Pelas fotos, parecia que o tio de Diya tinha visitado sua mãe em segredo no passado, mas alguém havia registrado o momento. Quem teria feito isso?Diya lançou um olhar para Eduarda. Ela tinha certeza de que Eduarda havia usado aquelas fotos para envenenar a relação entre Luís e sua mãe.Um sorriso frio surgiu no rosto de Diya, e o que antes era uma expressão delicada e bonita tornou-se algo quase assustador. Ela aplaudiu lentamente enquanto se levantava:— Que espetáculo! Uma verdadeira obra de arte. Dr. Gustavo, pode entrar agora.A porta, que estava apenas encostada, foi empurrada e Gustavo entrou. Vestindo um impecável terno preto e óculos de armação dourada, ele parecia a personificação da elegância e do profissionalismo. Cada detalhe de sua aparência estava perfeitamente alinhado, como se estivesse a caminho de uma reunião importante.— Diya, o que significa isso? — Perguntou Luís, surpreso e já desconfiado.O sorriso de Diya apenas se alargou. A arrogância que antes preenchia o a
Gustavo, ao perceber que Diya havia decidido revelar sua verdadeira origem, não viu mais motivo para manter segredo. Seu tom era calmo, mas suas palavras carregavam um peso inegável:— Então eu vou esclarecer tudo para vocês: meu sobrenome é Ribeiro, da família Ribeiro de Município Norte. Diya é minha sobrinha. E vou deixar claro, se continuarem nos provocando, eu não me importo em mandar todos vocês para a cadeia. Claro, se tiverem algum "pedido especial", como perder um braço ou uma perna, também posso providenciar.Ao contrário da postura impositiva de Diya, Gustavo falava com uma tranquilidade assustadora, mas suas palavras continham uma ameaça evidente. Ele podia parecer um cavalheiro, mas todos que conheciam a família Ribeiro sabiam que ninguém ali era "fácil de lidar".Com a família Ribeiro, era simples: se você mostrasse respeito, eles retribuíam com respeito. Mas, se causasse problemas, o destino não seria nada agradável. Até hoje, o único grupo que havia enfrentado os Ribeiro
A voz do outro lado da linha soava respeitosa e profissional.— Sua vagabunda, agora arranjou um capanga para te ajudar a mentir? Aposto que pagou ele com o próprio corpo! Qualquer um pode encenar, não é? — Gritou Eduarda, com uma voz cheia de desprezo e ódio.Do outro lado da linha, Edgar ouviu as palavras de Eduarda e sua expressão imediatamente se fechou. Era inacreditável que alguém ousasse insultar a Srta. Ribeiro, da família Ribeiro. Certamente, essa gente não tinha amor à vida.— Srta. Diya, está tudo bem por aí? Precisa que eu leve alguns homens para resolver o problema? — Edgar perguntou, com uma voz calma, mas carregada de autoridade.— Não precisa, Edgar. Por enquanto, é algo que posso resolver sozinha. Mas há outra coisa em que preciso de sua ajuda. — Diya respondeu com a mesma tranquilidade, como se estivesse apenas lidando com um pequeno inconveniente.Edgar, imaginando que poderia ser algo complicado, respondeu prontamente:— Claro, senhorita. Diga o que precisa e eu far
— Diya, não, não... filha, me escuta! Eu amava sua mãe de verdade. Se ela não tivesse se apaixonado por outro homem, engravidado e planejado fugir com ele, eu nunca teria abandonado sua mãe! Foi a Eduarda quem me seduziu, quem tirou aquelas fotos dela com aquele homem. Eu sempre fui sincero com você e com sua mãe. Por favor, acredite em mim! — Luís, desesperado após receber as notícias, praticamente rastejou até Diya, tentando agarrar seu tornozelo.Diya, com nojo, afastou-se rapidamente. Antes que pudesse reagir, Eduarda avançou sobre Luís, puxando seu cabelo e desferindo tapas em seu rosto.— Seu desgraçado! Agora quer colocar a culpa toda em mim? Quem foi que subiu na minha cama por vontade própria, hein? Vou te matar, seu ingrato! — Gritava Eduarda, completamente fora de si.— Cale a boca! Se não fosse você envenenando tudo, eu nunca teria brigado com a Clara! Você é uma vadia miserável! — Luís retrucou, tentando se defender enquanto puxava o cabelo de Eduarda.Os dois começaram a
Não importava o que Zeus pudesse fazer por Bianca ou contra ela, a determinação de Diya de destruir a família Gomes não mudaria. Ela estava decidida a fazer justiça.— Vejo você no tribunal, Zeus! — Disse Diya, enfatizando cada palavra enquanto pronunciava seu nome. Em seguida, virou-se e bateu a porta com força ao sair.Bianca, ao ver a expressão sombria de Zeus, sentiu o coração disparar. Pensou, aflita:"Será que ele ouviu as coisas que eu disse para Diya?"Mesmo que ele tivesse ouvido, Bianca sabia que precisava agir rápido para consertar a situação. Como se visse em Zeus seu único salvador, ela começou a chorar de maneira dramática, aproximando-se dele com passos apressados. Segurou-se em seu braço, fingindo desespero:— Zeus, você ouviu o que minha irmã disse, não é? Que coração cruel ela tem! Nos expulsou da casa antiga e agora até quer tirar a casa nova que você nos deu! O que vamos fazer? Eu sou jovem, posso aguentar qualquer coisa, até morar na rua, mas meus pais... eles são
Não foi só Bianca que ficou em silêncio dessa vez. Até mesmo Luís e Eduarda, que há pouco gritavam sem parar que Zeus deveria se divorciar de Diya pelo bem de Bianca, congelaram no lugar, sem saber o que fazer.Mas Zeus nunca tinha dado importância para eles antes, e agora muito menos se preocupava em poupar suas caras.— Eu ouvi cada palavra que vocês disseram. Vou investigar tudo o que vocês fizeram com a Diya no passado. Gravem bem o que vou dizer: se a Diya derramar uma única lágrima por causa de vocês, vocês vão pagar dez vezes mais! Dez vezes mais, com sangue! — Disparou Zeus, com os olhos queimando de raiva.Sem saber ao certo como saiu dali, Zeus caminhou até a porta. Ignorou os seguranças que insistiam em protegê-lo e foi sozinho até um bar. Lá, sentou-se no balcão e começou a encher o copo de conhaque, um atrás do outro. Enquanto isso, a imagem de Diya, magra e tentando parecer forte, não saía de sua cabeça.Ele respirou fundo, perdido nos próprios pensamentos. O que ele tinh
Depois de desligar o telefone, Bianca, com um sorriso de satisfação no rosto, aproveitou uma distração dos seguranças e, silenciosamente, escapou pela porta dos fundos...No Clube Croia, Diya entrou em seu camarote exclusivo. A mesa estava repleta de taças de Bloody Mary, o líquido vermelho intenso brilhando sob a luz difusa.A família Ribeiro era conhecida como o Rei das Apostas, uma das dinastias mais poderosas do país.Diya, com o sangue dos Ribeiro correndo em suas veias, sempre teve uma fascinação pelo vermelho, pela intensidade, pelo perigo. Ao olhar para o líquido carmesim na taça de cristal, foi impossível evitar: o rosto de Zeus surgiu em sua mente.“Diya! Você é a princesa mais preciosa da família Ribeiro. Cresceu cercada de cuidados, protegida por seu avô e seus tios! Eles te criaram para ser forte, não para ser humilhada! Zeus? Quem ele pensa que é? Ele não merece você! Não merece o seu sofrimento!” pensou, com a mente fervilhando.A resposta em seu coração era clara e impl
A empregada, ao receber a ordem, saiu apressada.Luiza, que até então estava furiosa com Zeus por sempre proteger Diya, sentiu um calafrio ao ouvir o recado de Mestre Santos.Ela sabia que nunca foi a favorita do patriarca e, se ele a chamou, dificilmente seria para um elogio. Contudo, na família Santos, Mestre Santos era a autoridade máxima. Recusar um chamado dele? Isso era impensável.Com passos hesitantes, Luiza chegou ao escritório do velho. Nervosa, perguntou cuidadosamente:— Senhor, o senhor me chamou?Mestre Santos fez um gesto para que os empregados saíssem. Quando ficaram a sós, ele finalmente começou:— Chamei você aqui porque preciso esclarecer algo. Você sabe quem é o Sr. Cessar, da família Ribeiro, certo? Pois então, Diya é neta dele.Aquelas palavras, tão simples, caíram como uma bomba nos ouvidos de Luiza:— O quê? Senhor, isso é verdade? Se ela é neta dele, então Diya... Diya é a Srta. Ribeiro?— E por que eu mentiria? Estou te avisando agora: Diya é milhões de vezes