— Faça barulho! — As bochechas de Ademir esquentaram enquanto ele ordenava a Karina. Karina abriu a boca sem emitir som algum. — Depressa! — Ademir a pressionou. — Não é como se você nunca tivesse feito amor antes, não sabe como? Assim que terminou de falar, Ademir sentiu uma opressão intensa em seu peito... Karina não teve escolha a não ser emitir os sons do ato de fazer amor. Ademir ficou surpreso e perguntou: — Que som é esse que você está fazendo? Não se lembra de como gemia durante o sexo? Você não era tão intensa? Até se machucou! Ademir a envolveu em seus braços: — Você não acabou de dizer que, se eu precisasse, você faria qualquer coisa? — Sim. — Karina hesitou, acenando com a cabeça. — Mas o que você pretende fazer... Antes que pudesse terminar a frase, Ademir inclinou a cabeça. Sons maravilhosos saíram da garganta de Karina. O homem estava beijando o seu pescoço! O coração de Karina começou a tremer, e ela não se atrevia a se mover. Karina ficou
Na manhã seguinte.À mesa do café, Otávio estava de ótimo humor. De vez em quando, ele lançava um olhar para as marcas vermelhas no pescoço de Karina, e seu rosto se iluminava com um sorriso.— Karina, coma mais um pouco, você merece. — Otávio então se dirigiu a Ademir com um tom de advertência. — Não exagere, a Karina agora não está sozinha!Ademir e Karina trocaram olhares, mas permaneceram em silêncio.Após o café da manhã, os dois se despediram e deixaram a Mansão da família Barbosa. Ademir levou Karina de volta ao dormitório da Universidade J.— Você não vai trabalhar hoje?— Vou, sim. — Karina colocou a mochila nas costas. — Hoje estou de plantão noturno, então não preciso ir ao hospital durante o dia.Ademir lançou um olhar crítico para o prédio do dormitório e comentou com desdém:— Esse seu dormitório é realmente muito velho e decadente.Não era a primeira vez que ele fazia esse comentário.Karina não deu muita importância, abriu a porta do carro e saiu:— Nosso dormitório é b
Túlio sorriu suavemente:— Sou eu. — Ele disse, apontando para dentro do salão. — Você também veio para a festa?Havia uma nota de dúvida no tom de Túlio.Ele não entendia por que Karina participaria de um evento comercial como aquele.Karina sorriu e explicou:— Foi uma coincidência. Eu salvei o dono da propriedade Hidden Lake.— O Vitor?Karina respondeu:— Sim, ele é praticamente meu paciente.Depois de algumas palavras trocadas, o celular de Karina tocou. Era Ademir, ligando para apressá-la.Karina não atendeu e acenou para Túlio.— Estão me apressando. Vou indo!Antes que Túlio pudesse responder, Karina rapidamente correu em direção à porta lateral.Observando a silhueta de Karina se afastar, Túlio parecia abatido, murmurando para si:— Karina, nos vemos mais tarde....Ao chegar à porta lateral sul, Karina já estava exausta, mas só encontrou Júlio.— Desculpe, me atrasei!Júlio sorriu:— Não tem problema. Ademir precisou atender alguns convidados e foi na frente. Eu vou te levar
Encontrar Vitória aqui não era algo estranho. Vitória era a namorada de Ademir, então sua presença nesse lugar era perfeitamente normal. Mas a reação de Vitória ao vê-la foi como se tivesse visto um fantasma.— O que você está fazendo aqui?Porém, isso não era o que mais chocava Vitória; o que realmente a deixava atônita era o vestido que Karina estava usando. Aquele vestido era claramente o mesmo que Vitória havia visto no camarim de Ademir momentos atrás!Karina, alheia a essa situação, esboçou um leve sorriso e respondeu:— Existe alguma lei que me proíba de estar aqui?Karina não queria dar atenção a Vitória, pois estava com muita fome. No entanto, ao passar por Vitória, foi bruscamente puxada por ela, que disse:— Você não pode ir embora!Karina ficou chocada e respondeu:— Vitória, você enlouqueceu? Solta minha mão agora!Mas Vitória segurou firme o braço de Karina, com uma expressão cada vez mais assustadora:— Eu disse que não vou deixar você ir!— Você está completamente l
Ademir e Túlio eram ótimos nadadores e logo conseguiram tirar Karina e Vitória da água. Ademir segurou Vitória em seus braços, dando leves tapas em seu rosto enquanto a chamava:— Vitória, Vitória, você está bem?Vitória cuspiu um jato de água e, aos poucos, recobrou a consciência. Se agarrando ao Ademir, começou a chorar desesperada:— Ademir! Eu fiquei tão assustada!Mas a situação de Karina era bem mais grave.— Karina, Karina? — Túlio chamava, segurando Karina, mas ela não recobrava a consciência. Ele a deitou no chão, seu coração batendo acelerado. — Karina, eu não queria que isso acontecesse, me desculpa...Enquanto falava, Túlio inclinou a cabeça, angustiado. Mas antes que pudesse fazer mais alguma coisa, sentiu uma forte pressão em seu ombro. Surpreso, levantou os olhos e viu que era Ademir.— Sr. Ademir?— Saia da frente!Ademir falou com poucas palavras, mas o tom deixava claro que não estava para brincadeiras. Seus olhos escondiam uma tempestade de emoções que ninguém conseg
Enquanto falava, Vitória lançou um olhar para Eunice. Eunice, momentaneamente, engoliu a raiva e não continuou a discussão. Antes de sair, Ademir lançou um olhar a Túlio: — Quem é você? Túlio e Ademir se entreolharam, com uma sensação de hostilidade no ar. Túlio franziu ligeiramente a testa e revelou sua identidade: — Sou Túlio. Amigo da Karina. Ademir fixou o olhar em Túlio por alguns instantes, e então se lembrou. Eles já haviam se encontrado. Naquela noite na travessia da balsa dos Andes, na cozinha do hotel, eles se cruzaram. Ele era aquele que usou a cozinha de madrugada para fazer quiches. Agora, ao refletir, aquelas quiches naquela noite foram feitas para a Karina, não era? Será que o relacionamento deles era tão próximo assim? Ademir ficou um pouco atônito, mas não demonstrou grandes emoções: — A Karina está dormindo. O Sr. Martins quer entrar para vê-la? — Não, não precisa. — Respondeu Túlio. — Se a Karina está dormindo, eu posso esperar aqui. As
Os dois conversavam quando Júlio ligou:— Ademir, a Karina acordou.— Certo. — Ademir respondeu. — Estou a par.Após desligar o telefone, Ademir olhou para Vitória:— A Karina acordou, vou dar uma olhada nela.— Espere. — Vitória segurou o braço de Ademir, sorrindo com doçura. — Vou com você.Ela não queria, nem por um segundo, deixar Ademir a sós com Karina!Ao ouvir isso, Ademir franziu levemente as sobrancelhas.— Pode ficar tranquila. — Vitória disse rapidamente. — Não vou brigar com ela. Tenho certeza de que a Dra. Costa tem seus motivos, afinal, somos todas mulheres e conversar entre nós é mais fácil.O homem a observou por alguns segundos, refletindo.Ademir acabou concordando:— Está bem....Na sala de repouso.Túlio estava sentado ao lado da cama, olhando para Karina com um olhar cheio de preocupação e carinho.— Como você está se sentindo agora?Karina sorriu e respondeu:— Estou bem. Não sou feita de papel, não vou morrer só por cair na água.— Não fale assim. — Túlio franz
...Karina estava sentada no banco próximo à porta, com o celular em mãos, chamando um carro para buscá-la. Depois de tudo o que havia acontecido, não havia como ela continuar ali. No entanto, os problemas ainda estavam longe de terminar.Eunice e Vitória apareceram logo depois.Eunice avançou rapidamente, gritando para Karina:— Karina! Então é você quem está forçando o Ademir a se casar com você! Como você pode ser tão maldosa? Ele é o namorado da Vitória!Karina ficou surpresa por um instante. Elas já sabiam de tudo? Isso foi rápido.— Eunice. — Karina sorriu suavemente e disse com tranquilidade. — Qualquer um tem o direito de dizer isso, menos você. Não se esqueça que a mais maldosa aqui é você! Foi a sua maldade que deu à luz sua filha.Eunice empalideceu, seu rosto ficando vermelho de raiva enquanto retrucava:— Você não pode se comparar a mim! Eu e seu pai nos amávamos de verdade! Diferente de você! O Sr. Ademir nunca quis se casar com você!Karina reprimiu a repulsa que senti