Humilhação?Francisca ouviu o que Guilherme disse, mas manteve uma expressão calma:- E o que isso tem a ver comigo?No passado, ela também sofreu todo tipo de humilhação na Família de Pareira, e Antônio não a ajudou.Guilherme ficou sem palavras. Ele abaixou a voz:- Pense no fato de que o Sr. Antônio já te ajudou uma vez. Por favor, ajude-o dessa vez, pode ser?Ao ouvir isso, Francisca lembrou-se de quando Antônio a ajudou a resolver o problema com o Sr. Peel no exterior.Ela ficou em silêncio por um momento antes de responder:- Mesmo que eu vá, o que posso fazer? Um de nós é cego e o outro tem audição fraca. Você tem certeza de que posso ajudá-lo?Francisca estava sendo honesta. A poderosa Família de Pareira nunca lhe daria importância.- Bem...Guilherme hesitou.Vendo isso, Francisca achou que ele havia desistido e começou a se levantar para pagar a conta.Guilherme explicou rapidamente:- O principal motivo pelo qual me sentiria mais tranquilo é se você estiver presente.Guilher
Na antiga mansão de família Pareira.Após atender uma ligação, Sílvia estava de bom humor. Breno, surpreendentemente, procurou por ela, considerando que antes ele sempre foi distante. Mas nesse momento, Antônio ainda não havia chegado e havia murmúrios ao redor.- Será que Antônio não vem mais?- Não era combinado que ele viria? Por que não aparece? Antônio nunca descumpriu sua palavra.- Vocês não ouviram? Antônio ficou cego, agora vai vir aqui passar vergonha.- O quê? Não pode ser verdade, certo?Todos estavam curiosos para saber se Antônio estava realmente cego ou se era apenas uma farsa. Se fosse verdade, seria um grande espetáculo.Finalmente, Antônio entrou acompanhado do mordomo. Todos olhavam para a porta e viram Antônio vestindo roupas elegantes, mas seus olhos antes brilhantes agora estavam sem vida, sendo conduzido pelo mordomo até o salão.Depois que Antônio chegou, ele não cumprimentou ninguém. Sílvia se aproximou e disse ao Mestre Pareira:- Pai, o médico disse que Antôn
Roberto avistou Antônio sentado sozinho em um canto, sem se render. Ele ainda se lembrava da arrogância de Antônio antes de tudo acontecer. Olhou na direção de Admir e notou que ele não estava tomando partido de Antônio, então ousadamente se aproximou com um copo de bebida na mão.- Antônio, agora que você está bebendo da minha bebida, peça desculpas para mim. O passado já passou, não guardo rancor. - Disse Roberto, balançando o copo de vinho e cuspindo um pouco de saliva nele antes de oferecê-lo.Antônio nem sequer levantou a cabeça em resposta. Roberto, vendo que ele estava sendo completamente ignorado, ficou furioso. Inclinou-se, abaixou a voz:- Você pensa que ainda é o Antônio de antes? Agora, eu poderia te esmagar como se esmaga uma formiga. Aconselho você a encarar a realidade.As outras pessoas ao redor olharam, mas não se atreveram a intervir. Antônio apertou o punho, pronto para acertar Roberto no próximo segundo, mas de repente ouviu uma voz familiar.- Antônio, como você vo
Francisca não sabia, mas Antônio estava sofrendo em silêncio. Ele entendia mais do que ninguém que, mesmo sem enxergar, havia muitas pessoas querendo tirar sua vida, e agora não era hora de preservar seu orgulho.- Obrigado. - Disse Francisca, sentando-se e oferecendo a ele um pedaço de bolo. - Coma também.A cena dos dois comendo o bolo juntos chamou a atenção de Admir, e o olhar afável dele de repente se tornou frio.Quando Sónia chegou, ela imediatamente notou Francisca e Antônio no canto. Embora ambos fossem alvo de insultos, eles pareciam não se importar mais, imersos em seu próprio mundo.Sónia observou Francisca com atenção e percebeu que ela era realmente bonita, elegante em todos os seus movimentos. Especialmente seus olhos, pareciam pedras preciosas. Não era de admirar que Antônio não quisesse se divorciar dela.Enquanto isso, no escritório de Mestre Pareira, Sílvia estava sendo repreendida. Era tudo sobre como ela havia enganado todos, permitindo que Admir se passasse por An
Francisca terminou de arrumar a cama e disse:- Esta noite eu durmo no sofá.Antônio franziu a testa:- Você está grávida, deve dormir na cama.Francisca não esperava que ele fosse tão cavalheiro agora, e considerando que realmente não era conveniente para ela estar grávida, concordou. Depois de se arrumarem, Francisca deitou na cama grande, com um suave perfume no ar.Antônio dormiu no sofá não muito longe dali, suas pernas longas pareciam não encontrar uma posição confortável.Francisca apagou a luz, mas demorou para conseguir dormir. Sempre que fechava os olhos, a face gentil de Admir surgia em sua mente. Embora tivesse muitas dúvidas em seu coração, ela não sabia se deveria perguntar.Não sabia quanto tempo se passou até Francisca finalmente adormecer. Do lado de fora, o vento uivava. Ela não dormiu por muito tempo quando foi acordada por um pesadelo.- Antônio. - Ela chamou instintivamente. Pouco tempo depois, uma mão grande segurou a dela.Antônio havia chegado ao lado da cama se
Antônio parou finalmente. Assim que Francisca adormeceu novamente, ele imediatamente foi para o banheiro e tomou um banho gelado.Enquanto isso, Fábio foi levado pela empregada para um quarto infantil extremamente luxuoso. Assim que Sílvia se despediu dos convidados, ela se apressou para lá.- Breno, desculpe por te fazer esperar tanto. Quer comer alguma coisa?Sílvia se aproximou com um olhar atencioso.Fábio olhou para aquela mulher bonita, na casa dos cinquenta anos, com um charme ainda presente. Sabendo que ela era uma madrasta má, ele não escondeu sua insatisfação, mas disse:- Vovó Sílvia, senti tanto a sua falta. Por que você demorou tanto para vir?Ele se levantou e abraçou diretamente as coxas de Sílvia, esfregando o nariz nela. Sílvia ficou momentaneamente surpresa. Era a primeira vez que ela via Breno tão dependente dela.- Desculpe, não foi minha intenção te deixar sozinho aqui. Assim que soube que você estava vindo, estava ansiosa para estar ao seu lado.Fábio ficou surpre
Admir também levantou a cabeça para olhar para ela. Diferente do que aconteceu na noite passada na festa, neste momento parecia que só existiam os dois no mundo.As pupilas de Francisca se contraíram e antes que ela pudesse reagir, foi abraçada por trás por Antônio.- Como você está aqui na varanda escovando os dentes? Está tão frio lá fora, como vai aguentar o frio? - disse Antônio com a voz rouca.Francisca voltou à realidade e imediatamente desviou o olhar, saindo dos braços de Antônio. Ainda bem que, agora, Antônio não podia ver.- Está tudo bem, não sinto frio.Francisca voltou imediatamente para o quarto. Ela só sabia que Antônio não podia ver, mas não sabia que Antônio tinha olhos em todos os lugares. No momento em que Admir se aproximou, alguém já havia informado Antônio.Antônio ficou na varanda, o vento frio batendo em seu rosto, quando o celular tocou. Ele pegou o celular, era Admir ligando.- Mãe disse que você perdeu a memória, parece que é verdade. Vou te lembrar novament
Fábio ouviu alguém chamando por ele e se virou para ver Flávio. Ele ficou confuso, quem era aquele garotinho à sua frente? Flávio se aproximou dele e disse:- Breno, o que está acontecendo? Por que está me ignorando?Então, ele conhecia seu irmão. Fábio olhou para ele, impaciente:- O que você quer?A voz infantil e inocente de Flávio contrastava com a seriedade de Breno, o que deixou Flávio confuso:- Breno, você mudou de repente?Fábio não sabia como responder no momento.- Mas você é tão fofo falando assim. - Flávio riu. - Você veio me encontrar para brincar, não é? Eu vou te levar para lugares na Família de Pareira que você nem imagina.Fábio ficou intrigado com o que ele disse:- O que quer dizer com lugares que você nem imagina?- Eu sou o Flávio, o único neto legítimo da linhagem principal da Família de Pareira. Você esqueceu?Flávio estava orgulhoso.Fábio pensou no nome por um momento e logo se lembrou. Seu irmão havia mencionado que o primo de seu pai tinha um filho chamado F