Carolina agiu tão rápido que pegou todos de surpresa. Nem mesmo Elio reagiu a tempo, e instintivamente puxou Tatiana para longe.Mesmo com ações rápidas, a lâmina ainda rasgou o braço de Elio, deixando um corte feio. Os convidados gritaram e começaram a recuar em pânico. Alguns foram contra a multidão para se aproximar quando Carolina tentou esfaquear novamente, mas Lorenzo e Eduardo intervieram ao mesmo tempo, tentando impedir ela.No entanto, o primeiro estava mais perto e conseguiu agarrar o pulso de Carolina antes de Eduardo. - Carol, se acalme! - Disse Lorenzo firmemente. Mas Carolina estava fora de controle, e golpeou novamente, cortando a palma da mão de Lorenzo.O sangue se espalhou, e com isso, os movimentos de Carolina também pararam. Ela olhou incrédula para a mão dele. A faca caiu da mão de Carolina, e a confusão cessou abruptamente. Elio, protegendo Tatiana, também relaxou, afrouxando o aperto. Eduardo se aproximou, preocupado.- Tudo bem? Tatiana balançou a cabeça.
- Loh... Carolina se apressou e o seguiu.Ela não se importava com o aviso de Tatiana. Só lamentava que a facada não tivesse acertado Tatiana, mas sim Lorenzo.- Tia Vitória, vocês mesmos sabem que não educaram bem, vão ficar indiferentes?Lorenzo lançou um olhar frio na direção de Breno e Vitória.Sem se preocupar se o casal Garrote estava escutando, ele não demorou mais, vendo Tatiana prestes a deixar a mansão, e foi atrás dela.Carolina quis continuar, mas foi segurada por uma furiosa Vitória.- Carol, você ainda não fez confusão suficiente para uma noite? - Sussurrou ela furiosamente.Breno lançou um olhar severo para ela, irritado. Ele virou as costas para as duas e começou a falar com os convidados que ainda não haviam ido embora:- Peço desculpas a todos, falhei como pai. O que aconteceu hoje foi embaraçoso. Infelizmente, não poderemos continuar com o jantar. Se não tiverem mais compromissos, se sintam livres para ir. Eu e minha esposa precisamos lidar com os erros de nossa fil
Sim, embora a detenção não fosse divulgada pela polícia, ainda era difícil evitar que vazassem as informações.Carolina, uma estrela de primeira linha no mundo do entretenimento, certamente seria reconhecida ao ser levada.Embora tivessem ameaçado os convidados para que mantivessem silêncio, quem poderia ameaçar a polícia?Vitória estava extremamente preocupada, mas ainda assim confortou a filha, acariciando sua mão.- Fique tranquila, eu cuidarei de tudo. Apenas coopere com a polícia agora e amanhã eu te tirarei de lá, está bem?Carolina pensou que Vitória iria implorar a Lorenzo, afinal, em Cidade R, provavelmente só ele teria tal poder.Com os olhos cheios de lágrimas, ela apertou ainda mais forte a mão de Vitória.- E se Loh não quiser me ajudar? Ele deve estar bravo com o que aconteceu hoje à noite. Não sei se ele ainda quer se casar comigo.A ideia de Lorenzo não se casar com ela era tão dolorosa que Carolina pensou até em desistir de tudo.O carro da polícia parou em frente à ma
- Sem problemas, chame o Presidente Borges, por favor.Eduardo não é do tipo que guarda rancor. Embora a menção de levar Lorenzo tenha sido apenas uma formalidade, uma vez que ele ofereceu, Eduardo não recusaria.Ele abriu a porta traseira do carro para Lorenzo e pediu para ele entrar. Com um olhar rápido, Eduardo percebeu as marcas de sangue na palma da mão do passageiro e soube que o ferimento era realmente profundo. Por um momento, ele não sabia se devia sentir prazer na desgraça alheia ou pena do Presidente Borges.Sem dar mais atenção, assim que Lorenzo se acomodou, Eduardo fechou a porta do carro e foi para o banco do motorista para dirigir. Tatiana também entrou no carro e imediatamente fechou os olhos, como se tivesse caído em um sono profundo.Nem Lorenzo nem Eduardo falaram, então o trajeto foi silencioso. Meia hora depois, os três chegaram ao hospital. Assim que o carro parou, sem ninguém a chamar, Tatiana abriu os olhos e saiu do carro, como se não tivesse dormido durante a
Ao ver ela assim, Elionay ficou ansioso, temendo que Tatiana começasse a chorar e se apressou em tentar acalmar a garota:- Realmente não é nada sério, olha só.Enquanto falava, estendeu o braço para fora do casaco que usava, revelando um curativo superficial. Ainda podia se mover livremente, indicando que a ferida não era profunda.Porém, a camisa cortada estava manchada com bastante sangue, o que parecia um tanto assustador.Gabriela também comentou ao lado:- O corte não é profundo, só um pouco grande. O médico disse que se não molhar, em alguns dias estará curado e não deixará cicatriz.Ela era direta e franca, e ao terminar de falar, se lembrou das feridas de Tatiana, se sentindo culpada por sua imprudência. Mas, claramente, ela estava se preocupando demais, já que nenhum dos três irmãos se importou.Eduardo ainda brincou:- Melhor não se mexer muito, senão o que era uma coisa pequena pode acabar virando um problema.Tatiana olhou para ele irritada, mas finalmente sorriu através d
- Não entende?Eduardo olhava para Gabriela, que parecia confusa, com um leve sorriso nos olhos.- Você dirige, assim não será como se eu estivesse te levando.Gabriela, sem palavras, não encontrava nenhuma resposta para retrucar. Eduardo, como um galo orgulhoso, perguntou:- Alguma outra questão?Gabriela balançou a cabeça:- Não.Ela já estava envolvida pelos jogos de palavras de Eduardo, um pouco atordoada, pensando que a lógica não parecia tão errada. Ela não queria incomodar seu chefe para levar ela até sua casa, então, se ela dirigisse, não seria o chefe levando ela, mas sim ela levando o chefe! A lógica parecia certa, e Gabriela se convenceu, mas ainda sentia que algo estava errado.Eduardo não deu tempo para ela pensar mais. Olhando para a bela "tonta" com vontade de rir, disse:- Já que não tem problema, então vá dirigir.- Ah, certo. - Gabriela, ainda confusa, concordou com a cabeça, abriu o carro e obedientemente foi para o assento do motorista. Ela só percebeu tarde demais
Elionay arqueou uma sobrancelha. Ele não perguntou primeiro sobre o presente recebido, mas a hostilidade em seu rosto se dissipou um pouco. Ele não pôde evitar um sorriso:- Você mandou sua artista da empresa para casa? Tem certeza de que não está tratando a Srta. Gabriela como motorista? Edu, minha irmã disse que não é assim que se conquista uma garota, você...- Quem disse que quero conquistar a menina? - Eduardo nega imediatamente, abrindo a tampa da garrafa de água e bebendo. - Acho que você e Taís estão apenas de cabeça vazia, fazendo suposições sem sentido.- É, não está conquistando. - Elionay não conseguia evitar um riso com isso.Eduardo, então, coloca a garrafa de água de lado:- Você não acredita, não é? Rindo do seu irmão aqui?- Claro que não. Aliás, você não disse que recebeu um grande presente? O que é? - Elionay mudou de assunto.Ao mencionar isso, Eduardo finalmente sorria, se jogando preguiçosamente no sofá:- Não é nada demais, apenas uma pequena artista da minha emp
Tatiana soube da história através de Pedro. Não eram muitos no círculo que sabiam. Pedro contou que Lorenzo foi chamado às pressas pela manhã, e mesmo sem o telefone no viva-voz, era possível ouvir os gritos e choros do outro lado da linha. Era de dar dor de cabeça. Mas agora, a voz dele soava tranquila, sem qualquer sinal de indignação em defesa do amigo. Até parecia um pouco feliz com o desastre alheio:- Realmente não entendo por que Loh ainda se importa com aquela mulher. Antes ele era cego, tudo bem, mas ontem à noite ele viu tudo claramente e ainda foi lá. Você não acha que ele está se humilhando demais?Pedro não tinha uma boa opinião sobre a família Garrote. Ele não foi ao jantar na noite anterior, mas em um círculo tão pequeno, as fofocas se espalham rápido. Todos foram cautelosos, ao contrário de Carolina, que acabou de vender a notícia para a mídia. Assim, apenas comentários discretos circulavam.Até agora, a mídia não tinha espalhado nenhuma notícia, nem sobre o suposto sui