— Por favor, como é o nome desse rapaz? Você sabia que a mulher ao seu lado é uma amante que roubou o namorado de outra pessoa? Qual é a sua relação com a senhora Diya? Como amante dela, você tem algo a dizer? E, por acaso, sabe a idade atual do namorado dela? — O jornalista disparou perguntas em um tom agressivo e confuso, mostrando claramente que era um dos fãs mais fervorosos de Bianca.— Senhor, por favor, preste atenção às palavras que está usando. Eu posso processar você por difamação em nome da minha cliente. E, para sua informação, eu sou o advogado que representa a senhorita. Meu nome é Gustavo. — Gustavo respondeu educadamente, mas havia um tom firme em sua voz. Ele já estava decidido: em breve, teria que dar um jeito nesses jornalistas sem escrúpulos.Ao ouvir o nome de Gustavo, um burburinho tomou conta da multidão:[Meu Deus! É o Gustavo! O maior advogado do Brasil!][Ele só pega casos gigantescos, de bilhões, envolvendo multinacionais!]A reputação de Gustavo era incontes
"Não vivem dizendo que a Diya é a amante? Pois hoje todo mundo vai ver quem é a verdadeira amante, quem é o canalha e quem é a vítima de toda essa história! Já que Zeus não vai aparecer, então vou esperar que ele venha até mim pessoalmente."Diya terminou de falar e, sem perder tempo, entrou no carro e foi embora, com a cabeça erguida e uma postura que exalava confiança.A multidão que ficou para trás estava em completo alvoroço. Alguns estavam em choque com o que haviam acabado de ouvir. Outros, mais espertos, se alegravam em silêncio, aliviados por terem mudado de lado rapidamente e não terem seguido Bianca até o abismo.No entanto, mesmo com Diya deixando o local, muitos jornalistas e curiosos se recusaram a desistir. Eles seguiram o carro dela, movidos não apenas pelo escândalo que acabara de explodir, mas também por outra grande fofoca que estava circulando desde a fatídica live:[Filha ingrata e cruel confronta o próprio pai e expulsa a madrasta e a família dela de casa.]A prome
O escândalo havia tomado proporções gigantescas. Bianca, ao perceber que não conseguia mais falar com Zeus por telefone, decidiu abandonar a encenação de estar doente. Se continuasse fingindo, sua casa inteira poderia ser destruída. Sem perder mais tempo, pegou um táxi e voltou correndo para casa.Ao chegar, Bianca se deparou com uma multidão cercando o local. As pessoas estavam aglomeradas em camadas, praticamente impedindo a passagem. Por sorte, ela conseguiu entrar junto com os policiais que Luís havia chamado para abrir caminho. Mesmo assim, os poucos metros que separavam a rua da entrada pareceram uma eternidade. Foram mais de dez minutos para atravessar o trajeto, e nesse tempo ela não escapou de mãos abusadas que apalparam suas pernas e nádegas.Quando, finalmente, ela entrou no quintal, encontrou Diya completamente à vontade. Com óculos escuros, Diya estava sentada em um balanço no jardim, com uma expressão serena e desdenhosa. Gustavo permanecia em pé ao lado dela, enquanto os
— Cala a boca, sua vadia! — Bianca finalmente perdeu o controle e gritou, incapaz de suportar a postura altiva de Diya. Com os olhos cheios de ódio, ela ameaçou. — Diya, você não tem medo do Zeus aparecer e fazer você pagar por isso?Diya olhou para Bianca com um misto de desprezo e impaciência antes de responder:— Você tem problema na cabeça, não tem? Só pode ser uma idiota! Eu estou me divorciando dele! Por que eu deveria me importar com o que ele faz ou deixa de fazer?Virando-se para o policial, Diya completou:— Delegado, por favor, tire essas pessoas da minha casa. Não vou perder mais tempo discutindo com gente assim.Ela não queria desperdiçar nem mais um segundo com aquela família.Com a ajuda da polícia, os seguranças que Diya trouxera já haviam recolhido agilmente os pertences da família e, diante de todos, jogaram tudo para fora da casa. Luís e Bianca, sentindo o peso da humilhação, não tiveram outra escolha senão chamar um táxi e deixar o local o mais rápido possível.Diya
Depois de dias tão conturbados, Diya finalmente conseguiu ter uma boa noite de sono. Era uma tranquilidade que ela não sentia há anos. As lembranças de sua mãe, o sorriso, o olhar e até a voz estavam começando a desaparecer com o tempo. Ela temia esquecer tudo, então frequentemente revia as fotos antigas para manter viva a memória dos momentos que passaram juntas.Agora, ao olhar para a casa que tanto conhecia e para o quarto onde cresceu, parecia que aquelas lembranças, antes desbotadas, estavam voltando à vida. Estar ali fazia com que ela se sentisse mais próxima de sua mãe. Finalmente, aquela casa pertencia apenas a ela e à memória de Clara.Logo ao amanhecer, Bernardo chegou ao novo endereço de Diya, trazendo os documentos necessários para o trabalho daquele dia.Ele não conseguia evitar de observar com curiosidade cada detalhe da casa. Embora não fosse nova, era bem cuidada. Diya havia restaurado a decoração para que ficasse como era em sua infância: aconchegante e com um toque de
— Renata, o Zeus está aí dentro? — Perguntou Diya, puxando Renata para longe da câmera de segurança na entrada.Percebendo a preocupação de Diya, Renata tentou tranquilizá-la:— O jovem senhor não está. Parece que houve algum problema na empresa, e ele anda tão ocupado que já faz um bom tempo que nem pisa em casa. Mas, senhora, imagino que a senhora tenha vindo ver o Mestre Santos, não é? Pode entrar, não tem problema. O Mestre Santos sempre fala da senhora. Ontem, quando ouviu sobre o divórcio entre a senhora e o jovem senhor, ele ficou tão nervoso que acabou passando mal. O médico saiu daqui há pouco.Enquanto explicava a situação recente, Renata a puxava suavemente para dentro da casa. Diya não teve escolha a não ser segui-la.Na sala de estar, Luiza estava sentada no sofá, mexendo no celular. Quando viu as duas entrando, ficou surpresa e, ao mesmo tempo, incomodada:— Renata, você trabalha para a família Santos há tanto tempo. Sabe muito bem como as coisas funcionam aqui. Como é qu
O Mestre Santos estava tão debilitado pela doença que sua fome também havia sumido. Diya, preocupada, pegou um copo de leite e o alimentou com paciência. Em seguida, limpou cuidadosamente suas mãos e rosto. Depois de todo esse cuidado, já era madrugada quando o viu finalmente adormecer.Somente após ter certeza de que o idoso estava descansando bem, Diya deixou o quarto e foi para o cômodo que costumava ser o seu, nos tempos em que ainda morava ali. Exausta, ela tomou um banho rápido, deitou-se e, assim que encostou a cabeça no travesseiro, caiu em um sono profundo.Enquanto isso, Zeus chegou em casa. Era mais de duas da manhã, e ele estava completamente exausto. O longo voo e as dores de estômago causadas pela gastrite o deixaram à beira do limite. Assim que entrou no quarto, jogou-se na cama, sentindo o corpo pesado e a mente confusa. De repente, uma fragrância familiar invadiu suas narinas.Era o perfume dela. O perfume único de Diya."Será que estou tão cansado que estou sonhando?
Diya socou o travesseiro com raiva:— Maldição, esse cara! Não podia vir antes ou depois? É como se o destino tivesse prazer em me colocar no caminho dele!No dia seguinte, Diya acordou cedo e, junto com Renata, começou a preparar biscoitos caseiros para o Mestre Santos. Embora o estado de saúde dele ainda fosse delicado, ele comeu vários biscoitos para agradar Diya, e parecia um pouco mais animado.Após o café da manhã, Diya o levou para passear pelo jardim dos fundos. O frio do início da primavera já havia se dissipado, e o sol da manhã aquecia gentilmente a pele. As tulipas no jardim estavam em plena floração, enchendo o lugar de cores vibrantes. Diya e o Mestre Santos conversavam alegremente enquanto ela empurrava sua cadeira de rodas. Até fizeram uma chamada de vídeo com o avô dela, e tudo parecia tranquilo e perfeito.Mas, ao virar a esquina perto de uma das pedras decorativas do jardim, o sorriso de Diya desapareceu instantaneamente.Zeus e Bianca estavam sentados no pavilhão, c