Até mesmo Sérgio virou a cabeça, o rosto iluminado por um sorriso. Sua atitude bajuladora era tão diferente de antes que parecia outra pessoa.— Sr. Ademir, peço desculpas pelo incômodo, tive um pequeno contratempo aqui, mas já vou resolver. — Disse ele, apressando Karina. — Por que você ainda está aí parada?Karina ficou atônita, pois o "Sr. Ademir" de quem Sérgio falava era, de fato, Ademir. Ele também estava ali!Antes que Karina pudesse levantar a taça novamente, viu Ademir levantar a mão e apontar para ela:— Venha aqui.Karina hesitou, sem ter certeza se Ademir estava se referindo a ela.— Não precisa olhar para os outros. — A voz grave de Ademir soava descontraída, com um leve sorriso. — É você mesmo, venha aqui.Num instante, todos na sala voltaram a atenção para Karina. Ela ficou paralisada, com o rosto corado, sem saber o que ele pretendia.O ambiente ficou carregado de constrangimento.Ademir sorriu de maneira indiferente e disse:— O que foi? Não entendeu o que eu disse?Sé
Eles permaneceram naquela posição, Ademir ergueu os olhos para Sérgio, o olhar cheio de raiva. Sérgio já estava aterrorizado, o suor frio escorria pela sua testa. Neste momento, ele já tinha percebido que o Sr. Ademir gostava de Karina. Embora ele tivesse se interessado pela médica primeiro, o Sr. Ademir também se apaixonou por ela, e Sérgio não se atreveu a dizer mais nada.— Sr. Ademir. Ademir mexeu os olhos, apontou para Felipe e disse friamente: — Você está dificultando a vida do neurocirurgião da Cidade J. — Sim, foi tudo culpa minha. Sérgio amaldiçoou silenciosamente, quem mandou eles quererem o dinheiro dele?Ademir envolveu suavemente a cintura fina de Karina e se levantou com ela. Ademir disse ao Felipe: — Dr. Felipe, não precisa ficar aqui sofrendo. Quanto ao patrocínio que você precisa, vou pedir para alguém entrar em contato com você. Felipe ficou surpreso e olhou para Karina. Karina também ficou espantada e segurou o homem pelo braço: — Sr. Ademir?
Por sorte, o avô estava prestes a receber alta do hospital. O assunto do divórcio também precisava ser levantado novamente.Karina, por outro lado, correu para o dormitório, fechou a porta e cobriu o rosto com as mãos, envergonhada. Ela tinha acabado de sonhar, ou aquilo realmente aconteceu?Ademir a beijou!Por quê? Ele não estava apaixonado pela Vitória? Então, o que ele estava tentando fazer com ela?Ainda sentia o leve sabor do álcool em seus lábios.Será que ele não conseguiu se controlar por causa da bebida?Karina colocou a mão no peito, sentindo o coração bater acelerado, enquanto uma sensação agridoce e amarga tomava conta de seu coração....Alguns dias depois, numa manhã, Karina recebeu uma ligação de Otávio:— Vovô.Otávio sorriu e perguntou:— Karina, você tem estado ocupada ultimamente?— Eu trabalho durante o dia. — Respondeu Karina com sinceridade. — Saio às cinco e meia da tarde.Otávio continuou:— É o seguinte, o vovô recebeu alta e voltou para casa hoje. Você e o A
Ao ouvir seu nome, Karina ficou cada vez mais nervosa, seu pequeno rosto ficou tenso e pálido. Ademir percebeu seu nervosismo e franziu a testa. Ela estava com medo? Seria porque não queria se divorciar? Ela realmente queria manter esse casamento?Sem obter uma resposta dele por um tempo, Otávio olhou fixamente para Ademir e disse:— E então, o que você e a Karina decidiram? Diga logo!Ademir subitamente mudou de ideia:— Na verdade, eu queria dizer que achamos que você deveria ter ficado mais tempo no hospital. Por que saiu tão cedo?— Ah, pensei que fosse algo sério. — Otávio respondeu, sem paciência. — Fiquei no hospital tanto tempo que já estava mofando. Não é o mesmo se eu me recuperar em casa? Não acha, Karina?Karina sorriu e concordou com a cabeça:— Estar de bom humor é muito importante para a recuperação. Eu acabei de verificar, e o médico aqui em casa está cuidando de tudo muito bem. Não há problema algum.Essas últimas palavras foram direcionadas a Ademir.A criada se apro
— Faça barulho! — As bochechas de Ademir esquentaram enquanto ele ordenava a Karina. Karina abriu a boca sem emitir som algum. — Depressa! — Ademir a pressionou. — Não é como se você nunca tivesse feito amor antes, não sabe como? Assim que terminou de falar, Ademir sentiu uma opressão intensa em seu peito... Karina não teve escolha a não ser emitir os sons do ato de fazer amor. Ademir ficou surpreso e perguntou: — Que som é esse que você está fazendo? Não se lembra de como gemia durante o sexo? Você não era tão intensa? Até se machucou! Ademir a envolveu em seus braços: — Você não acabou de dizer que, se eu precisasse, você faria qualquer coisa? — Sim. — Karina hesitou, acenando com a cabeça. — Mas o que você pretende fazer... Antes que pudesse terminar a frase, Ademir inclinou a cabeça. Sons maravilhosos saíram da garganta de Karina. O homem estava beijando o seu pescoço! O coração de Karina começou a tremer, e ela não se atrevia a se mover. Karina ficou
Na manhã seguinte.À mesa do café, Otávio estava de ótimo humor. De vez em quando, ele lançava um olhar para as marcas vermelhas no pescoço de Karina, e seu rosto se iluminava com um sorriso.— Karina, coma mais um pouco, você merece. — Otávio então se dirigiu a Ademir com um tom de advertência. — Não exagere, a Karina agora não está sozinha!Ademir e Karina trocaram olhares, mas permaneceram em silêncio.Após o café da manhã, os dois se despediram e deixaram a Mansão da família Barbosa. Ademir levou Karina de volta ao dormitório da Universidade J.— Você não vai trabalhar hoje?— Vou, sim. — Karina colocou a mochila nas costas. — Hoje estou de plantão noturno, então não preciso ir ao hospital durante o dia.Ademir lançou um olhar crítico para o prédio do dormitório e comentou com desdém:— Esse seu dormitório é realmente muito velho e decadente.Não era a primeira vez que ele fazia esse comentário.Karina não deu muita importância, abriu a porta do carro e saiu:— Nosso dormitório é b
Túlio sorriu suavemente:— Sou eu. — Ele disse, apontando para dentro do salão. — Você também veio para a festa?Havia uma nota de dúvida no tom de Túlio.Ele não entendia por que Karina participaria de um evento comercial como aquele.Karina sorriu e explicou:— Foi uma coincidência. Eu salvei o dono da propriedade Hidden Lake.— O Vitor?Karina respondeu:— Sim, ele é praticamente meu paciente.Depois de algumas palavras trocadas, o celular de Karina tocou. Era Ademir, ligando para apressá-la.Karina não atendeu e acenou para Túlio.— Estão me apressando. Vou indo!Antes que Túlio pudesse responder, Karina rapidamente correu em direção à porta lateral.Observando a silhueta de Karina se afastar, Túlio parecia abatido, murmurando para si:— Karina, nos vemos mais tarde....Ao chegar à porta lateral sul, Karina já estava exausta, mas só encontrou Júlio.— Desculpe, me atrasei!Júlio sorriu:— Não tem problema. Ademir precisou atender alguns convidados e foi na frente. Eu vou te levar
Encontrar Vitória aqui não era algo estranho. Vitória era a namorada de Ademir, então sua presença nesse lugar era perfeitamente normal. Mas a reação de Vitória ao vê-la foi como se tivesse visto um fantasma.— O que você está fazendo aqui?Porém, isso não era o que mais chocava Vitória; o que realmente a deixava atônita era o vestido que Karina estava usando. Aquele vestido era claramente o mesmo que Vitória havia visto no camarim de Ademir momentos atrás!Karina, alheia a essa situação, esboçou um leve sorriso e respondeu:— Existe alguma lei que me proíba de estar aqui?Karina não queria dar atenção a Vitória, pois estava com muita fome. No entanto, ao passar por Vitória, foi bruscamente puxada por ela, que disse:— Você não pode ir embora!Karina ficou chocada e respondeu:— Vitória, você enlouqueceu? Solta minha mão agora!Mas Vitória segurou firme o braço de Karina, com uma expressão cada vez mais assustadora:— Eu disse que não vou deixar você ir!— Você está completamente l