Eusébio continuou a licitar.- Um bilhão.Carina não deu espaço para recuos.Sob sua influência deliberada, o preço do rubi rapidamente ultrapassou a barreira do bilhão.O valor já estava muito além da avaliação original da joia. Seria um prejuízo comprá-la por tal preço.- Parece que os dois estão realmente em conflito agora.- É apenas um rico, de onde ele tirou a coragem para competir com alguém de uma superfamília?As pessoas comentavam e especulavam, todos assistindo ao espetáculo.- Um bilhão e meio.Eusébio levantou sua placa novamente, adicionando mais quinhentos milhões de uma só vez.- Um bilhão e seiscentos milhões.Carina respondeu à altura.- Ofereço dois bilhões. - Disse Eusébio, despretensioso. - Srta. Carina, se você aumentar o lance, eu deixo para você.Ao ouvir isso, Carina, que estava prestes a aumentar o lance, subitamente conteve seu ímpeto.Ela naturalmente não tinha interesse no rubi.Se o preço subisse demais e caísse em suas mãos, o resultado seria problemático
Naquele momento, Carina finalmente entendeu que havia sido enganada. Mas o objeto estava ali, diante de seus olhos; ela não tinha como culpar ninguém além de si mesma. Claro, com o poder da família Gomes, ela poderia facilmente devolver o item e reaver seu dinheiro. Mas isso certamente a faria parecer mal aos olhos de outros, um luxo que ela não podia se dar. Pela questão da imagem, ela tinha que engolir o prejuízo, mesmo que fosse amargo.- Srta. Carina, parece que o que você adquiriu por um preço exorbitante não é exatamente um tesouro. - Eusébio resmungou ao seu lado.- Não podemos dizer isso. Embora falte um pouco na antiguidade, esta flor de lótus ainda é considerada de alta qualidade. - O homem de robe interveio gentilmente.- Ouviu? Mesmo que seja um pouco inferior, ainda é de alta qualidade! - O rosto de Carina aliviou um pouco.- Então, quanto vale uma flor de lótus verde de novecentos anos? - Ademir perguntou com um sorriso.- Bem... - O homem de túnica longa hesitou ante
- Exatamente! Só alguém como você seria idiota o suficiente para gastar dois bilhões em uma simples joia como essa. O que é isso? Dinheiro demais e pouco juízo?A multidão ao redor começou a apontar dedos em coro.Era claro que, aos olhos deles, Ademir era apenas um fanfarrão. Mesmo falido e sem qualquer retorno, ele ainda queria exibir um último sinal de prestígio.- Ouviu isso? Não sou só eu que acho que você tem problemas, todo mundo pensa assim. - Carina falou com um sorriso de canto.- Sério? - Ademir sorriu levemente. - Parece que vocês ainda não sabem. Esta não é uma rubi comum, é um raríssimo cristal de sangue.- Cristal de sangue? Nunca ouvi falar! - Carina franziu os lábios com desprezo.- Não se preocupe, vou abrir seus olhos hoje!Disse Ademir, estapeando a joia com a palma da mão.Dois sons nítidos soaram e algumas fissuras apareceram na rubi.As fissuras se espalharam rapidamente e, num piscar de olhos, cobriram toda a pedra.Ao ver isso, um alvoroço tomou conta do lugar
- Por quê? Por quê? - Nesse momento, Carina estava repleta de arrependimentos. Se soubesse que havia uma "flor de cristal de sangue" naquela joia, nunca a teria vendido. Agora, a rara e preciosa flor de cristal de sangue acabou indo parar nas mãos de Ademir como se fosse de graça.- Que surpresa! - Ademir segurava a flor de cristal de sangue com uma mão, um sorriso no canto da boca. A flor era vermelha como sangue, com pétalas delicadas e um perfume doce. Era uma das coisas mais linda que ele já tinha visto. Desde o momento em que pôs os olhos no rubi, sabia que havia algo escondido nele. Ele havia estudado cristais de sangue por anos, e sabia que era raro encontrar uma flor desse tipo.De fato, ele havia descoberto uma preciosidade. A flor de cristal de sangue não era uma flor comum, mas um raro tesouro da terra e do céu, geralmente encontrado apenas em cristais de sangue. O rubi leiloado era justamente esse raro cristal de sangue. Se antes ele já lamentava pelo lótus azul de novecent
No dia seguinte, na Cidade A. Uma luxuosa carreata adentrou com grande estardalhaço o Jardim de Fragrância Celestial. Onde quer que passasse, a animação era inegável. Não havia nenhuma explicação para tanto alvoroço, porém, era exatamente assim que a família Gomes, costumava ser recepcionada em todos lugares que ia.Ursula, junto com vários membros da família Ribeiro, já esperava ansiosamente à porta. À medida que os veículos paravam lentamente, Carina, vestida de forma elegante e com um ar de altivez, foi descendo lentamente do primeiro carro estacionado a frente. - Carina, você chegou? Por favor, entre! - Ursula disse sorrindo, com uma atitude extremamente acolhedora, como se fossem melhores amigas desde a infância. - Sra. Ursula, há quanto tempo. - Carina respondeu com um aceno de cabeça. - E Gabriela? Por que não a vejo? - Ela está se arrumando dentro de casa, vai demorar apenas mais um momento. - Ursula explicou, ainda sorrindo. - Carina, sabendo que você viria, preparei um
Assim que essas palavras foram ditas, todos ficaram atônitos. Ninguém esperava que Gabriela fosse capaz de dizer algo assim.- Gabriela, o que você está falando? Ainda está sonolenta? - Ursula lançou olhares frenéticos para ela.- Estou perfeitamente acordada e sei muito bem o que estou dizendo. Lamento, mas devo dizer que eu e Samuel não somos compatíveis. - Gabriela falou serenamente.- Gabriela, o que você quer dizer com isso? - Carina franziu a testa, visivelmente perturbada.- Quero cancelar o casamento! - Gabriela surpreendeu a todos com sua declaração.- Cancelar o casamento? - Ao ouvir isso, Carina ficou visivelmente aborrecida. - Gabriela! Você enlouqueceu? Como ousa cancelar um casamento com a família Gomes? Quem te deu essa coragem?- Gabriela! Pare com isso! Você não pode falar essas coisas sem pensar! - Ursula a alertou rapidamente. Afinal, a família Gomes era uma das três grandes famílias, superando a família Ribeiro em influência, poder e legado. Se eles tivessem Samuel,
- Gabriela! Você enlouqueceu? Quem te deu permissão para romper o noivado? - Assim que Carina saiu, Ursula transpareceu toda a sua fúria. O casamento era uma questão que afetava a honra e o futuro da família, e ela não permitiria que sua filha agisse de acordo com seus próprios caprichos.- Irmã, ser capaz de se casar com Samuel é uma bênção para você. No que você está pensando, exatamente? Você realmente quer romper o noivado? - Ricardo olhava para ela como se estivesse vendo uma idiota. Afinal, Samuel era o pilar do País A, o gênio mais notável da Província N. Antes dos trinta anos, ele já havia se tornado um general que comandava exércitos e era respeitado por todos. Tantas jovens de grandes famílias estavam loucas por ele, o venerando como um deus. Mas a pessoa em questão não se importava. Para Ricardo, isso era definitivamente um problema de cabeça.- Meu casamento é de minha responsabilidade. Não gosto de Samuel, então não vou me casar com ele. - Disse Gabriela, friamente. - Se
Um Mercedes preto brilhante estaciona na frente de uma mansão à beira do rio. Beatriz sai do carro, vestindo um terno preto caro. Está nervosa, mas determinada. Ademir, sai logo em seguida. - Beatriz, não vou entrar contigo. Acabei de visitar Joyce ontem e ofereci a ela duas xícaras de chá, se ela me ver hoje, provavelmente não vai ser nada cortês. - Ademir disse com um sorriso.- Tudo bem, fique aqui esperando. Eu volto logo. – Beatriz acenou com a cabeça e caminhou até a porta da mansão.Dentro da mansão, Joyce está sentada em um sofá, tomando chá. Noemia está ao seu lado, massageando seus ombros e pernas.- Senhora, Beatriz pede para vê-la. - Uma idosa se aproxima e informa respeitosamente.- O que ela quer? Veio implorar? Percebeu que não é competente e quer que eu, sua avó, lhe dê uma chance? - Noemia perguntou, desconfiada.- Deixe-a entrar. - Joyce disse serenamente, colocando sua xícara em cima da mesa.Em pouco tempo, a idosa retorna com Beatriz. - Avó, cumpri sua exigência.