Fábio pensava assim em seu coração, mas disse em voz alta:- Você é que está morto, meu pai não vai morrer, você é um homem mau.Antônio não gostava de crianças, especialmente desse garoto à sua frente. Ouvir o choro dele só aumentava sua impaciência.- Pare de chorar.- Não.Fábio continuou fingindo chorar, sem derramar nenhuma lágrima.Antônio não podia ver que era falso, preocupado que Francisca o visse assim quando saísse do exame, ele ficou irritado.- Seu pai não morreu.- Mas você amaldiçoou meu pai!Fábio chorou ainda mais alto.Antônio ficou ainda mais irritado:- Pare de chorar, eu estava brincando.Fábio não esperava que seu pai fosse se rebaixar desse jeito. Ele olhou para o relógio na parede e percebeu que era porque estava quase na hora do exame de sua mãe. Parece que seu pai ainda tinha medo de sua mãe. Ele poderia aproveitar essa oportunidade.- Você é adulto, como pode brincar assim? Meu pai morreu, eu quero voltar para o país A com minha mãe e visitar o túmulo do meu
Gabriela, impaciente, permanecia em pé, finalmente vendo Francisca e ficando surpresa por um momento. Seu olhar se fixou em Fábio, cheio de dúvidas. Quem era essa criança?Gabriela não reconhecia Fábio, mas ele já havia investigado sobre ela e logo percebeu que ela era sua avó por parte de mãe. Um lampejo de raiva cruzou seus olhos e ele apertou os punhos secretamente. É essa velha mulher, quase matou minha mãe, eu tenho que ensinar uma lição para ela.Gabriela claramente percebeu o ressentimento nos olhos da criança e ficou intrigada. Por que uma criança tão pequena olharia para ela com tanto ódio? Não se importando muito, Gabriela se aproximou rapidamente dos três.Francisca instintivamente se colocou na frente de Fábio:- Fábio, você e seu tio Antônio vão para casa. Eu tenho algo para resolver.Antônio também ouviu os passos de uma pessoa desconhecida, mas não sabia quem era. Fábio pensou que não deveria fazer algo errado na presença de sua mãe, então se virou para Antônio e disse:
O rosto de Gabriela ficou instantaneamente vermelho, ela olhou incrédula para Francisca, claramente não esperava que sua filha, que costumava ser tão obediente, fosse realmente bater nela. Francisca também tremia enquanto abaixava a mão:- Sra. Gabriela, por favor, controle a sua boca. Se houver uma próxima vez, não será apenas uma simples bofetada.Gabriela ficou paralisada, demorou um tempo para reagir e então tentou avançar contra Francisca. Mas desta vez não foi tão fácil, vários seguranças se aproximaram e a seguraram. Gabriela estava jogada na neve, perdendo completamente sua postura de dama elegante, parecia muito desajeitada.- Larguem-me, soltem-me! Eu estou batendo na minha própria filha, por que vocês têm o direito de me impedir? - Gritou Gabriela.Sem a ordem de Antônio, os seguranças não a soltariam. Francisca ouviu os gritos de Gabriela e achou tudo muito ridículo. No dia a dia, Gabriela nunca admitia que Francisca era sua filha, mas agora, para poder bater nela, de repen
Francisca e Antônio se separaram imediatamente, com expressões constrangidas em seus rostos.- Fábio, como você saiu daí? - Perguntou Francisca.O rosto de Francisca ficou ainda mais vermelho.Fábio não era uma criança que não entendia nada, ele sabia que o pai estava tentando paquerar a mãe novamente. Sua mãe era tão ingênua, como poderia ser enganada pelo pai de novo?Fábio desceu as escadas:- O andar de cima estava entediante, tio Antônio, você quer brincar comigo lá fora?- Mas está tão tarde... Francisca não teve a chance de terminar a frase, pois Antônio prontamente concordou:- Claro.Como homem, Antônio certamente percebeu a hostilidade de Fábio em relação a ele. Antônio não gostava nem um pouco daquele garotinho, mas como era filho de Francisca, se quisesse mantê-la por perto, precisava do seu consentimento. Caso contrário, ele já teria jogado as crianças no rio para alimentar os peixes.Francisca olhou para os dois homens saindo harmoniosamente para um passeio e sentiu-se a
O temperamento de Fábio herdou um pouco de Francisca, e Helena estava preocupada de que Antônio não fosse bom para ele, então ela fez um lembrete.- Não se preocupe. - Disse Antônio. Ele não iria dificultar as coisas para uma criança.Dentro do banheiro, Fábio estava tomando banho enquanto pensava em como impedir sua mãe de se relacionar com seu pai. No final, ele decidiu agir proativamente. À noite, quando foram dormir, ele segurou firmemente a mão de Francisca:- Mamãe, você pode dormir comigo esta noite?Ao ver Fábio, que antes estava envergonhado por tomar banho com sua presença, Francisca não hesitou e respondeu imediatamente:- Claro.Fábio deitou-se na cama feliz.Depois de apagar as luzes. Ele abraçou Francisca e perguntou:- Mamãe, onde está o tio Henrique?Francisca também estava confusa, pois não o via desde a última vez que comeram juntos.- Eu não sei onde ele está, provavelmente ocupado com seus negócios.No entanto, Fábio sentiu que não era tão simples assim. Antes, não
Francisca não esperava que Fábio, que aparentemente tinha um bom relacionamento com Antônio, não gostasse dele e não quisesse estar com ele. Ela, era claro, colocou o filho em primeiro lugar: - Está bem, faremos do seu jeito. Agora vá dormir como um bom menino.Fábio finalmente adormeceu obedientemente, mas havia algo que o preocupava.Na manhã seguinte, enquanto Francisca estava ocupada, Fábio ligou para Breno. Demorou um pouco para que Breno atendesse do outro lado.Fábio estava um pouco irritado:- Ei, irmão, o que você está fazendo? Só agora atendeu o telefone.Breno estava de pé no canto da varanda do andar mais alto de uma mansão luxuosa, admirando a bela vista de Cidade C ao redor. Este era o lar da família Santos.O noivado de Cristina e Admir havia terminado, e agora Fernando estava organizando o noivado de Claudia e Marcelo. Affael estava aplaudindo de alegria e naquela noite já havia levado Claudia para a mansão da família Santos.Ao partir, Affael chorou para Breno:- Não
Alex e Gabriela vieram especialmente hoje para visitar Fernando, querendo discutir sobre um terreno no centro da cidade de Cidade C.Afinal, agora a família Costa e a família de Pareira estavam unidas por laços familiares, e a relação entre a família de Pareira e a família Santos era a melhor.Gabriela e Alex pensaram que, contando com a aliança com a família de Pareira, poderiam fechar esse negócio apenas com uma visita. Mas Gabriela não esperava que houvesse um fator inesperado aqui hoje. Ao entrar na sala, ela viu Breno pela primeira vez, sentiu uma familiaridade, mas não conseguia se lembrar de quem era, afinal, ela só tinha visto Fábio rapidamente uma vez.Fernando estava bebendo café e não se levantou para cumprimentar os dois. Ambos são experientes no mundo dos negócios, e ele naturalmente investigou Alex e Gabriela, sabendo que ambos têm métodos extremamente sujos. Se não fosse pelo fato de Cristina e Admir estarem prometidos um ao outro, ele nem os teria deixado entrar.- Sr.
- Bisvovô, pelo que eu sei, o governo vai emitir um aviso de demolição da fábrica e construção do metrô dentro de três dias. Se o aviso sair, o preço do terreno vai aumentar consideravelmente, pelo menos três vezes o valor que o Sr. Alex ofereceu. Se o senhor esperar mais um pouco, o valor vai multiplicar ainda mais.Breno falou calmamente.Fernando ficou momentaneamente atordoado, mas logo acenou para um de seus subordinados:- Vá verificar.- Sim.Fernando não se importava mais com o aviso de demolição da fábrica. O que o preocupava era que Alex estava brincando com ele bem debaixo de seu nariz. Alex também não podia acreditar, olhando chocado para a criança diante dele. Como ele sabia dessa informação interna do governo? E ele nem havia descoberto por meios próprios.- Pequeno, não se pode falar besteiras assim. Como eu não saberia de um aviso do governo? - Riu Alex.Gabriela, vendo seu marido ser desmascarado por uma criança, também entrou na conversa para amenizar a situação:- Si