Essa frase instantaneamente despertou algo em Augusto. Ele socou o vidro do carro.Francisca recuou assustada, tentando manter a calma:- Se você não acredita em mim, ligue para ela e diga que estou morta.Augusto não hesitou e pegou o celular para ligar para Catarina. Mas para sua frustração, ele não conseguia fazer a ligação.Catarina o bloqueou.- Parece que ela teme qualquer envolvimento com você, qualquer suspeita. Se você nos resgatar, eu posso não te denunciar. No máximo, você será acusado de uma falha no controle do veículo. Nós não nos machucamos, você não terá responsabilidade criminal. - Disse Francisca.O coração de Augusto estava em confusão, sem saber se deveria ouvir Francisca. Enquanto isso, Francisca estava claramente perdendo as forças, sua voz ficando cada vez mais fraca. De repente, barulhos ao redor, sem saber o que Augusto viu, ele saiu correndo.A visão de Francisca também estava ficando cada vez mais embaçada, mas ela conseguiu distinguir uma figura alta se apro
Francisca demorou um pouco para recobrar a consciência e perceber que sua testa, mãos e pernas estavam enfaixadas.Era madrugada, a escuridão do lado de fora era intensa. A luz no quarto de Francisca não havia sido apagada, e ao virar a cabeça, sob uma luz suave, ela viu alguém sentado ao seu lado.- Henrique... - Disse Francisca.Seus lábios pálidos se entreabriram. Henrique dormia superficialmente e acordou rapidamente ao ouvir o sussurro da mulher.- Você acordou? Ainda sente algum desconforto?O médico disse que ela estava no banco de trás do carro e não estava gravemente ferida.Francisca negou com a cabeça:- O motorista...- Ele também está bem, recebeu tratamento a tempo. - Respondeu Henrique.Francisca se sentiu aliviada e então perguntou a Henrique o que havia acontecido depois que ela desmaiou.Pelas palavras de Henrique, ela descobriu que não havia se passado muito tempo desde que desmaiara até que Henrique trouxesse ajuda e capturasse Augusto, que estava fugindo.- Antônio
Henrique entendeu o que Francisca queria dizer:- Descanse bem, deixe isso comigo.Depois disso, ele chamou o médico para examinar Francisca novamente e, depois de confirmar que não havia problemas, ele se despediu e partiu. Quando Antônio terminou suas tarefas e chegou, Henrique já não estava mais lá.Acompanhando Antônio, estava Marcelo. Os dois ficaram do lado de fora do jardim do hospital enquanto a enfermeira trocava os curativos de Francisca.Marcelo estava confuso:- Como isso aconteceu tão repentinamente? Já descobriram quem foi o responsável pelo acidente?Depois que Antônio levou Francisca para o hospital, Henrique conseguiu encontrar o dono do carro envolvido no acidente e o informou sobre a situação.Marcelo ficou impressionado:- Esse cara tem alguns truques, ele conseguiu agir antes de você.Ao ouvir isso, Antônio de repente perguntou:- O que você acha dele em comparação comigo?Henrique foi o primeiro a entrar em contato com Antônio depois que Francisca teve problemas.
Francisca despertou em um sobressalto, coberta de suor e tremendo por todo o corpo. Na penumbra do quarto ao lado, Antônio já havia corrido até lá e só se acalmou ao vê-la bem.- O que aconteceu? - Perguntou Antônio.Os olhos de Francisca estavam vermelhos e lacrimejantes:- Sonhei que eu morri.Aquela sensação era tão real. Ao mencionar a palavra morte, ela acidentalmente tocou uma corda sensível em Antônio. Ele se aproximou e a abraçou, acariciando suavemente suas costas, tentando deixar sua voz mais suave.- Você não morreu, eu estou aqui. - Antônio pausou por um momento e continuou. - Não tenha medo.Francisca demorou para voltar à realidade após o pesadelo. Ela olhou para cima, na direção de Antônio, mas a luz estava tão fraca que não conseguia ver o rosto dele claramente.- Obrigada.Ela disse suavemente. Em seguida, ela soltou gentilmente a mão de Antônio e se deitou novamente na cama. Sua formalidade e distância deixaram Antônio desconfortável. Desta vez, ele não voltou para o
Augusto ainda tinha esperanças em relação a Catarina, até que o capanga de Henrique o levou até o endereço que ele havia mencionado para Catarina. Ao ver um grupo de policiais emboscados na vegetação, Augusto, que estava dentro do carro preto, não conseguia acreditar.- Você viu? Essa mulher nunca teve a intenção de te ajudar, e além disso, ela tem te usado o tempo todo. - Disse o capanga que estava cuidando de Augusto.Augusto balançou a cabeça:- Eu não acredito, o telefone dela pode estar sendo grampeado!O capanga não conseguia acreditar que esse tolo ainda se recusava a aceitar a realidade. A tarefa dada pelo chefe era fazer com que esse cara visse Catarina, e já que Augusto ainda não havia visto, eles poderiam esperar.O carro partiu do local, e as pessoas que vieram prender Augusto ficaram de mãos vazias. Catarina pensava que Augusto seria capturado, mas para sua surpresa, ele escapou mais uma vez. Ela estava preocupada e não sabia o que fazer....Na mansão Oásis.Após sair do
Antônio não sabia o motivo por trás dessa ordem repentina. Talvez fosse porque Francisca havia sofrido um acidente de carro e ele queria animá-la durante a recuperação. Ou talvez fosse para compensar a culpa do passado, além do incidente de retirar a queixa dois dias atrás.Timelo ficou confuso:- É tão urgente? Que tipo de flores você precisa? É para receber convidados especiais?Antônio ficou em pé perto da janela, observando a figura delicada lá fora:- Plante o máximo que puder, de todos os tipos.- Sim. Timelo não tinha ideia de quantas flores Antônio queria com o máximo que puder.Quando a mansão Oásis foi construída, Timelo mesmo havia contratado pessoas para construí-la e conhecia a área aproximada do jardim. Ele imediatamente entrou em contato com fornecedores para comprar as flores.Durante a noite, todos os tipos de flores disponíveis na cidade foram trazidos em caminhões para a mansão Oásis. Quando eles chegaram, Francisca já estava dormindo e não fazia ideia do que estava
Após conversar com Claudia, Francisca guardou o celular e deixou de olhar as flores do lado de fora, se dirigindo à sala de música para tocar piano.Não sabia quanto tempo tinha passado, mas Francisca estava inquieta e saiu da sala de música para ir lá fora. Logo avistou Timelo, que não via há anos, vestido com um smoking, cabelos brancos e uma expressão energética. Ele estava liderando um grupo de trabalhadores e lhes dando instruções. Ao avistar Francisca, ele claramente ficou surpreso.Em seguida, ele desviou o olhar de forma indiferente, instruiu os trabalhadores adequadamente e depois caminhou em direção a Francisca.- Srta. Francisca, estamos incomodando você? - Perguntou Timelo.Ele aparentava ser educado, mas suas palavras seguintes eram mais cortantes que as de qualquer pessoa que xingasse.- Parece que você tem problemas de audição, eu pensei que você não estava ouvindo. Mas ainda assim, devo lhe advertir que são dez horas da manhã, e as outras senhoras da alta sociedade não
Nesse momento, os alunos estavam prestes a sair da escola. Marcelo ia confrontar aquele moleque. Assim que o carro chegou na creche, seus olhos não se desviaram da entrada nem por um instante.Finalmente, Marcelo viu o moleque. Com tantos pais ao redor da creche, não podia mandar os seguranças pegarem o garoto, então teve que ir pessoalmente.- Fiquem de vigia e não o deixem escapar. - Ordenou Marcelo.Ele sabia que o moleque era esperto. Enquanto isso, Breno ainda estava esperando pelo carro que o levaria de volta. De repente, sentiu algo errado e olhou ao redor. Seus olhos azuis refletiram o rosto frio e assustador de Marcelo.Breno ficou sem palavras. Como diabos ele encontrou esse maldito Marcelo? Sem tempo para pensar muito, Breno rapidamente se misturou entre as crianças e saiu correndo.Flávio ficou confuso:- Breno, o que você está fazendo?Breno ficou atento e respondeu a Flávio:- Parece que hoje a pessoa que veio te buscar mudou. Vá logo.Flávio ficou perplexo. Seguindo o ol