— Não precisa ficar relembrando o passado, eu não estou interessada. Agora, você já pode sair do escritório. Vou pedir para alguém te acompanhar até a saída. — Disse Diya, apertando o botão do interfone. — Mandem dois seguranças para levar a senhorita Bianca para fora do Grupo Santos.Isso não era um simples "acompanhar", era uma clara expulsão, e Bianca ficou tão furiosa que sentiu o sangue subir à cabeça.Mas Diya não parou por aí:— Ah, Bianca, e só para avisar: a partir de agora, todas as suas colaborações com o Grupo Santos estão oficialmente encerradas. Inclusive aquele projeto especial "Retorno da Princesa" que foi feito sob medida para você. Assim, você não precisa mais se incomodar vindo até aqui por causa de trabalho. Não precisa me agradecer, foi um prazer fazer isso por você.Diya falou com uma frieza quase casual, enquanto Zeus a observava, surpreso. Cada faceta daquela mulher parecia deixá-lo ainda mais fascinado.A outrora aclamada "princesa do violino", que já foi receb
Diya e Zeus olharam para o celular que vibrava na mesa. Diya deu um empurrão leve em Zeus, indicando que ele saísse de cima da mesa.Zeus, percebendo que Diya tinha algo sério para resolver, deu um suspiro resignado e se encostou na parede, cruzando os braços. Parecia frustrado. Pegou o celular e, sem muito ânimo, começou a pesquisar sobre signos no Google.Estava completamente irritado. Por que, toda vez que chegava no momento crucial, algo ou alguém interrompia? Será que ele e Diya realmente eram incompatíveis até astrologicamente?— Isso não pode ser verdade. — Murmurou para si mesmo. Se os signos não combinavam, ele daria um jeito. Ora, se fosse preciso, ele até mudaria a data de nascimento!Enquanto pensava nisso, abriu o calendário no celular. Talvez o problema fosse o dia errado. Sim, precisava planejar melhor, escolher um dia especial.Diya olhou para Zeus e viu as mudanças em sua expressão, ora confuso, ora determinado. Ele parecia completamente perdido em seus próprios pensam
— Eu vou te dizer uma coisa: você só está falando besteira! Sua mãe, aquela vagabunda da Clara, estava grávida e se metendo com outros homens por aí. Quando eu descobri, ela ficou com tanta vergonha que se matou! E ainda quer falar comigo? Quem garante que o filho que ela carregava era meu? Você e aquela mulher são iguais... Duas desgraçadas! — Luís vociferou, cheio de ódio.— Luís, cala essa sua boca imunda! Minha mãe teve o azar de cruzar o caminho de um lixo como você. Você é o pior tipo de homem que existe, um canalha! Pode esperar, porque um dia você vai ser atingido por um raio. E se o céu não te castigar, eu mesma vou cuidar disso! — Respondeu Diya, com uma fúria que fazia sua voz tremer.Os dois começaram a discutir de forma cada vez mais agressiva, sem filtrar as palavras.— Escuta aqui, Diya, eu sei de tudo o que você tem feito ultimamente. Se você não se divorciar do Zeus e não esclarecer que sua irmã não é uma amante, eu vou expor todas as sujeiras da sua mãe. E mais: você
Luís e os outros ficaram completamente boquiabertos. Não esperavam que Diya chegasse tão rápido.— Sua vagabunda, como você tem a chave da nossa casa? Eu vou te denunciar por invasão de propriedade! — Gritou Eduarda, arregalando os olhos. Nos últimos dias, por causa da disputa pela casa, ela tinha estudado um pouco sobre leis e agora achava que sabia alguma coisa.— Ótimo, vá em frente. Denuncie. — Respondeu Diya, com um sorriso desdenhoso. — Essa casa é do Zeus. Eu, como esposa dele, fui quem o ajudou a comprar. Sendo assim, ela faz parte do nosso patrimônio comum. Agora me diga, ele assinou algum documento transferindo a casa para vocês?— Que documento? Zeus disse claramente que essa casa era nossa! — Eduarda rebateu, tentando soar confiante, mas sua voz já denunciava o nervosismo.A verdade era que, embora Zeus tivesse prometido a casa para Bianca e sua família, nenhum contrato ou transferência oficial tinha sido feita.— Ah, entendi. Então, tecnicamente, os invasores são vocês. —
Pelas fotos, parecia que o tio de Diya tinha visitado sua mãe em segredo no passado, mas alguém havia registrado o momento. Quem teria feito isso?Diya lançou um olhar para Eduarda. Ela tinha certeza de que Eduarda havia usado aquelas fotos para envenenar a relação entre Luís e sua mãe.Um sorriso frio surgiu no rosto de Diya, e o que antes era uma expressão delicada e bonita tornou-se algo quase assustador. Ela aplaudiu lentamente enquanto se levantava:— Que espetáculo! Uma verdadeira obra de arte. Dr. Gustavo, pode entrar agora.A porta, que estava apenas encostada, foi empurrada e Gustavo entrou. Vestindo um impecável terno preto e óculos de armação dourada, ele parecia a personificação da elegância e do profissionalismo. Cada detalhe de sua aparência estava perfeitamente alinhado, como se estivesse a caminho de uma reunião importante.— Diya, o que significa isso? — Perguntou Luís, surpreso e já desconfiado.O sorriso de Diya apenas se alargou. A arrogância que antes preenchia o a
Gustavo, ao perceber que Diya havia decidido revelar sua verdadeira origem, não viu mais motivo para manter segredo. Seu tom era calmo, mas suas palavras carregavam um peso inegável:— Então eu vou esclarecer tudo para vocês: meu sobrenome é Ribeiro, da família Ribeiro de Município Norte. Diya é minha sobrinha. E vou deixar claro, se continuarem nos provocando, eu não me importo em mandar todos vocês para a cadeia. Claro, se tiverem algum "pedido especial", como perder um braço ou uma perna, também posso providenciar.Ao contrário da postura impositiva de Diya, Gustavo falava com uma tranquilidade assustadora, mas suas palavras continham uma ameaça evidente. Ele podia parecer um cavalheiro, mas todos que conheciam a família Ribeiro sabiam que ninguém ali era "fácil de lidar".Com a família Ribeiro, era simples: se você mostrasse respeito, eles retribuíam com respeito. Mas, se causasse problemas, o destino não seria nada agradável. Até hoje, o único grupo que havia enfrentado os Ribeiro
A voz do outro lado da linha soava respeitosa e profissional.— Sua vagabunda, agora arranjou um capanga para te ajudar a mentir? Aposto que pagou ele com o próprio corpo! Qualquer um pode encenar, não é? — Gritou Eduarda, com uma voz cheia de desprezo e ódio.Do outro lado da linha, Edgar ouviu as palavras de Eduarda e sua expressão imediatamente se fechou. Era inacreditável que alguém ousasse insultar a Srta. Ribeiro, da família Ribeiro. Certamente, essa gente não tinha amor à vida.— Srta. Diya, está tudo bem por aí? Precisa que eu leve alguns homens para resolver o problema? — Edgar perguntou, com uma voz calma, mas carregada de autoridade.— Não precisa, Edgar. Por enquanto, é algo que posso resolver sozinha. Mas há outra coisa em que preciso de sua ajuda. — Diya respondeu com a mesma tranquilidade, como se estivesse apenas lidando com um pequeno inconveniente.Edgar, imaginando que poderia ser algo complicado, respondeu prontamente:— Claro, senhorita. Diga o que precisa e eu far
— Diya, não, não... filha, me escuta! Eu amava sua mãe de verdade. Se ela não tivesse se apaixonado por outro homem, engravidado e planejado fugir com ele, eu nunca teria abandonado sua mãe! Foi a Eduarda quem me seduziu, quem tirou aquelas fotos dela com aquele homem. Eu sempre fui sincero com você e com sua mãe. Por favor, acredite em mim! — Luís, desesperado após receber as notícias, praticamente rastejou até Diya, tentando agarrar seu tornozelo.Diya, com nojo, afastou-se rapidamente. Antes que pudesse reagir, Eduarda avançou sobre Luís, puxando seu cabelo e desferindo tapas em seu rosto.— Seu desgraçado! Agora quer colocar a culpa toda em mim? Quem foi que subiu na minha cama por vontade própria, hein? Vou te matar, seu ingrato! — Gritava Eduarda, completamente fora de si.— Cale a boca! Se não fosse você envenenando tudo, eu nunca teria brigado com a Clara! Você é uma vadia miserável! — Luís retrucou, tentando se defender enquanto puxava o cabelo de Eduarda.Os dois começaram a