O olhar de Diya disparou um raio de pura fúria, difícil de conter. Claro, aquela raiva não era inteiramente dirigida a Pedro. Afinal, se não fosse pelo aviso dele, ela não teria encontrado Zeus tão rápido.Mas, naquele momento, tudo o que ela queria era arrancar fora a "parte masculina" de Zeus. Assim, ele não teria mais problemas para resolver...No entanto, ao refletir por um instante, Diya percebeu que Zeus estava claramente fingindo. Ele estava fazendo aquele espetáculo de propósito, e o alvo era ela."Ah, Mestre Zeus, o grande playboy cercado de mulheres. Que cena rara. Se eu gravar um vídeo disso e postar no meu Twitter, certamente ganharia uma enxurrada de seguidores."Determinada, Diya pegou o celular. Mas, antes que pudesse começar a gravar, algo inusitado aconteceu: em questão de segundos, o ambiente antes barulhento e cheio de gente ficou completamente vazio.Pedro havia desaparecido em algum momento, e o que restava era apenas Zeus e ela. O silêncio era quase surreal, e Diy
— Que palhaçada é essa? — Diya gritou, firme, mas as palavras de Zeus ainda ecoavam em sua mente. "Case-se comigo."Ela olhou para Zeus, que continuava rindo como um bobo e claramente esperando uma resposta. De repente, um pensamento divertido passou pela cabeça dela. Zeus, normalmente tão explosivo e imprevisível, era alguém com quem ninguém ousava brincar. Mas agora, bêbado desse jeito, ele parecia inofensivo, quase adorável.— Zeus, você disse que quer se casar comigo. É sério mesmo? — Perguntou Diya, com um tom provocador, enquanto apertava a orelha dele sem nenhum remorso.Sob circunstâncias normais, jamais ousaria fazer algo assim. Mas amanhã Zeus não se lembraria de nada, então ela não tinha nada a temer.— É sério, é sério! — Zeus respondeu, balançando a cabeça como um passarinho, com um sorriso infantil, parecendo um garoto travesso à espera de aprovação."Que fofo!" Pensou Diya, com o coração quase derretendo. Aquele rosto perfeitamente esculpido, combinado com a expressão bo
A declaração de Zeus era autoritária e carregada de possessividade. Seus olhos vermelhos e penetrantes estavam fixos em Diya como se ela fosse sua propriedade, algo que ele jamais permitiria que alguém tirasse dele.O corpo de Diya ficou rígido, e seu coração acelerou incontrolavelmente."Se... se Zeus não estivesse bêbado agora, como seria?"Mas o mundo não funciona com "e se". Ela abaixou os olhos, reprimindo os pensamentos, e percebeu que não deveria ter brincado com Zeus. O que começou como uma tentativa de vê-lo se envergonhar acabou machucando a si mesma.Com um movimento brusco, ela afastou a mão de Zeus com um tapa e, sem hesitar, deu sua ordem:— Você consegue andar sozinho, não é? Então, se consegue, vá para casa agora mesmo!Ela olhou para o relógio e viu que já eram quase onze da noite. Mestre Santos, com sua idade avançada, certamente ficaria muito preocupado se soubesse que Zeus estava na rua, bêbado daquele jeito.Ainda assim, levá-lo de volta para a casa da família Ribe
Mas agora que ele estava dormindo, Diya simplesmente não conseguia tirá-lo da banheira e levá-lo até a cama.— Zeus, acorde! Se quer dormir, vá para o quarto e durma direito! — Disse ela, impaciente.Zeus abriu os olhos lentamente, ainda confuso, mas o que viu o deixou surpreso: o rosto genuinamente preocupado de Diya."Eu devo estar sonhando... ou estou vendo errado?"Ele arregalou os olhos, incrédulo, enquanto sua garganta se apertava em um reflexo nervoso.— Diya?— Quem mais poderia ser? Anda logo, levante! — Respondeu ela, revirando os olhos com impaciência. — Eu devo ter sido sua devedora em outra vida. Olha pra mim, saio de casa no meio da noite, deixo minha cama quentinha pra ir te buscar naquele bar nojento, você bêbado feito um idiota! Se não fosse por um colapso mental momentâneo, nunca teria feito uma coisa tão ridícula!Ela resmungava enquanto tentava, inutilmente, puxar Zeus para fora da banheira. Seus braços finos usavam toda a força que ela tinha, mas Zeus sequer dava s
O beijo de Zeus se aprofundava cada vez mais, mas o instinto de sobrevivência de Diya a fez reagir. Em um ato desesperado, ela cravou os dedos na axila de Zeus com força, fazendo-o se afastar como se tivesse levado um choque.Ele ficou ali, parado, encarando-a enquanto respirava ofegante, os olhos fixos nela.Foi então que Diya percebeu, horrorizada, que os botões de sua camisa haviam sido desfeitos sem que ela sequer notasse. Seu peito estava completamente exposto ao olhar intenso de Zeus.— Zeus, você é algum tipo de animal? Não consegue pensar em outra coisa além disso? — Gritou ela, furiosa.Diya estava indignada. Ele estava doente, bêbado e ainda assim não conseguia se comportar. Mas o que mais a irritava era ela própria: como pôde se deixar levar por um único beijo, quase perdendo o controle?Aquela troca de emoções, no entanto, pareceu ser suficiente para trazer Zeus de volta à sobriedade. Ele estava completamente acordado agora. Mas as lembranças das brigas recentes e da sombra
Zeus disse, visivelmente irritado: — Pelo amor de Deus, você não ficaria assustada se abrisse os olhos e visse um par de olhos enormes encarando você? Diya ficou indignada. Aquele sujeito, em vez de admitir que o comportamento dele era, no mínimo, estranho, ainda tinha a audácia de dizer que ela estava exagerando! — Quem não deve, não teme. Não é como se olhar para você fosse algo tão assustador assim. — Zeus respondeu com indiferença, mas, antes mesmo que Diya pudesse retrucar, ele abriu o roupão bem diante dela. — Diya, sobre isso, quero que você me dê uma explicação muito boa! Diya, que estava prestes a cobrir os olhos para evitar ver aquele exibicionismo descarado, congelou ao ouvir o que ele disse. Ela decidiu não desviar o olhar. Se Zeus queria explicações, ela queria saber exatamente do que ele estava falando. Zeus apontou com o dedo para o próprio pescoço, mais especificamente para uma marca na pele, e questionou sem rodeios: — Essa marca aqui, você sabe muito bem d
Zeus franziu a testa, sentindo que havia algo de errado na lógica de Diya. No entanto, a cena da noite anterior voltou à sua mente, e ele simplesmente não conseguia rebater nem explicar nada.Será que ele deveria confessar que, por não suportar ver Diya e Nelson trocando carícias, resolveu arrastar Pedro para procurar mulheres?Zeus levantou-se e foi até o espelho. Ao ver as marcas em seu pescoço, sentiu apenas nojo. Aquela mulher que ousou deixar marcas em seu corpo... ela estava condenada!— Levante-se, está na hora de comer.Zeus sabia que estava errado e decidiu não insistir nesse assunto.Diya, por sua vez, não queria continuar a conversa. Para ser mais específica, ela não queria dizer sequer uma palavra para Zeus!Depois de se lavar e se arrumar, o estômago de Diya começou a roncar. Ela queria sair imediatamente, mas foi atraída pelo cheiro da comida que vinha da cozinha.Zeus segurava um prato e colocou o último item da refeição na mesa. Antes que ela pudesse dizer algo, ele pux
Nelson trabalhava na Universidade Armano, e Zeus sabia disso muito bem. Por isso, Diya esperava que ele ficasse furioso com a situação.No entanto, Zeus sequer franziu a testa:— Juntos, então. Te dou uma carona.— Não precisa, vai atrapalhar o seu trabalho. Que vergonha seria!Diya soltou um sorriso sarcástico, recusando a oferta. Ela se arrependeu imediatamente. Como pôde dizer algo que desse a Zeus a chance de se envolver ainda mais com ela? Se Zeus a levasse até a universidade e acabasse encontrando Nelson, isso certamente resultaria em mais uma briga entre os dois. Mas Zeus, indiferente às preocupações de Diya, respondeu:— Não atrapalha, é caminho.Quando o carro começou a andar, Diya ainda não conseguia entender. A direção da Universidade Armano era completamente oposta à do Grupo Santos. Como Zeus teve coragem de dizer que era "caminho"?Depois de tomarem café da manhã do lado de fora, chegaram à Universidade Armano. Assim que saíram do carro, Diya avistou o diretor da un