Antônio rapidamente engoliu as cenouras. Ao seu lado, Breno ficou surpreso e pensou:“Que nojo, papai comeu tudo.”Antônio terminou de comer:Eu amo todas as comidas que minha esposa faz.Francisca finalmente desviou o olhar. Henrique, ouvindo Antônio chamando Francisca de esposa repetidamente, sentiu-se extremamente mal.Ele serviu Antônio:- Essa salada de cenoura é feita por mim, não é mesmo, Francisca?- Sim, é.Francisca estava um pouco constrangida, mas ao ver Antônio sendo humilhado repetidamente, ela se sentiu um pouco satisfeita.Antes, nunca teria imaginado Antônio assim. Depois de falar, Francisca novamente ofereceu cenouras para Antônio: - Se gosta, coma mais.Breno, ao ver as cenouras no prato de Antônio, ficou chocado e com pena:- Tio, se você gosta, eu te dou as do meu prato também.Breno tinha uma expressão inocente, enquanto o pequeno demônio em seu coração ria maliciosamente:“Papai, não me culpe por ser cruel.”Breno estava prestes a dar as cenouras do seu prato pa
No dia seguinte de manhã cedo, Francisca queria fazer uma salada, mas descobriu que as cenouras que comprou não sobrara nenhuma. Ela procurou por um longo tempo, mas não encontrou, então teve que substituir por outros ingredientes. Antônio já havia desaparecido de manhã cedo, dizendo que tinha ido ao hospital....No porão escuro. Henrique abriu os olhos lentamente e descobriu que estava amarrado a uma cadeira, com sangue escorrendo em seu rosto e ferimentos por todo o corpo, como se estivessem mergulhados em água salgada, doendo muito. Uma voz ressoou em sua frente:- Senhor, esse cara tem alguma habilidade. Chamei quinze pessoas e todas saíram feridas, finalmente conseguimos prendê-lo.Guilherme disse a Antônio.Henrique olhou na direção da voz e percebeu que Antônio estava sentado em uma cadeira em frente a ele, com uma expressão indolente.Guilherme, ao ver que ele estava se movendo, imediatamente disse a Antônio:- Ele acordou.Henrique sabia que desta vez foi a mão de Antônio. El
Aos olhos do vizinho, o que Antônio entregou foi apenas um pedaço de papel rasgado. Era que ele era louco?Quando Francisca voltou para casa, o vizinho não conseguiu se conter e a abordou:- Seu marido até que é bonito, mas tem um temperamento estranho. Eu trouxe comida para vocês e ele me deu um pedaço de papel, ainda pediu para eu preencher os números.O vizinho tentou usar palavras mais elegantes, sem dizer diretamente que Antônio é louco.Francisca sabia que o vizinho havia entendido errado, mas não podia corrigir, então teve que admitir que Antônio tinha um temperamento estranho:- Obrigada pela linguiça, mas quando ele estiver em casa, não o procure. Espere eu voltar e me procure.- Está bem.O vizinho ficou aliviado e observou Francisca voltar para casa, sentindo pena dela.Como uma boa moça, como ela acabou se casando com um homem cego e louco? Ela se lembrava de que Francisca costumava ser uma herdeira rica e casou com alguém rico também, certo?Francisca voltou do hospital. E
Francisca voltou a Cidade Sambo desta vez principalmente para acompanhar Helena em seus últimos momentos na cidade natal. Ela não queria que Helena partisse com arrependimentos, mas acabou sendo abordada por Antônio e pessoas da Família de Pareira.Francisca recolheu seus pensamentos e disse a Tânia:- A próxima música será lançada no Natal.Ela já havia terminado a música, mas havia algumas partes imperfeitas que ela não sabia como corrigir.- Entendi. - Respondeu Tânia, digitando no teclado. - Vou divulgá-la imediatamente em todas as plataformas.- Ok.Desde que se tornou conhecida, toda vez que Francisca lança uma nova música, a menos que fosse para um velho amigo, ela anuncia antecipadamente e depois recebeu consultas de empresas e cantores interessados. Normalmente, era Tânia quem negociava os preços.Exceto pela última vez, quando Francisca precisava de dinheiro para manter sua empresa, ela procurou o tal Sr. Peel.Agora, com a empresa financeiramente estável, Francisca voltou às
No primeiro instante, Francisca percebeu que a mulher no vídeo se parecia com sua mãe Gabriela quando era jovem. Quando Francisca era pequena, ela admirava Gabriela imensamente e costumava assistir secretamente aos vídeos de suas performances no palco quando era jovem. Gabriela também começou sua carreira no balé quando era jovem.- Chefe, terminou de assistir? O que achou? - Perguntou a Tânia.Francisca voltou à realidade e pensou que talvez fosse apenas uma semelhança entre as pessoas.- Está bom, mas eu quero esperar um pouco mais para ver.- Certo, então vou anotar os contatos deles.- Sim.Francisca desligou o telefone. Ela não ousava assistir novamente aquele trecho do vídeo. Porque assim que abria, ela se via novamente criança, dizendo a Gabriela que também queria aprender a dançar, apenas para ser zombada por ela.- O que uma surda vai fazer dançando? Você consegue ouvir o ritmo claramente? Consegue acompanhar o compasso? Não me envergonhe.Embora mais tarde Francisca tinha sub
Ficaram muito próximos, Antônio ouvia sua pergunta, sentia seu cheiro, sua garganta se movendo.- Ah. A voz de Antônio foi rouca.Nesses últimos tempos, ele ocasionalmente sonhava com o passado com Francisca, inevitavelmente, havia intimidade envolvida.- Ainda não acredita em mim? - Perguntou Antônio, olhando para ela. Era impossível mentir, então ela balançou a cabeça.- Não, só acho que você é incrível. Mesmo sem enxergar, consegue tocar piano e me ajudar a corrigir as partituras.Antônio percebeu a melancolia em suas palavras e, provavelmente, compreendeu por que ela estava tão desanimada quando ele chegou, emanando tristeza por todos os poros.- Porque eu preciso ser excepcional. - Disse ele lentamente.Francisca ficou perplexa.Antônio continuou:- Tenho sonhado ultimamente com a minha infância, sendo educado desde pequeno, com a ideia de que serei o próximo a governar a Família de Pareira. Tive que crescer assim.Ele fez uma pausa e, olhando para Francisca, disse:- E agora, se
Um cego não conseguiria perceber qual parte do gelo pode suportar o peso de uma pessoa e acabaria caindo no rio. Nesse frio, cair no rio é o mesmo que morrer.Breno estava apenas provocando Antônio.Helena também percebeu e estava prestes a recusar, mas Antônio disse:- Sim, vou sair para pegar camarões esta noite.Francisca ficou surpresa. Por que Antônio de repente queria pegar camarões? Helena, por outro lado, não acreditava. Como era possível pegar camarões em um rio congelado no meio do inverno? Ela achou que ele estava apenas se vangloriando.A verdade era que houve poucas coisas que o dinheiro não podia comprar. Naquela mesma noite, às dez horas, alguém entregou camarões frescos, exatamente os camarões do rio que Helena gostava.Antônio entregou os camarões para Francisca.Imediatamente, Francisca os levou para a cozinha e fez camarões grelhados. Eles eram frescos, recém-pescados do rio. Sobraram alguns camarões, então ela decidiu guardar alguns e dar o restante para os vizinhos
O carro parou lentamente em frente ao Hotel Spring.Claudia estava sentada dentro do carro, olhando para o hotel com uma expressão complexa. Ela se forçou a ficar calma e saiu do carro com Breno. Francisca também saiu junto.Breno olhou para o relógio. Já era hora, por que a pessoa ainda não chegou? Estava querendo ou não receber o pagamento, assim não teve reputação. Se eu pudesse avaliar, seria uma avaliação negativa com certeza!Claudia não levou as palavras de Breno a sério. Ele era apenas uma criança, como ele poderia encontrar um acompanhante melhor do que o próprio Ilídio?- Francisca, estou muito nervosa. Claudia olhou para trás para Francisca.Francisca se aproximou e segurou sua mão:- Não tenha medo, estou aqui.Nos últimos anos, Claudia nunca teve um homem por causa de Ilídio. Não era que ninguém a tinha procurado, mas ela recusou todos eles. A primeira coisa que ela fez ao voltar para o país foi procurar Ilídio, mas quando o encontrou, ele já tinha uma namorada. Agora, el