyce está sentada em um sofá, tomando chá. Noemia está ao seu lado, massageando seus ombros e pernas.- Senhora, Beatriz pede para vê-la. - Uma idosa se aproxima e informa respeitosamente.- O que ela quer? Veio implorar? Percebeu que não é competente e quer que eu, sua avó, lhe dê uma chance? - Noemia perguntou, desconfiada.- Deixe-a entrar. - Joyce disse serenamente, colocando sua xícara em cima da mesa.Em pouco tempo, a idosa retorna com Beatriz. - Avó, cumpri sua exigência.
- Vovó, tem que ser justo, você está claramente dificultando as coisas para mim. Eu...Eu... - O rosto de Beatriz havia ficado um pouco feio. Afinal, ela havia trazido um investimento de um bilhão com grande esforço, e agora estava sendo tirado dela. Qualquer um ficaria furioso.- Cale a boca! Como ousa falar assim com minha avó? Você não tem educação! - Noemia repreendeu furiosamente.- Pagar dívidas é o certo a fazer. Ademir machucou alguém, então deve pagar o preço. Chega, não vou perder tempo conversando contigo. Se conseguir outro bilhão, eu permito que você se torne a presidente do conselho. Senão, vá para onde for conveniente e saia daqui. - Joyce disse, agitando sua mão impacientemente.- O que você está esperando? Vá embora agora! - Noemia instigou.- Vovó! Se você não vai ser justa, então vou reportar ao chefe da família para que ele possa pessoalmente administrar a justiça! - Beatriz falou, se preparando para sair.- Pare! - Joyce, com um olhar sombrio, ordenou. - Sua insolen
- Você ousa bater em Joyce? Você é insolente! - Ao ver Joyce ser atingida, várias senhoras ficaram atordoadas por um momento antes de se inflamarem de raiva. Elas eram todas mulheres de meia-idade, algumas, inclusive, tinham cabelos grisalhos. Todas vestidas com roupas similares a de um exército, rapidamente avançaram, gritando e acenando suas mãos e unhas como garras.- Um bando de mulheres descontroladas! – Ademir gritou, ficando sério. Sem mais nenhuma palavra, ele deu vários tapas que enviaram as senhoras voando pelo ar.Uma senhora desmaiou imediatamente, caindo de cara no chão. Outra senhora sangrava pela boca e nariz, enquanto uma terceira tinha seus dentes arremessados. Em um piscar de olhos, todas que haviam agido violentamente estavam caídas, incapazes de se mover.Noemia se levantou de forma instável, o rosto torcido em raiva e ódio. Ela era uma herdeira de uma família rica, e sua avó era uma das líderes da família Silva. Esse inútil à sua frente ousara atacá-la, era uma bus
- Desleal? -Um canto da boca de Ademir se contorceu.- Srta. Gabriela, você está enganada. Ademir realmente estava apenas aplicando o remédio, não tem com o que se preocupar! - Vendo o ciúmes no rosto de Gabriela, Beatriz não pôde deixar de esboçar um sorriso. – Mas claro, se você não acredita, não posso fazer nada. - Dizendo isso, ela vestiu suas roupas calmamente, o olhar cheio de desafio.- Aplicar remédio, é? Eu também vou aplicar! - Gabriela se sentou ao lado de Ademir e começou a tirar a roupa.- O que você está fazendo? - Ademir tomou um susto e rapidamente estendeu a mão para impedir.- O que? Você pode aplicar nela, mas não em mim? - Gabriela franziu a testa, claramente descontente.- Você não está ferida, porque aplicar remédio? - Ademir estava sem palavras. Uma jovem herdeira de uma família rica, agindo como uma criança.- Quem disse que não estou ferida? Meu coração está cheio de feridas, muito mais sérias do que as dela. Se você não acredita, pode tocar e ver! - Gabriela d
- Não dá para escolher, cada um tem seu próprio sabor, tem que variar de acordo com o tempo, o lugar e as pessoas. - Ademir disse, forçando um sorriso.- Você sempre sabe o que dizer! - Beatriz revirou os olhos, poupando o interlocutor de mais desconforto.- Não importa o que você escolha, você tem que gostar de carne bovina! - Gabriela afirmou de forma ainda mais autoritária.Ademir forçou um sorriso, mas não ousou falar. Seu suor já havia encharcado suas costas.- Marido, venha comigo, preciso conversar com você. - Após um jantar que quase deixou Ademir em pânico, Gabriela o chamou para fora.Beatriz saiu para um passeio casual, fingindo desinteresse, mas com as orelhas atentas para ouvir a conversa entre os dois. No entanto, Gabriela logo percebeu a estratégia e puxou Ademir para dentro do carro. Uma vez que a porta do carro fechou, eles ficaram isolados do mundo.- Gabriela, o que você quer falar comigo? - Ademir estava curioso.- Para ser honesta, talvez eu tenha que deixar Cidade