Sob a luz amarelada, Breno tinha lágrimas no rosto. Quando viu Francisca, ele rapidamente enxugou as lágrimas:- Mamãe, mamãe.Francisca ficou surpresa:- Breno, por que você está chorando?Francisca nunca tinha visto aquele garotinho chorar antes. Breno imediatamente virou as costas e, certificando-se de que tinha secado as lágrimas, só então olhou para Francisca:- Eu não estava chorando.Ele olhou para Antônio atrás de Francisca, sentindo-se um pouco apreensivo. Houve meia hora atrás. Ele se levantou para ir ao banheiro e viu que a luz da sala estava acesa, mas não havia ninguém no quarto da mãe nem no quarto do Antônio. Ele pensou que a mãe tinha sido sequestrada pelo Antônio e se culpou por não ter cuidado, por isso chorou. Mas agora a mãe o viu chorar, era realmente uma vergonha.- Quando eu estava no banheiro, sem querer, água entrou nos meus olhos. - Explicou Breno seriamente.Francisca não o questionou. Ela pensou que ele tinha acordado sozinho para ir ao banheiro, não a viu e
Breno ficou perplexo. Obviamente, ele não tinha pensado em como responder a essa pergunta.Antônio abriu a boca levemente:- Eu não vou machucá-la, mas palavras não são suficientes. Você pode me supervisionar a qualquer momento.Ao ouvir isso, Breno ficou surpreso e imediatamente disse:- Ok, está combinado. Vou te supervisionar bem.Depois da conversa, Breno fechou os olhos, tentando dormir. Mas ele estava acostumado a dormir sozinho desde os dois ou três anos de idade, e agora ter um homem grande ao seu lado era realmente desconfortável. Ele se virava de um lado para o outro, incapaz de adormecer, mas também não podia simplesmente sair. E se Antônio aproveitasse que ele saiu e fosse procurar a mãe? Foi uma noite difícil, e na manhã seguinte ele se levantou cedo e foi levado para o jardim de infância por Simão....Enquanto isso, Lorenzo voltou às pressas para a Cidade C, com medo em seu coração. Ele não conseguia entender por que Francisca e Antônio estavam morando juntos, quando foi
Francisca balançou a cabeça:- Não, por quê?- Não é nada, só sinto que faz muito tempo desde que o vi. Quando você vai trazê-lo para jantar de novo?Helena não desistiu.Francisca também percebeu e imediatamente contou a Helena o que Henrique havia dito para ela da última vez.- Henrique é apenas um amigo cuidadoso comigo, por favor, não o incomode. - Explicou Francisca.Amigo?Helena, mesmo sendo velha, seus olhos ainda eram bons. Como ela poderia não perceber o amor de Henrique por Francisca?Era que Henrique desistiu de perseguir Francisca por causa de Antônio em casa? Pensando nisso, Helena ficou preocupada com Francisca.- Entendi, Francisca, você também precisa pensar em si mesma. Agora você está grávida novamente, como vai cuidar de tantas crianças sozinha? Helena expressou sua preocupação.- Eu tenho dinheiro agora, não tenho medo. - Respondeu Francisca otimista.Quando Helena falou sobre cuidar, ela não estava se referindo a contratar empregadas, mas queria que Francisca enc
Ao chegar em Cidade C, Francisca encontrou Tânia e foi para fora do prédio do Grupo Pareira.Sentada em uma cafeteria próxima, Francisca aguardava Tânia enquanto esta carregava um gravador, pronta para lhe passar informações a qualquer momento.Observando o edifício do Grupo Pareira, Francisca apoiou-se na cadeira, bebendo seu café com uma expressão nervosa. Uma pessoa se aproximou dela, mas ela não percebeu.- Francisca!Ao ouvir a voz, Francisca virou-se para a pessoa e reconheceu Lua, a amiga de Catarina.- O que você está fazendo aqui? - Disse Lua.Lua ficou surpresa ao vê-la, mas ao se aproximar, confirmou que era realmente Francisca."Por que eu não poderia estar aqui?Francisca achou engraçada a pergunta de Lua.Indignada, Lua respondeu:- Você quase destruiu a vida da Catarina e ainda tem coragem de ficar em Cidade C. Como você pode ser tão cara de pau?Francisca não queria alimentar a raiva de Lua:- Fui eu quem a prejudicou? Eu a forcei a gravar aquele vídeo?- Catarina disse
A neve caía pesadamente, dançando no ar. Francisca observava Gabriela e Tânia conversando ao longe, e por alguma razão, seus olhos começaram a ficar marejados.Simão segurava um guarda-chuva ao seu lado. Embora não soubesse o que estava acontecendo com Francisca, ele podia sentir que ela estava triste.Tânia estava prestes a explicar que era apenas uma assistente, quando ouviu a voz de Francisca em seu fone de ouvido:- Tânia, finja ser eu e converse com ela.Tânia, então, disse a Gabriela:- Claro. Vamos encontrar um lugar para conversar.- Ok.As duas foram para um restaurante sofisticado nas proximidades. Francisca e Simão sentaram-se na mesa ao lado, ouvindo em silêncio a conversa de Gabriela do outro lado.- Srta. Deby, eu e Cristina adoramos suas composições. Diga o preço, estou disposta a aceitar qualquer valor para ter a exclusividade das suas músicas. - Disse Gabriela.Gabriela, que sempre colocava o dinheiro acima de tudo, agora parecia se importar tanto com a outra filha.Fr
- Saia daqui.Francisca, independentemente de como ele entrou, imediatamente deu a ordem de expulsão.- A recepção disse que todos os quartos estão ocupados, se eu sair, não terei onde ficar. - Disse Antônio com uma expressão de pena.- Agora não é alta temporada, como pode estar lotado? Francisca disse enquanto pegava o celular e ligava para a recepção para confirmar, e de fato, estava lotado. Ela ficou um pouco confusa.Antônio não sabia quando chegou perto dela:- Provavelmente porque é quase Ano Novo, por isso está cheio.- Então vá para outro hotel.Ela não acreditava que os outros hotéis também estivessem lotados.- Eu não vou. - Antônio se recusou diretamente, se aproximando de Francisca. - Eu finalmente encontrei este lugar, você quer que um cego saia à noite para encontrar outro hotel, está tranquila com isso?Se fosse outra pessoa, Francisca talvez não se sentisse tranquila, mas Antônio tinha tantos seguranças e subordinados. Ela levantou a mão e segurou a lapela do homem, t
- Isso é o que você faz no trabalho? - Perguntou Francisca.- Sim, é o que o chefe me designou. - Respondeu Antônio sem mudar a expressão.Francisca pensou em como Antônio costumava apenas revisar os projetos dos outros, e agora ele estava fazendo tudo pessoalmente. A vida era cheia de surpresas.- Você não quer falar com a Sílvia e pedir para ela te dar algum trabalho, ou... - As palavras de Francisca foram interrompidas por Antônio. - Francisca, daqui para frente, eu não tenho mais nenhuma ligação com a Família de Pareira, você e eu somos uma família.Francisca ficou engasgada com as palavras. Ela não ficou comovida, mas disse:- A razão pela qual eu voltei para morar em Cidade Sambo é porque o médico disse que Helena não está bem de saúde, talvez não dure muito tempo. Se Helena partir, eu ainda escolheria sair daqui. Mais cedo ou mais tarde, nos separaremos, você e eu não somos uma família.“Nós não somos uma família.”Um aperto no coração de Antônio. Ele pensava que durante esse te
- Você é o senhor que quer fazer negócios comigo? - Perguntou Tânia, desconfiada.Ela não conseguia acreditar que a pessoa com quem ela estava negociando era tão jovem. Ela esperava alguém com mais de cinquenta anos, mas não esperava alguém tão jovem e tão rico. Francisca, sentada no carro, ficou chocada ao ouvir a voz suave de Admir do outro lado:- Sim, sou eu.Aquela voz era exatamente igual à voz de Antônio. Apenas o tom era mais suave, mesmo que Antônio tinha ficado mais gentil ultimamente, ele nunca usou um tom tão suave. O coração de Francisca disparou instantaneamente.Enquanto ouvia através do fone de ouvido, Tânia e Sónia discutiam sobre a colaboração. Tudo o que Tânia mencionava como condições, Admir concordava imediatamente, sem hesitar. Francisca apertou as mãos, seu coração batendo acelerado. No final, Tânia não sabia mais o que dizer, porque a pessoa à sua frente era tão fácil de lidar.- Posso perguntar o seu nome? Tânia disse antes de sair, seguindo as instruções de Fr